PROLETARIADO INGLÊS DEMONSTRA QUE NÃO SE ACOVARDA: MILHARES SAEM AS RUAS PARA PROTESTAR CONTRA AS MEDIDAS ANTIDEMOCRÁTICAS DO REACIONÁRIO GOVERNO JOHNSON
Milhares de manifestações foram às ruas em Londres, Manchester, Liverpool, Birmighan, Cambrigde, Southampton e mais quarenta cidades britânica, para repudiar no final de semana a nova legislação apresentada pelo reacionário governo de Boris Johnson, tentando coibir a livre manifestação política da população, ampliando os poderes da polícia a pretexto da pandemia ou “incômodo públicos”, puníveis com prisão e pesadas multas.
“Não ao Estado policial de Boris Johnson” e “Matem a Lei”
(‘Kill The Bill’), levaram milhares de pessoas às ruas em plena pandemia
inglesa, país que tem um índice oficial de mortes por Covid proporcionalmente
bem maior do que o Brasil. Enquanto o Reino Unido possui 1,8 morto por milhão
de habitantes, nosso país tem o índice de 1,5 morto por milhão de habitantes.
Registre-se o fato que a Inglaterra vem adotando um lockdown duríssimo, há mais
de um ano, punindo inclusive com a pena de prisão quem descumprir o famigerado
“Isolamento Social”, hoje defendido vergonhosamente pela esquerda reformista
tupiniquim, que continua trancada em casa e fechando os sindicatos dos
trabalhadores. O exemplo corajoso das massas britânicas representa um
verdadeiro “tapa na cara” para a “esquerda lockdown”.
Em Londres, os manifestantes fizeram questão de desfilar
diante do parlamento, da sede do governo em Downing Street 10 e do Palácio de
Buckingham no último sábado (03/04). Houve um ato também em Cardiff, no País de
Gales. Em Bristol, onde a dura repressão há duas semanas causou uma enorme
polêmica, além de muitas prisões e viaturas queimadas, centenas de pessoas
voltaram às ruas para rechaçar o incremento do arbítrio policial. Já pela noite
um grupo de manifestantes, se sentaram no asfalto, interrompendo a rodovia
M32. Manifestantes em Newcastle, no norte da Inglaterra, marcharam até o centro
da cidade gritando “Ruas de quem?/Nossas ruas” e exibindo cartazes e faixas
como “não seremos silenciados, sob a desculpa da pandemia”.
Sob o pretexto de “defender a vida e a ciência”, governos
burgueses do mundo todo, sejam de esquerda ou direita, vem avançando na
subtração das liberdades democráticas e dos direitos de organização das massas
proletárias. Estão na realidade defendendo o “Grande Reset” da economia
capitalista, sob o patrocínio dos rentistas financeiros do Fórum de Davos. As
massas vem bravamente combatendo espontaneamente a Nova Ordem Mundial, que
trouxe com a pandemia o incremento do desemprego e da fome em todo o planeta.
Entretanto, o proletariado já não pode mais contar com um mínimo suporte da
esquerda reformista, comprometida até a medula com o capital financeiro e suas
corporações imperialistas. Por isso, as massas ganham às ruas, em ação direta
contra o capital e suas medidas draconianas, enquanto a esquerda reformista e
domesticada, continua na frente do computador pregando a colaboração de classes
com a “burguesia científica”....