ORGANIZAR UM 1º DE MAIO DE LUTA, PRESENCIAL E NAS RUAS! NÃO
AOS ATOS VIRTUAIS PELEGOS E DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DAS CENTRAIS SINDICAIS! A
TAREFA DA ESQUERDA CLASSISTA DEVE SER CONVOCAR UM ATO NACIONAL DE LUTA DOS
TRABALHADORES!
Aproxima-se o 1º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores, porém as centrais sindicais não estão organizando nenhuma atividade de massas e presencial. Não há até o momento nenhum chamado a organização de uma manifestação que agrupe nas ruas a classe trabalhadora e sua vanguarda classista. Pelo contrário, a CUT, por exemplo, afirma que “As atividades do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora contarão com um ato político unificado virtual, construído com outras centrais sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, entre outras entidades e movimentos que não integram as frentes, mas compõem a luta. A programação inclui também a organização e a mobilização de faixaços e carreatas descentralizadas na manhã do dia 1º de maio”. Em resumo, a burocracia sindical pelega não move um dedo para realizar um ato de verdade, combativo e de ação direta contra os ataques da burguesia, do governo Bolsonaro e dos empresários que tem lucrado com a pandemia! Vai realizar um ato virtual como no ano passado! Essa esquerda covarde e domesticada utiliza o terror sanitário orquestrado pelo grande capital para defender a política do “fique em casa”, paralisando assim a luta de classes no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo que impõe a política de colaboração de classes! Em um sentido contrário, a LBI faz um chamado aos sindicatos classistas e organizações políticas que se reivindicam da luta direta dos trabalhadores da cidade e do campo a organizarmos atos de 1º de maio de luta, presencial e nas ruas, que seja um ponto de apoio real e não “virtual” a mobilização dos trabalhadores em defesa de seus direitos e conquistas, duramente ameaçados pelo “Grande Reset” que o rentismo vem impondo no mundo com a pandemia do Covid-19, jogando na fome e no desemprego milhares de trabalhadores!
As centrais sindicais dizem que o 1º de Maio deste ano terá “o mote ‘Resistência, Luta e Solidariedade das trabalhadores e trabalhadores em meio à pandemia da Covid-19’, tendo como eixos a defesa do Auxílio Emergencial de R$ 600; o Emprego; a Vacinação para Todos e Todas; o Fortalecimento do SUS; as lutas contra a Reforma Administrativa e as Privatizações e o Fora Bolsonaro”. Mas para arrancar essa pauta não apontam nenhuma medida de luta direta, nem mesmo convocando um ato de 1º de Maio de verdade, presencial!
É necessário denunciar essa política de traição e ter uma orientação oposta: convocar as massas para a luta ativa e não simplesmente publicitar exigências (mesmo que na maioria dos casos corretas) e acreditar que a burguesia e seus governos atenderão as reivindicações sem fortes mobilizações de rua, greves e ocupações de fábrica.
A inação do proletariado, sob a justificativa de se precaver do contágio do vírus, é a principal arma do imperialismo para ganhar esta verdadeira guerra contra a humanidade. A exigência de uma “pauta” para o capital cumprir, sem a ação direta das massas é absolutamente inócua e politicamente ainda mais criminosa do que o próprio Coronavírus.
Convocamos, desde nossas modestas forças, a manter vivas e ativas as mobilizações de massas contra a barbárie capitalista! A tarefa dos Marxistas Leninistas neste grave momento de confusão, medo e inércia é o de elevar a consciência revolucionária do proletariado e contribuir para tornar sua luta mais organizada na perspectiva do socialismo.
Em tempos de pandemia, a maneira de protestar pode se adequar às exigências de proteção sanitária, mas não deve de ser descartada como faz a burocracia sindical, tendo como pretexto as possibilidades de contaminação. As redes sociais assumiram grande importância, mas devem ser subordinadas as ações diretas da classe trabalhadora, seja nas ruas e locais de trabalho, como panelaços, atos.
É necessário neste 1º de Maio compreender que a política de sabotagem das lutas e subordinação dos sindicatos e suas organizações aos partidos burgueses usando como pretexto a “defesa da vida” entrou em uma dinâmica de aberta colaboração entre as classes.
Na medida em que as mortes carimbadas como Covid batem recordes todos os dias, com a mídia manipualdora amedrontando os trabalhadores com o perigo da pandemia, o desemprego e a fome estão crescendo e a crise econômica se aprofunda.
Neste marco o PT, PCdoB, PSOL, PSTU e suas centrais como a CUT, Conlutas, CTB, Intersindical estão sendo acionados pela burguesia a conter a luta de classes, sustentando o regime político burguês e suas instituições corruptas até que seja feita uma transição segura para um novo gerente que venha a substituir futuramente Bolsonaro, com o objetivo de jogar de forma ainda mais dura o ônus da crise capitalista sobre as costas dos trabalhadores! Lula já se prontificou a ser o candidato da governança global do capital financeiro usando justamente a pandemia como pretexto para propor um “novo contrato social” e pauta sanitária com os capitalistas se ele voltar ao Palácio do Planalto.
A política das centrais pelegas de fecharem os sindicatos e de não convocarem manifestações de rua durante esse primeiro ano de pandemia foi essencial para paralisar a luta de classes no Brasil, sabotando a força social da classe trabalhadora como sujeito ativo e histórico da destruição do capital. As “lives sindicais”, “assembleias não presenciais” e “greves virtuais” usando como mote o “fique em casa” neutralizaram o poder de combate das organizações dos trabalhadores, não por acaso a ofensiva neste ano de pandemia foi brutal sem uma resposta à altura.
O corolário dessa política é sabotagem das centrais em realizar um ato de 1º de Maio, massivo, que expresse uma ação organizada de nossa classe.
O mais absurdo é que a burocracia sindical defende a necessidade do “isolamento social devido à pandemia” como justificativa para não mobilizar os trabalhadores, quando o grosso de nossa classe está trabalhando nas ruas, pegando todos os dias transportes públicos lotados, indo diariamente as farmácias, bancos e supermercados! Somente uma casta privilegiada e acomodada pode usar a pandemia para não organizar a luta direta.
Para que não se repita o que ocorreu em 2020, quando vergonhosamente não houve um verdadeiro ato de 1º de Maio, a resposta da esquerda classista deve ser convocar um ato nacional de luta dos trabalhadores! Se opondo a essa conduta traidora e venal das centrais pelegas, desde a LBI convocamos a esquerda classista e as organizações que se reclamam revolucionárias no Brasil a convocarem um ato nacional de luta dos trabalhadores!
Sabemos que é um tremendo esforço político militante levar a frente essa importante atividade, porém está nos ombros dos lutadores classistas e suas organizações de combate tomar em suas mãos essa iniciativa política histórica!