quinta-feira, 1 de abril de 2021

LULA ABRE O JOGO PARA UM EX-TROTSKISTA: "VOU PRIVATIZAR A ELETROBRÁS, CEF E OUTRAS EMPRESAS 100% ESTATAIS" 

No programa da Band FM, do jornalista Reinaldo Azevedo (atual neoliberal e ex-trotskista), transmitido ao vivo em rede nacional pela TV, Lula não se furtou de responder as “ciladas” de Azevedo: “Não defendo um Estado empresarial, vou transformar as empresas 100% estatais em companhias de economia mista, com ações na Bolsa de Valores, como a Petrobras que tem seus títulos negociados em Wall Street”. Lula reivindicou a alta lucratividade dos banqueiros em seus oito anos de governo, afirmando que o mais importantes é dar “crédito para o povo comprar”, não se reportando é claro a posterior explosão da “bolha”, ocorrida na última e desastrosa gestão da presidente Dilma Rousseff. Lula fez a defesa vigorosa da compra das vacinas da Big Pharma contra a Covid, mesmo ressaltando (talvez como um rasgo de sincericídio) que não está comprovado que sirvam contra todas as centenas de cepas que já existem em todas as regiões do planeta. Quanto a pergunta sobre uma possível companheira de chapa para 2022, citou novamente o exemplo de José Alencar do PL, afirmado que a empresária Luísa Trajano seria um “excelente nome”, apesar de considerar difícil sua entrada no jogo eleitoral. Lula repetiu que continua apostando na máxima amplitude política de um futuro governo do PT, entretanto ressaltando que as alianças mais ao “centro” ficariam para um segundo turno. Uma entrevista que talvez ficará marcada, mais além da tradicional demagogia de colaboração de classes, pela apologia explícita da quebra do caráter 100% estatal, das poucas empresas públicas ainda existentes no país, como a Caixa Econômica Federal, Correios, Eletrobrás, etc... A esquerda reformista, hoje toda convertida em apêndice do PT, obviamente irá ao delírio, com a possibilidade cada vez mais concreta de Lula chegar ao segundo turno das eleições presidenciais de 2022, se voltará ou não a gerenciar o Palácio do Planalto, já é outra questão, a ser decidida não pelo povo, mas pelas corporações capitalistas e pelo rentismo internacional...