CERCO E PRISÕES DO ENCLAVE SIONISTA: APESAR DOS PROTESTOS DO HAMAS, ANP CEDE A PRESSÃO DE ISRAEL E ADIA AS ELEIÇÕES NA PALESTINA. POR UMA NOVA INTIFADA PARA DERROTAR A OCUPAÇÃO!
Nesta quinta-feira (29), o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, declarou que vai adiar as eleições gerais palestinas, dada a impossibilidade de organizar o pleito em Jerusalém Oriental. "Por causa da recusa israelense em deixar que os palestinos organizem eleições em Jerusalém, a liderança palestina decidiu adias as eleições inicialmente previstas para 22 de maio", disse Abbas. O grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza e participará do pleito, condenou a decisão de Abbas, classificando-a de violação dos acordos intra-palestinos firmados na capital do Egito, Cairo. "O movimento Hamas acredita que a decisão do presidente de adiar as eleições é incompatível com o consenso nacional e com o apoio popular. E vai contra o que nós tínhamos acordado no Cairo", declarou o grupo em declaração. Eleições parlamentares e presidenciais estavam previstas para serem celebradas entre maio e junho deste ano. As últimas eleições realizadas nos territórios palestinos foram em 2006.
Os revolucionários defendem a existência do estado nacional palestino e não uma mera ficção político-diplomática. Portanto, a única alternativa que poderá dar uma resolução cabal à legítima reivindicação nacional do povo palestino, assim como livrar as massas e trabalhadores da região de seus gigantescos sofrimentos há mais de um século, é a defesa de uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e judeus.
A expropriação do grande capital sionista, alimentado em décadas pelo imperialismo ianque, impossível de ser conquistada sem a destruição revolucionária do Estado de Israel, garantirá a reconstrução da Palestina sobre novas bases socialistas, trazendo para seu povo o progresso e a paz tão almejada durante décadas de guerra de rapinagem imperialista nesta região onde historicamente vários povos já viveram com harmonia e solidariedade.
Longe de fazer um chamado à solidariedade política e
material aos governos que se dizem defensores da causa palestina e as massas do
planeta, reivindicando inclusive armas, soldados e voluntários para retomar a
Intifada, exigindo por meio de uma ofensiva militar e política sobre Israel a
devolução dos impostos palestinos roubados pelo sionismo, a ANP e próprio Hamas
se disciplinam sobre as regras e os limites ditados pelos inimigos do povo
palestino, dando vazão a um processo de cooptação equivalente ao que a própria
OLP foi protagonista, sob o comando de Arafat, quando reconheceu a existência
de Israel e aceitou os acordos de paz.
Longe de fazer um chamado à solidariedade política e
material aos governos que se dizem defensores da causa palestina e as massas do
planeta, reivindicando inclusive armas, soldados e voluntários para retomar a
Intifada, exigindo por meio de uma ofensiva militar e política sobre Israel a
devolução dos impostos palestinos roubados pelo sionismo, o Hamas se disciplina
sobre as regras e os limites ditados pelos inimigos do povo palestino, dando
vazão a um processo de cooptação equivalente ao que a própria OLP foi
protagonista, sob o comando de Arafat, quando reconheceu a existência de Israel
e aceitou os acordos de paz.
Como marxistas revolucionários, nos solidarizamos com o
Hamas frente às manobras imperialistas e sionistas, que preparam também a
agressão do Irã. Alertamos que no curso da luta em defesa da libertação da
Palestina, a superação das direções burguesas e teocráticas que, apesar das heroicas
ações militares que encabeçam, são reféns de um programa teocrátrico-burguês é
uma condição fundamental para a conquista da verdadeira pátria palestina no
conjunto dos territórios históricos rapinados pela máquina de guerra sionista,
rumo à edificação de uma Palestina soviética, baseada em conselhos de operários
e camponeses palestinos e judeus!