segunda-feira, 12 de abril de 2021

A REVELADORA LISTA DA FORBES/2021: ALGUÉM ACREDITA QUE OS 25 MAIORES BILIONÁRIOS DO MUNDO QUE LUCRARAM EXPONENCIALMENTE COM A PANDEMIA QUEREM O SEU FIM?

A Forbes liberou em abril sua lista dos maiores bilionários do mundo em 2021, poucos dias após se completar um ano da pandemia do Covid-19. Segundo a revista “O ano passado foi histórico – e não estamos falando sobre a pandemia. O mercado registrou ofertas públicas inesperadas, aumento de criptomoedas e valorização das ações. O número de bilionários na 35ª lista da Forbes dos mais ricos do mundo, publicada anualmente, explodiu para um número sem precedentes de 2.755 pessoas, 660 a mais do que em 2020. Ao todo, as fortunas consolidadas chegam a US$ 13,1 trilhões, valor bem acima dos US$ 8 trilhões da lista de 2020”. Algumas sinalizações importantes foram detectadas em relação aos recém-chegados bilionários: criptomoedas, e-commerce, rentismo, remédio, vascinas e assistência médica relacionada à Covid-19 os moveram para o top da pirâmide capitalista. A lista da Forbes 2021 é reveladora e não deixa dúvida que os 25 maiores bilionários do mundo que lucraram exponencialmente com pandemia não querem o seu fim como desejam nos fazer a grande mídia que os apresentam como "defensores da vida e da ciência"!

O mais assustador é que houve um crescimento de 5 trilhões de dólares no montante acumulado pelos super ricos durante a pandemia justamente em setores como Big Pharma, Big Tech e criptomoedas. Para os Marxistas Leninistas a questão do agravamento da crise econômica capitalista e o surgimento da pandemia sempre estiveram intimamente ligadas, para muito além de uma mera coincidência. O aumento das fortunas com a origem do coronavírus não é aleatório, muito pelo contrário. 

Não por acaso, Jeff Bezos é a pessoa mais rica do mundo pelo quarto ano consecutivo, com uma fortuna estimada em US$ 177 bilhões, US$ 64 bilhões a mais do que no ano passado – resultado do aumento das ações da Amazon. Elon Musk, o maior ganhador em dólares, disparou para o segundo lugar com uma fortuna de US$ 151 bilhões, US$ 126,4 bilhões a mais do que um ano atrás, quando ficou em 31º lugar e tinha “apenas” US$ 24,6 bilhões. O principal motivo para essa performance foi o aumento de 705% nas ações da Tesla. O magnata francês do luxo, Bernard Arnault, manteve o terceiro lugar, mas sua fortuna quase dobrou: foi de US$ 76 bilhões para US$ 150 bilhões graças ao aumento de 86% nas ações da LVMH, conglomerado que inclui marcas como Louis Vuitton, Christian Dior e a varejista de cosméticos Sephora. As fortunas dos dez mais ricos somadas é de US$ 1,15 trilhão, quase o dobro dos US$ 686 bilhões do ano passado. Ao todo, os bilionários da Europa estão US$ 1 trilhão mais ricos do que há um ano. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, completa o top 5 com US$ 97 bilhões, US$ 42,3 bilhões a mais do que um ano atrás. As ações da rede social aumentaram 80% em 2020, quando pessoas ao redor do mundo usaram suas plataformas de mídia social para manter contato na pandemia.

A pandemia do coronavírus nada mais é do que a maquiagem institucional da crise capitalista de superprodução, onde o “Grande Reset” da economia foi acionado por meio de um “alarme global sanitário”, fraudulento diga-se de passagem. 

Por exemplo, hoje com a política terrorista da “Pandenia” e seu “lockdown” econômico internacional, as chamadas moedas virtuais passam a ocupar o lugar de destaque das bolhas especulativas anteriores, como é o caso da moeda virtual Bitcoin (gerada por programas e supercomputadores), um dos símbolos mais emblemáticos deste momento.

O crescimento acelerado dessa criptomoeda é outra das “rotas de fuga” do capitalismo, que tenta fugir do desastre iminente de sua estagnação. Portanto o aumento desproporcional do Bitcoin é determinado pelas tendências arbitrárias e anárquicas dos capitalistas rentistas que se apressam em tomá-las como forma de investimento e reserva de valor, dada a impossibilidade de colocar suas remessas de mais-valia no ciclo real da produção capitalista, justamente por causa da recessão generalizada e ausência de mercados.

O crescimento das moedas virtuais obviamente não é um sinal de boa saúde do capitalismo, muito pelo contrário e a burguesia imperialista sabe disso, só que enquanto puder, continuará a dançar e apostar no “cassino” financeiro, afinal lá tem “boa música muito whisky” para a elite se divertir, mesmo que diante de uma iminente falência.  

O capital se aproveita de toda e qualquer situação para se reproduzir, se valorizar. Vida, morte, saúde ou doença são vistas como detalhes de um grande negócio, como fonte lucro para a classe dominante.

Dizem os CEO´s das grandes empresas que o importante é aproveitar as oportunidades comerciais mesmo que isso signifique a morte de milhares de pessoas, particularmente dos trabalhadores e do povo pobre. É o caso da atual pandemia de Coronavírus. Enquanto milhões de pessoas não têm acesso a saúde pública e convivem com a falta de leitos (principalmente UTI) para atender os doentes, as empresas do ramo da saúde, grandes conglomerados capitalistas são indiferentes ao desespero e às milhares de mortes em todo o mundo, lucram com a crise pandêmica. 

Na sociedade capitalista dividida em classes sociais o direito à vida se confronta com o lucro e a propriedade privada dos meios de produção. Para os grandes capitalistas, o lucro é o centro das suas preocupações.

Para os Marxistas Revolucionários o direito à vida dos trabalhadores é o centro de nossa luta. Esse direito pleno somente poderá ser alcançado pela via da Revolução Socialista, quebrando todas essas patentes e liquidando a propriedade privada! A tarefa dos Marxistas Revolucionários é compreender este contexto histórico da Nova Ordem Mundial que anuncia a explosão de novas rebeliões espontâneas ainda mais radicais (que logo serão taxadas de “fascistas” por supostamente “espalharem” o vírus), já que a esquerda reformista é parte ativa desta patifaria do rentismo contra o proletariado mundial.

A disputa programática pela consciência de milhões de operários e jovens que farão parte das mobilizações espontâneas, é o elemento-chave da situação atual, que exige a construção de Partidos Leninistas que pretendam demolir com a Nova Ordem do Capitalismo e começar a edificar uma nova sociedade, baseada no planejamento econômico centralizado, e o trabalho conjunto e socialista por sua própria natureza de classe da Ditadura do Proletariado.