terça-feira, 27 de abril de 2021

PSTU NA LIVE DA FRENTE AMPLA: PLENÁRIA PELO IMPEACHMENT UNIU PT, PCdoB, PSOL COM JOICE HASSELMANN, KIM KATAGUIRI, ALEXANDRE FROTA... E ZÉ MARIA. MORENISTAS NA COLA DA FRENTE POPULAR E DE MÃOS DADAS COM OS "BOLSONARISTAS ARREPENDIDOS"!

A foto acima da “live da frente ampla” unindo desde o PSTU até Joice Hasselmann (PSL), Alexandre Frota (PSDB), Roberto Freire (Cidadania) e Kim Kataguiri (DEM), além obviamente de figuras do PT, PCdoB, PSOL, REDE, PV e PSB é literalmente o retrato da política de colaboração de classes que vem paralisando o movimento operário em nome do combate “virtual” a Bolsonaro. Essa ampla aliança coloca nos marcos do regime político burguês a pressão institucional pela saída de Bolsonaro pela via do impeachment, inclusive sinalizando ampla simpatia pelo vice Mourão. A “cereja no bolo” foi a presença do presidente do PSTU, José Maria de Almeida, que ao lado de seus pares e todo a vontade foi logo dizendo que “Estamos aqui para somar!”. Em resumo, trata-se da reedição da velha política de apostar as fichas no parlamento burguês para ser um elemento de pressão sobre a chamada “CPI do Genocídio” enquanto sabotam as lutas diretas, não por acaso a CUT chamou o 1º de maio virtual com FHC, Doria e Maia, enquanto a Conlutas faz sua "live" com seus parceiros da Intersindical enquanto não apontam nenhuma ação direta nos sindicatos que dirigem, como por exemplo a ocupação da fábrica da LG ou anteriormente da Ford. Os Morenistas do PSTU que saudaram o golpe parlamentar contra Dilma em 2016, agora dão um passo a diante: junto com a Frente Popular se unem aos “bolsonaristas arrependidos” para angariar votos pelo impeachment de Bolsonaro. Tanto antes, como agora, o PSTU sempre como linha auxiliar da burguesia!

Em resumo, a direção do PSTU deseja seguir disciplinadamente os passos do PT, PSOL e do “conjunto da oposição” que é de “sangrar” Bolsonaro até 2022 visando o estabelecimento da “Frente Ampla” burguesa para a disputa presidencial. Com esta medida fica evidente que os Morenistas seguem a política da Frente Ampla de acumular forças eleitorais para as eleições presidenciais, ação direta dos trabalhadores nem pensar! O circo do impeachment está a servilo dessa plataforma!

A estratégia da Frente Popular está toda montada na base podre do cretinismo parlamentar, disseminando a ilusão de uma vitória eleitoral assegurada em 2022. Nesse sentido, articula sua frente de “oposição” mais ampla possível, com Tucanos e até Demistas, contando agora com a presença do PSTU.

Nesse caminho rejeitam cabalmente a derrubada revolucionário de Bolsonaro se limitando ao pedido de impeachment pela via do Congresso Nacional, que representa a ascensão do vice, o general Mourão.

Apontamos que somente a ação direta e ativa das massas poderá encestar a derrubada cabal deste governo neofascista em seu conjunto, instaurando um novo regime político socialista emanado do poder revolucionário da classe operária, caso contrário o “Fora Bolsonaro” poderá desembocar em algo ainda mais reacionário e entreguista do que a gerência atual. 

Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas e sem expectativa neste congresso golpista podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente. 

Esperar “pacientes” as eleições de 2022 ou mesmo o impeachment de Bolsonaro para que assuma o general Mourão, como nos aconselha a receita política do PT, PSOL  e até mesmo do PSTU só fará avançar a ofensiva neoliberal contra as já precárias condições de vida da população pobre e trabalhadora em meio a Pandemia do Coronavírus, limpando o terreno para o recrudescimento do regime bonapartista, instaurado com o golpe institucional em 2016. 

A vanguarda classista deve assumir a liderança da luta para derrotar o projeto golpista, ainda em pleno andamento no país, organizando desde as bases uma poderosa greve geral por tempo indeterminado. 

Nós Marxistas Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho de derrotas da Frente Ampla apoiada pelo PSTU, lançamos um chamado para a formação de uma Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal e da pandemia do Coronavírus que ameaça suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores.