ATAQUE HISTÓRICO AS GARANTIAS DEMOCRÁTICAS: MACRON APROVEITA A PANDEMIA PARA APRESENTAR UMA NOVA LEI “ANTITERRORISTA” NO ANTIGO “PARAÍSO DAS LIBERDADES”
A pandemia está sendo a grande barganha para as classes dominantes reforçarem a repressão política sobre as massas e a supressão das garantias democráticas de organização do proletariado. Isto está ocorrendo principalmente nos centros imperialistas, e acaba de atingir o país do antigo “paraíso intocável das liberdades”. O governo francês, presidido pelo neoliberal de direita Emmanuel Macron, acaba de aprovar uma “lei de segurança geral”, um verdadeiro libelo da reação impulsionada pelo fascismo sanitário que vem avançando sob a justificativa da “defesa da vida e da ciência”. A nova legislação ultra repressiva foi vigorosamente contestada nas ruas, obrigando um recuo temporário do governo, mas que agora apresentou um novo projeto de lei antiterrorista.
Uma das principais “novidades” é a legalização das “caixas
pretas”, mecanismo que permitirá à polícia rastrear o histórico de navegação
dos internautas para criar bancos de dados com perfis políticos da população.A
polícia quer usar algoritmos de computador para "detectar comportamentos
suspeitos" na enorme quantidade de dados que os usuários da Internet geram
ao navegar na rede. Os dados de
navegação seriam coletados por “caixas pretas” e, graças às tecnologias de
análise de dados, poderão monitorar mais de perto determinados grupos e
movimentos sociais de todos os tipos.
Os algoritmos vão ler os endereços dos sites visitados pelos
usuários da Internet para detectar conexões recorrentes com páginas suspeitas. A
medida acaba de forma aberta com o sigilo da internet, principalmente quando os
algoritmos também são usados para detectar a consulta de outros tipos de
sites sensíveis, como médicos, culturais ou religiosos.
As “caixas pretas” foram testadas em 2017 com uma cláusula
de revisão fixada para o final de 2018. Em meio aos protestos, a tecnologia foi
reaberta pelo governo com o pretexto de que era uma “medida provisória” diante
da rebelião popular. No entanto, a "experiência" foi posteriormente
renovada duas vezes, com uma cláusula de revisão agora adiada para o final de
2021. Uma avaliação deverá ser apresentada ao Parlamento até 30 de junho deste
ano.
Era mentira, o governo Macron contratou mais de 1.900
policiais adicionais para serviços de inteligência e dobrou o orçamento da DGSI
(Direção Geral de Segurança Interna). Em público, o governo vende a
motocicleta, garantindo que o controle informatizado da população tem permitido
frustrar 36 ataques, embora se saiba que isso também é falso, além de contrário
aos direitos e liberdades fundamentais, de que a França gosta gabam-se tanto.
A pandemia está sendo a grande barganha para reforçar a
repressão política até o paroxismo.
Primeiro, o governo francês aprovou uma “lei de segurança geral” que foi
vigorosamente contestada nas ruas e agora apresentou um novo projeto de lei
antiterrorista. Uma das principais novidades é a legalização das “caixas
pretas”, mecanismo que permitirá à polícia rastrear o histórico de navegação
dos internautas para criar bancos de dados com perfis políticos da população.
A polícia quer usar algoritmos de computador para
"detectar comportamentos suspeitos" na enorme quantidade de dados que
os usuários da Internet geram ao navegar na rede. Os metadados de navegação seriam coletados
por “caixas pretas” e, graças às tecnologias de análise de dados, poderão
monitorar mais de perto determinados grupos e movimentos sociais de todos os
tipos. Os algoritmos vão ler os endereços dos sites visitados pelos usuários da
Internet para detectar conexões recorrentes com páginas suspeitas.
A medida acaba de forma aberta com o sigilo da internet,
principalmente quando os algoritmos também são usados para detectar a
consulta de outros tipos de sites sensíveis, como médicos, culturais ou
religiosos. As “caixas pretas” foram testadas em 2017 com uma cláusula de revisão
fixada para o final de 2018. Em meio a protestos, a entrada foi aberta com o
pretexto de que era uma medida paliativa.
No entanto, a "experiência" foi posteriormente
renovada duas vezes, com uma cláusula de revisão agora adiada para o final de
2021. Uma avaliação deverá ser apresentada ao Parlamento até 30 de junho deste
ano. Era mentira. O governo contratou
1.900 policiais adicionais para serviços de inteligência e dobrou o orçamento
da DGSI (Direção Geral de Segurança Interna).
Em público, o governo “vende” a imagem da nova engrenagem,
garantindo que o controle informatizado da população tem permitido frustrar 36
ataques terroristas, embora se saiba que isso também é absolutamente falso,
além de se configurar como um grave ataque aos direitos democráticos e
liberdades fundamentais de organização, de que até pouco tempo atrás a França
gostava de gabar-se como o “paraíso mundial das liberdades”...