REDE GLOBO COLOCA O ODIADO RICARDO SALLES NA MIRA: MAIS UM LANCE DA FAMíGLIA MARINHO PARA CERCAR BOLSONARO E PASSAR A BOIADA DO “GRANDE RESET”
O então superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, disse ontem que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, "defende infratores ambientais". A declaração foi dada ao Estúdio I da GloboNews da Famíglia Marinho. Na tarde da mesma quinta-feira (15.04), a Polícia Federal confirmou a troca do superintendente da corporação no Amazonas. Alexandre Saraiva deixa o cargo, que passará a ser ocupado pelo delegado Leandro Almada. Saraiva levou até o Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o ministro e o senador Teomário Mota (PROS-RR) pelo suposto beneficiamento de madeireiros ilegais na Amazônia, o que facilita a grilagem de terra na Região Norte. “Não é todo dia que o superintendente faz isso [levar a notícia crime ao STF], mas também não é todo dia que um ministro de outra pasta promove a defesa de infratores ambientais”, explicou. A questão é porque em plena Globo News um superintendente da PF ataca publicamente um ministro bastante próximo de Bolsoanaro? Fica evidente que a Famíglia Marinho colocou o odiado ministro “moto serra” Ricardo Salles na mira, em mais um lance para cercar Bolsonaro. Como o BLOG da LBI vem alertando o presidente sem partido e sem apoio algum na superestrutura instrucional do país, serve para a burguesia apenas como uma espécie de “boi de piranha”, que permite atrair o ódio popular ao seu governo, enquanto a “boiada” dos rentistas financeiros passa incólume seu projeto do Grande Reset, para arrasar a economia industrial do país. Nesse quadro, Ricardo Salles serve para incendiar ainda mais essa narrativa.
O ex-superintendente também criticou a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na questão do desmatamento da Amazônia. Segundo Saraiva, a Polícia Federal sempre teve uma relação de parceria, mas isso não vem ocorrendo mais. "Sempre tivemos uma relação de parceria, de complementação. Nunca, por exemplo, o Ibama se posicionou em pedir uma análise dos laudos periciais", falou.
No fim do ano passado, mais de 200 mil metros cúbicos no valor de R$ 130 milhões de madeira foram apreendidos na Operação Handroanthus. Salles e Telmário têm feito declarações contrárias à operação da Polícia Federal que levou à apreensão, além de defender a aparente legalidade do material e dos madeireiros investigados.
Em março, o ministro inclusive chegou
a visitar a região e se reunir com os madeireiros para tratar do tema, e fez
postagens em redes sociais defendendo que seja dada solução célere ao caso.
Lembremos que o playboy Ricardo Salles na reunião ministerial do dia 22 de abril, afirmou que estava aproveitando o momento da pandemia do Coronavírus para mudar regras legais a fim de desmatar e ampliar a grilagem é só um reflexo da ofensiva dos latifundiários e das grandes empresas no campo.
Segundo ele, seria hora de fazer uma “baciada” de mudanças nas regras
ligadas à proteção ambiental e na área de agricultura. “Tem uma lista enorme,
em todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, para simplificar. Não
precisamos de Congresso”. Salles sugere usar a pandemia para fazer mudanças na
área ambiental “Ir passando a boiada... A oportunidade que nós temos, que a
imprensa está nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as
reformas infralegais de desregulamentação... Tem um monte de coisa que é só,
parecer, caneta, parecer, caneta. A gente tem um espaço enorme pra fazer”.
O aumento ocorre em meio à recomendação de distanciamento
social devido à pandemia do novo coronavírus que vem paralisando a luta de
classes sob a orientação da Frente Popular comandada pelo PT e a CUT.
Nós revolucionários defendemos que a verdadeira defesa do meio-ambiente só pode ser realizada através da aliança do campesinato pobre com o proletariado do campo e da cidade através da luta pela revolução agrária que exproprie os latifundiários através da construção de comitês de autodefesa armados, preservando a vida dos lutadores ameaçados pelo terror dos grandes proprietários, acobertados pelo governo Bolsonaro.
Os Marxistas Leninistas
dizemos claramente que só a revolução socialista, com a expropriação da
burguesia em nível mundial e a liquidação do modo de produção capitalista podem
pôr um fim às forças destrutivas, às guerras e aos monopólios predadores que
ameaçam a existência da humanidade. Somente o proletariado mundial, urbano e
rural, e seus aliados históricos como o campesinato pobre, será capaz de travar
uma luta consequente para expropriar o latifúndio, as grandes empresas e os
monopólios por meio da luta pela revolução proletária e o socialismo!