REPRESSÃO “DEMOCRÁTICA” NOS EUA: ESQUERDA REFORMISTA SILENCIA SOBRE ASSASSINATO DE UM NEGRO POR POLICIAIS EM MINNEAPOLIS
Desafiando o “Isolamento Social” centenas de manifestantes tomaram a frente ao Departamento de Polícia do Brooklyn Center, na cidade de Minneapolis em repúdio ao assassinato do jovem negro, Daunte Wright, de 20 anos de idade por policial ainda não identificado. Wright foi baleado em uma abordagem a seu veículo, na tarde do último domingo (11/04) na mesma cidade onde ocorre o julgamento de outro policial, Derek Chauvin, por ter asfixiado até a morte o negro George Floyd. O assassinato ocorreu durante uma blitz de trânsito em que os policiais teriam atirado.
A mãe do rapaz morto pela polícia disse que seu filho ligou
para ela quando foi parado pelos agentes por causa de um purificador de ar
pendurado no espelho retrovisor. A “justificativa” dada pelos policiais para o
crime é que as leis de trânsito determinam que é ilegal pendurar objetos no
espelho retrovisor que possam obstruir a visão da estrada. O policial também
alega que a intenção era atingir Wright com um choque de taser, mas que teria
pego a arma de fogo por engano e só percebeu quando o rapaz sentado no banco da
frente do veículo foi atingido.
Ele estava indo para um lava-jato quando foi parado. Ela
também acusou a polícia de deixar o corpo de seu filho caído no local por
horas. “Tudo o que ele fez foi colocar purificadores de ar no carro e eles lhe
disseram para sair do carro”, relatou a mãe. O protesto contra mais essa
agressão policial contra negros norte-americanos foi massivo, e rapidamente se
transformou em revolta. Os manifestantes bradaram o nome de Wright, ignorando
as ordens da tropa de choque policial para recuar, e enfrentaram os guardas na
sede. Foi usado gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de percussão na
tentativa de dispersar a multidão. O “detalhe” sórdido é que o governador de
Minneapolis é Democrata, do mesmo partido do novo gerente Biden, que em sua
campanha à Casa Branca responsabilizava Trump pela morte de negros nas ações
violentas da polícia.
De acordo com a versão da polícia, os agentes que pararam o
carro de Wright “determinaram que o motorista do veículo tinha um mandado
pendente” e procuraram prendê-lo. Não está claro o que aconteceu em seguida,
com a polícia dizendo que Wright “voltou a entrar no veículo”, o que levou um
dos assassinos a abrir fogo. Depois do anoitecer, os manifestantes se reuniram
em torno do Departamento de Polícia de Brooklyn Center. Os oficiais mantiveram
uma linha do lado de fora do departamento com alguns policiais posicionados no
topo do edifício.
O crime ocorreu a cerca de 16 quilômetros de onde o
ex-policial Derek Chauvin matou Floyd, se ajoelhando sobre seu pescoço por mais
de nove minutos, enquanto ele suplicava “não consigo respirar”. O comissário do
Departamento de Segurança Pública de Minnesota disse que houve relatos de
pessoas jogando pedras e outros objetos contra o prédio e afirmou ainda que,
enquanto um grupo permaneceu no departamento de polícia, outro foi visto no
shopping Single Creek Mall, onde cerca de 20 empresas foram invadidas. O
governador de Minnesota, o Democrata Tim Walz, disse cinicamente que estava
“orando pela família de Daunte Wright, enquanto nosso Estado lamenta outra vida
de um homem negro levado por policiais”. Já a esquerda reformista nos EUA e
também no Brasil, continua louvando as ações “democráticas” do governo Biden,
que continua a mesma política de extermínio do povo negro e pobre.