LULA DECLARA APOIO A GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO EM NOME DO COMBATE A PANDEMIA: PETISTA SE APRESENTA PARA SER O CANDIDATO DA “NOVA ORDEM SANITÁRIA DO IMPERIALISMO” NO BRASIL
O site “247”, um veículo midiático oficioso das posições do PT acaba de publicar o artigo “Lula propõe governança global para a luta contra a pandemia da Covid-19”. O ex-presidente declarou em nota que “Os governantes do mundo precisam trabalhar juntos para estender a todos as vacinas que os cientistas desenvolveram. As Nações Unidas, o G-20, as instituições multilaterais precisam trabalhar juntas contra o coronavírus. Não há saída individual possível para cada país”. O petista adere a governança global do capital financeiro e se apresenta para ser o candidato da nova ordem sanitária do imperialismo.
Lula sabe que importantes setores da burguesia nacional e do golpismo mais “sofisticado” captaram bem os sinais emitidos pela nova gerência da Casa Branca na direção de resgatá-lo para o jogo político das próximas eleições presidenciais. A nota emitida pelo ex-presidente foi no sentido da vigorosa defesa da Nova Ordem Sanitária do Imperialismo. O “sinal verde” do imperialismo à Lula, operado pela via do STF (um apêndice de Washington), tem por objetivo “cancelar” o presidente neofascista Bolsonaro, elemento considerado “indesejável” a governança global do capital financeiro na senda de promover o Grande Reset da economia capitalista.
O pestista sabe bem que a orientação política geral do
imperialismo ianque para o Brasil é isolar Bolsonaro e Moro (lixo já descartado
do entulho golpista), colocando-o novamente no jogo eleitoral. Entretanto esta
“jogada” no tabuleiro do xadrez político, ainda está muito longe de significar
uma decisão do imperialismo em reempossar Lula no Planalto.
Corresponde no momento ao início de uma ação mais enérgica
da governança do capital financeiro indicando que não aceitarão mais um mandato
do presidente neofascista, repetindo desta forma o caminho já trilhado nos EUA.
O PT e seu arco de apêndices (PSOL, PCdoB, PSOL, PCO e PSTU) agora tem a função
principal da contenção do movimento de massas diante da profunda crise
capitalista, que tem a pandemia como uma tentativa de “escape” para o Grande
Reset da economia. Porém isso não significa que o rentismo internacional tenha
se inclinado para uma vitória de Lula em 2022.
Quando a elite financeira chegar a uma decisão consensual
sobre quem “coroar” nas próximas eleições (assim como optaram por Bolsonaro em
2018), muito provavelmente o PT será novamente colocado em segundo, assumindo
somente uma pequena parcela na gerência do Estado capitalista, enfim mantendo
sua estratégia posição de “camisa de força” do movimento de massas.
Em resumo, a jogada do imperialismo não deixa dúvidas que se trata de mais um lance no tabuleiro do xadrez
político da conjuntura nacional, onde o comando geral é “cercar e sangrar”
(agora até utilizando Lula) o gerente neofascista do Planalto, “elegendo”
Bolsonaro como a representação do “satanás no Brasil”, enquanto os maiores
genocidas da governança global do capital financeiro, vão promovendo o Grande
Reset da economia capitalista, tentado evitar a rebelião popular diante do
colapso do atual modo de produção da burguesia.
Na verdade é a
governança do rentismo internacional a maior criminosa do planeta, inflando uma
“oportuna” pandemia para eliminar uma parte da população considerada “não
produtiva”, negando aos mais necessitados e infectados a possibilidade de
tratamento preventivo contra a Covid. Estes abutres da Big Pharma e mídia
corporativa são os genuínos negacionistas!
Para a esquerda domesticada que tem seu foco girado
totalmente para as eleições de 2022, nada melhor para promover sua demagogia
eleitoreira, do que a existência de gerente de extrema direita, que atuando
como uma “escada” para o Centro Civilizatório do capital financeiro, denigre
qualquer tentativa séria de se estancar o mais rapidamente possível esta
covarde sindemia contra a população mais carente do planeta.