sábado, 24 de abril de 2021

1º DE MAIO DE LUTA E NÃO VIRTUAL DO ISOLAMENTO: LBI AGITA NA PORTA DA FÁBRICA DA FORD-TROLLER A NECESSIDADE DE UM ATO PRESENCIAL, CLASSISTA E INTERNACIONALISTA!

A militância da LBI esteve fazendo durante esta semana piquetes nas fábricas em defesa de um 1º de Maio classista, presencial e de luta. Foram distribuídos milhares de panfletos convocando a classe trabalhadora a romper a política de paralisia da CUT e enfrentar a ofensiva patronal através da ação direta dos trabalhadores. Convocamos desde nossas modestas forças um verdadeiro ato classista de 1º de Maio, sem patrões e políticos da burguesia. Fomos as fábricas, conversamos com os operários e chamamos os trabalhadores a ganhar as ruas e mostrar a força do proletariado, no seu combate histórico contra o capital por um ato internacionalista e classista em defesa do Socialismo! Nesse contato com os trabalhadores defendemos que é preciso colocar abaixo o neofascista Bolsonaro e todo o regime golpista genocida, inclusive os governadores neoliberais e prefeitos burgueses que criminosamente seguem as ordens da governança global do capital financeiro na Pandemia! Como parte desse combate, chamamos a construir uma alternativa de poder operário e revolucionário!

Até o momento a burocracia sindical pelega de todas as centrais não moveu um dedo para realizar um ato de verdade, combativo e de ação direta contra os ataques da burguesia, do governo Bolsonaro e dos empresários que tem lucrado com a pandemia!  A CUT, Conlutas e Intersincial vão realizar atos virtuais como no ano passado! 

Essa esquerda covarde e domesticada utilizou o terror sanitário orquestrado pelo grande capital para defender a política do “fique em casa”, paralisando assim a luta de classes no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo que impõe a política de colaboração de classes! 

Em um sentido contrário, a militância da LBI foi ao chão das fábrcas fazer um chamado aos sindicatos classistas e organizações políticas que se reivindicam da luta direta dos trabalhadores da cidade e do campo a organizarmos atos de 1º de maio de luta, presencial e nas ruas, que seja um ponto de apoio real e não “virtual” a mobilização dos trabalhadores em defesa de seus direitos e conquistas, duramente ameaçados pelo “Grande Reset” que o rentismo vem impondo no mundo com a pandemia do Covid-19, jogando na fome e no desemprego milhares de trabalhadores!

É necessário denunciar a política de traição e ter uma orientação oposta a das centrais pelegas: convocar as massas para a luta ativa e não simplesmente publicitar exigências (mesmo que na maioria dos casos corretas) e acreditar que a burguesia e seus governos atenderão as reivindicações sem fortes mobilizações de rua, greves e ocupações de fábrica como na Troller, Ford e na LG!

A inação do proletariado, sob a justificativa de se precaver do contágio do vírus, é a principal arma do imperialismo para ganhar esta verdadeira guerra contra a humanidade. A exigência de uma “pauta” para o capital cumprir, sem a ação direta das massas é absolutamente inócua e politicamente ainda mais criminosa do que o próprio Coronavírus.

Convocamos, desde nossas modestas forças, a manter vivas e ativas as mobilizações de massas contra a barbárie capitalista! A tarefa dos Marxistas Leninistas neste grave momento de confusão, medo e inércia é o de elevar a consciência revolucionária do proletariado e contribuir para tornar sua luta mais organizada na perspectiva do socialismo.

Em tempos de pandemia, a maneira de protestar pode se adequar às exigências de proteção sanitária, mas não deve de ser descartada como faz a burocracia sindical, tendo como pretexto as possibilidades de contaminação. As redes sociais assumiram grande importância, mas devem ser subordinadas as ações diretas da classe trabalhadora, seja nas ruas e locais de trabalho, como panelaços, atos.

É necessário neste 1º de Maio compreender que a política de sabotagem das lutas e subordinação dos sindicatos e suas organizações aos partidos burgueses usando como pretexto a “defesa da vida” entrou em uma dinâmica de aberta colaboração entre as classes.

Na medida em que as mortes carimbadas como Covid batem recordes todos os dias, com a mídia manipuladora amedrontando os trabalhadores com o perigo da pandemia, o desemprego e a fome estão crescendo e a crise econômica se aprofunda.

Neste marco o PT, PCdoB, PSOL, PSTU e suas centrais como a CUT, Conlutas, CTB, Intersindical estão sendo acionados pela burguesia a conter a luta de classes, sustentando o regime político burguês e suas instituições corruptas até que seja feita uma transição segura para um novo gerente que venha a substituir futuramente Bolsonaro, com o objetivo de jogar de forma ainda mais dura o ônus da crise capitalista sobre as costas dos trabalhadores! Lula já se prontificou a ser o candidato da governança global do capital financeiro usando justamente a pandemia como pretexto para propor um “novo contrato social” e pauta sanitária com os capitalistas se ele voltar ao Palácio do Planalto.

A política das centrais pelegas de fecharem os sindicatos e de não convocarem manifestações de rua durante esse primeiro ano de pandemia foi essencial para paralisar a luta de classes no Brasil, sabotando a força social da classe trabalhadora como sujeito ativo e histórico da destruição do capital. As “lives sindicais”, “assembleias não presenciais” e “greves virtuais” usando como mote o “fique em casa” neutralizaram o poder de combate das organizações dos trabalhadores, não por acaso a ofensiva neste ano de pandemia foi brutal sem uma resposta à altura.

O corolário dessa política é sabotagem das centrais em realizar um ato de 1º de Maio, massivo, que expresse uma ação organizada de nossa classe. O mais absurdo é que a burocracia sindical defende a necessidade do “isolamento social devido à pandemia” como justificativa para não mobilizar os trabalhadores, quando o grosso de nossa classe está trabalhando nas ruas, pegando todos os dias transportes públicos lotados, indo diariamente as farmácias, bancos e supermercados! Somente uma casta privilegiada e acomodada pode usar a pandemia para não organizar a luta direta.

Se opondo a essa conduta traidora e venal das centrais pelegas, desde as oposições sindicais ligadas a LBI-TRS convocamos os trabalhadores nas portas de fábricas junto com a esquerda classista e as organizações que se reclamam revolucionárias no Brasil a convocarem um ato nacional de luta dos trabalhadores! 

Sabemos que é um tremendo esforço político militante levar a frente essa importante atividade, porém está nos ombros dos lutadores classistas e suas organizações de combate tomar em suas mãos essa iniciativa política histórica! Estamos fazendo nossa parte e chamamos outras correntes que se revindicam do socialismo e da revolução a estabelecermos uma frente única em defesa dessa bandeira de ação direta!