3 TIROTEIOS EM 2 SEMANAS NOS EUA: QUASE 30 MORTOS EM
MASSACRES “DOMÉSTICOS” DESDE QUE O CARNICEIRO “DEMOCRATA” BIDEN ASSUMIU APROFUNDANDO
O TERROR SANITÁRIO NO CORAÇÃO DO MONSTRO IMPERIALISTA
Um tiroteio deixou quatro mortos e dois feridos em um prédio comercial ao sul de Los Angeles, na Califórnia. Uma criança é uma das vítimas e entre os feridos estão uma mulher em estado muito grave e o suspeito de efetuar os disparos, cuja condição é crítica. O tiroteio ocorreu na noite de quarta-feira (31). A cidade de Orange fica a cerca de 50 km de Los Angeles e tem cerca de 140 mil habitantes. O tiroteio é o pior da cidade desde dezembro de 1997, quando um atirador armado com um rifle de assalto atacou um pátio de manutenção do Departamento de Transportes da Califórnia. Este é o terceiro tiroteio em duas semanas no país. Em 16 de março, oito pessoas foram mortas a tiros por um homem armado em Atlanta, na Geórgia. Em 22 de março, dez pessoas foram mortas por um homem que abriu fogo em um supermercado em Boulder, Colorado. O confinamento social imposto devido a pandemia de Covid-19 impulsionado pelo terro sanitário imposto pelo carniceiro “Democrata” Biden multiplicou os feminicídios, suicídios, a depressão, o vício em bebidas e drogas e, com ele, as overdoses, as mortes e assassinatos, enfim o avanço da barbárie social como vimos agora na Califórnia.
Após novo massacre na cidade de Orange, o carniceiro
"Democrata" Biden defende proibição de armas de assalto. A Casa
Branca cogita recorrer a medida executiva. 'Não preciso esperar um minuto a
mais, imagine uma hora, para tomar decisões de bom senso que vão salvar vidas
no futuro. Podemos proibir os fuzis de assalto', disse. Uma sociedade que envia
mercenários ao mundo inteiro para matar, em nome dos negócios, não pode
espantar-se com os massacres de seus adolescentes e suas crianças por seus
próprios compatriotas. Após o massacre, o ritual de cinismo se repete: os
políticos burgueses ianques, como Biden falam em Deus, família e mandam hastear
bandeiras a meio mastro. Vigílias à luz de velas se multiplicam e a indústria
de entretenimento cancela eventos, enquanto os jornais e as TVs exploram o
ocorrido.
Psicólogos e
sociólogos pequeno-burgueses são convocados para examinar o perfil do
assassino, quase sempre um solitário homem branco, um jovem “desequilibrado” ou
um velho conservador como foi o caso em questão. O que eles não dizem é que a
principal responsável pelo massacre no Colorado assim como todos os outros é a
cultura belicista ianque, potenciada pela direita norte-americana e que tem o
apoio social de um amplo setor da classe média.
Em Washington, a esmagadora maioria dos deputados que ocupa
o Congresso tem suas campanhas bancadas pelas doações das empresas de armas,
como parte do seu poderoso lobby. Os EUA têm tantos habitantes quanto armas de
fogo em circulação – mais de 300 milhões. Essa realidade não faz nos opormos ao
direito democrático de autodefesa diante do Estado burguês (a segunda emenda da
Constituição norte-americana garante “o direito das pessoas manterem e
carregarem armas”) e muito menos defender o monopólio das armas pela burguesia.
Ao contrário, alertamos justamente que em uma sociedade capitalista decadente,
alienada e agressiva como os EUA, os “efeitos” colaterais dessa bárbara
realidade mostram justamente a necessidade de por um fim ao capitalismo pela
via da violência revolucionária e da expropriação da burguesia de conjunto.
Com a nova tragédia da Califórnia, a campanha pelo fim da
venda de todos os tipos de armas a civis ganha novamente força nos EUA, sendo
apoiada por setores de “esquerda”. Mas o que está por trás desse “debate” não é
nenhuma preocupação real como as verdadeiras raízes dos seguidos massacres em
escolas, ou seja, a facistização da sociedade ianque, que se apoia em setores
da classe média que apoia a perseguição a imigrantes e negros.
O que um setor da burguesia norte-americana deseja é
reforçar o seu controle sobre o comércio de armas e aumentar o aparato
repressor sobre as massas proletárias. Os únicos beneficiados do “fim da venda
de armas de fogo” em geral serão uma minoria da classe dominante que organiza
exércitos paramilitares e os setores da classe média alta que usam as licenças
de “clubes de tiro” para atacar os pobres nas ruas das metrópoles e assim como
os grandes capitalistas que já contam com milícias privadas, através de
empresas de segurança.
A farsa em torno da tese de “desarmar a população para acabar com a violência” está voltada a garantir que o Estado burguês tenha para si o monopólio das armas para resguardar a propriedade privada dos meios de produção, enquanto a maioria da população estaria proibida de possuir armas e autodefender-se. Hoje, a defesa do direito democrático da autodefesa deve ser empunhada como uma bandeira central do proletariado, inclusive com a expropriação dos depósitos de armas das FFAA em um período revolucionário e de ascenso de massas, chamando a ruptura da hierarquia militar em favor dos explorados e o armamento popular contra os bandos fascistas que pululam entre a pequena-burguesia ianque. Só neste sentido este direito tem um caráter progressivo.
Nos EUA, nas últimas décadas, têm sido comum as matanças coletivas em escolas e em lugares públicos perpetrados por jovens oriundos da classe média, cujas mais conhecidas foram a de Columbine em 1999, quando dois estudantes mataram a tiros 12 colegas e uma professora. Ou ainda em abril de 2007, outro jovem atira e mata 32 pessoas e fere 15 em uma universidade na Virgínia. Os exemplos podem chegar a 60... Mas basta citarmos estes apenas para se ter uma ideia acerca das razões político-sociais que levam a estes massacres. No caso de Columbine, não por coincidência, a OTAN a serviço do Pentágono bombardeava a Iugoslávia durante a Guerra do Kosovo exterminando milhares de vidas. Em 2007 a corrida guerreirista de Bush manchava de sangue as ruas de Gaza, Bagdá, Afeganistão, perseguia as Farc etc. Agora estamos no meio das ameaças de Trump à Coreira do Norte ou o apoio a intervenção militar a Venezuela. Os ataques de claro conteúdo fascista estão em consonância com a época de ofensividade bélica e de reação ideológica preconizada pelo imperialismo norte-americano.
A tragédia na Califórnia é a expressão mais acabada do
estancamento das forças produtivas impostas pelo capitalismo. Como não há um
contraponto revolucionário a esta degradação, a humanidade tende a caminhar
para a barbárie imposta pelo império decadente. Desgraçadamente, se não houver
uma direção política que aponte uma saída comunista para os trabalhadores de
todo o planeta, carnificinas neonazistas e guerras genocidas acontecerão como
norma de sobrevivência do regime capitalista senil.
Sem a intervenção do proletariado nesta conjuntura
fascistizante, ao contrário do que asseveram os “catastrofistas” do
revisionismo trotskista, o capitalismo não se extinguirá, nem cairá de podre,
ao contrário, arrastará a humanidade para a barbárie.
Estamos vendo a volta com força do neonazismo ianque em escala interna e planetária. Para se opor a essa escalada arquirreacionária deve-se ter claro que ela é uma expressão da dura etapa de contrarrevolução e profunda ofensiva imperialista em curso, onde ao lado dos mortos da Califórnia estão os cadáveres de mais de 200 mil líbios trucidados pelos bombardeios da OTAN ou as vítimas dos mercenários “rebeldes” na Síria, ao melhor estilo dos jogos de guerra vendidos às crianças norte-americanas.
Para que não se repitam novas cenas sanguinárias dentro e
fora dos EUA, somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá
reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo
de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio
projeto de poder socialista.