LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS NO PARAGUAY: ABAIXO O GOVERNO REPRESSOR DE BENÍTEZ! TODA SOLIDARIEDADE AOS LUTADORES!
A arbitrária justiça do Paraguay decidiu nesta semana manter sob prisão três lideranças que têm se destacado nas massivas manifestações contra o corrupto e neoliberal governo de Mario Abdo Benítez. Os dirigentes estudantis da Universidade Nacional de Assunção (UNA), Vivian Genes e Pedro Areco, e o ativista cultural Luis Trinidad estão sendo injustamente acusados pela queima de uma sede do Partido Colorado na capital paraguaia, no dia 17 de março. Submetida a todo tipo de ameaças pela Polícia Nacional, Vivian foi mantida atrás das grades até a última segunda-feira (12.04), quando seus advogados conseguiram que fosse transferida para prisão domiciliar. Até então, com receio de que a jovem fosse deslocada para a Penitenciária de Encarnación (a 370 quilômetros de Assunção) familiares e camaradas organizaram uma “barraca da resistência”, de onde se mantiveram vigilantes, forçando o recuo parcial por parte da Justiça burguesa.O Blog da LBI se solidariza com lutadores do Paraguay, presos políticos do governo repressor de Abdo Benítez e exige sua libertação imediata!
Filiada e militante colorada, a juíza Hilda Benítez Vallejos segue as ordens do repressor Benítez e tem sido alvo de protesto dos estudantes em frente à sua residência e ao parlamento pela postura completamente parcial com que tem se comportando no caso.
Referência na luta pela Justiça no Paraguay e do movimento
de solidariedade aos camponeses de Curuguaty, a ex-presa política de
Stroessner, Guillermina Kanonnikoff se somou às organizações humanitárias em
apoio à juventude.
“Na realidade, o governo segue com suas práticas
strosneristas, que tem agora um dos seus últimos esperneios”, afirmou
Guillermina, reiterando que se trata de uma perseguição claramente política.
“Os dirigentes foram injusta e arbitrariamente presos sem que tivessem sido
apresentadas quaisquer provas contra eles. Foram perseguidos e criminalizados
por este governo de inúteis, incompetentes e corruptos que tem como marca o
roubo aos cofres públicos e o fracasso diante da pandemia”, frisou.
Em relação à liderança de Vivian Genes, estudante do quarto
ano de arquitetura, Guillermina enfatizou, “ela simboliza a liderança do
movimento, particularmente numa sociedade machista como a paraguaia, porque é
mulher, se atreve a ser feminista e não teme encabeçar o processo”.
Vale lembrar, recordou Guillermina, “que foi dado um cheque
em branco aos governistas e em mais de um ano nada fizeram, colocando o nosso
país numa situação caótica em que não há uma única cama de Unidade de Terapia
Intensiva (UTIs), com o povo morrendo abandonado nos corredores dos hospitais e
nas suas próprias casas”.
As manifestações no Paraguay abalaram as estruturas do país e foram um importante exemplo de como um povo pode se revoltar com seu Governo, mesmo durante a pandemia, por meio da organização popular. Os milhares que foram às ruas como o caos na saúde pública e contra a corrupção do Partido Colorado.
Agora, em um momento de refluxo das mobilizações de ruas, o governo tem se colocado em uma tentativa de ofensiva autoritária,
utilizando da prisão de manifestantes para se impor. Os estudantes
universitários Vivían Genes, Pedro Areco e Luis Trinidad foram, por isso,
presos de forma ilegal.
Essa prisão absurda é uma forma de tentar intimidar àqueles que se colocaram na linha de frente contra o Governo Paraguaio e seus diversos abusos contra o povo em um dos seus momentos mais difíceis. Por isso, estamos desde o Brasil junto ao movimento estudantil do Paraguay exigindo a liberação imediata dos três estudantes. Lutar não é um crime! Toda nossa solidariedade aos estudantes, pela libertação imediata dos presos políticos!