domingo, 25 de abril de 2021

FASCISMO SANITÁRIO EM TOKYO: COMITÊ OLÍMPICO ANUNCIOU QUE IRÁ REPRIMIR “QUALQUER MANIFESTAÇÃO POLÍTICA NOS JOGOS” 

O órgão mundial que fiscaliza as Olimpíadas, o próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) dos jogos de Tokyo previsto para acontecerem em meados deste ano, anunciou que qualquer atleta que fizer gestos políticos no evento será punido, e que essa “regra de repressão” seria supostamente a vontade da maioria dos atletas envolvidos. Gestos como ajoelhar ou levantar o punho, que deram imagens épicas em outros tempos como o dos atletas Tommie Smith e John Carlos no México em 68, são proibidos nos Jogos Olímpicos, e o COI prometeu endurecer e aplicar "com mais rigor . esta regra”.

A “Regra 50” do COI proíbe qualquer forma de "demonstração ou propaganda política, religiosa ou racial" em estádios ou pódios. Para tomar essa medida, o Comitê afirma ter pesquisado um terço dos atletas que participarão dos próximos jogos e constatou que a maioria quer que a regra seja mantida.

A chefe da Comissão de Atletas do COI, Kirsty Coventry, que supervisionou a pseudo pesquisa, comentou: "Não gostaria que algo me distraísse da competição e me afastasse dela." Quando questionada se os atletas que fazem tais gestos serão punidos, Coventry  afirmou: "Sim, isso é correto", acrescentando que "a maioria dos atletas com quem falamos é o que eles estão pedindo".

A Associação Olímpica Britânica já se posicionou contra a postura do COI, e o presidente mundial do Atletismo, Lord Coe, também disse que os atletas deveriam poder se “ajoelhar durante as cerimônias de medalha olímpica”, reproduzindo o gesto do Black Lives Matter.

Realmente alguns atletas simpatizantes da extrema direita também se manifestaram contra manifestações políticas nos jogos olímpicos, o jogador de futebol do Nottingham Forest, Lyle Taylor, prometeu não participar de protestos pré-jogo, chamando a organização Black Lives Matter de "grupo marxista". Entretanto um enorme setor do esporte olímpico, principalmente os “amadores”, não financiados por corporações econômicas, deverão utilizar a “tribuna” de Tokyo como palco de manifestações políticas.