O REPUGNANTE ASSASSINATO DO MENINO HENRY PELAS MÃOS DO VEREADOR NEOFASCISTA “DR. JAIRINHO”: QUANDO A FORÇA DO DINHEIRO E O MEDO DO MAFIOSO PODER BURGUÊS SÃO CAPAZES DE CALAR A PRÓPRIA MÃE DA CRIANÇA, TORNADO-A CÚMPLICE DA TORTURA E MORTE DO SEU FILHO DE 4 ANOS
A Polícia Civil do RJ prendeu nesta quinta-feira (08.03), dentro das investigações da morte do menino Henry Borel, o vereador neofascista carioca “Dr. Jairinho” (Solidariedade), filho do deputado estadual miliciano Jairo dos Santos (MDB), o coronel Jairo, além de deter também Monique Medeiros, mãe do garoto. Lembremos que o Coronel Jairo, pai do assassino, foi alvo da operação Furna da Onça, em 2018, que investigava o “mensalinho” da Alerj. Ele junto com o filho ligaram para o governador do Rio, Cláudio Castro, horas depois da morte da criança para retardar as investigações. O deputado miliciano se negou a entregar o celular aos policiais, cinicamenter alegou que o aparelho já havia sido levado por agentes da Polícia Federal em 2018, quando foi preso. Fica evidente o acobertamento enquanto pôde por parte da polícia, do Ministério Público e da Justiça burguesa do vereador "mauricinho" devido ao seu poder burguês e a influência mafiosa de seu pai, deputado. Ao longo dos anos, houve diversas denúncias de agressão contra o “Dr. Jairinho” mas ele sempre continuou impune, como ocorre em um país onde o poder político está nas mãos de um punhado de parasitas burgueses com suas taras mortais nazistas, as mesmas mãos sujas de sangue que assassinaram o pequeno Henry.
Por sua vez, o silêncio da mãe só tem uma explicação para os Marxistas, a força do dinheiro e medo do poder burguês mafioso do vereador. De professora municipal ela já tinha ascendido em poucos meses de relacionamento para o cargo de assessora do presidente do TCM (viu seu salário saltar de R$ 4 mil para R$ 16.500) e viu montado um apartamento de luxo para ela, o que serviu para pagar seu silêncio até agora, não estando descartado todos os tipos de ameaças no marco de uma relação burguesa doentia e mercenária de ambos os lados, onde não há inocentes.
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmam que Henry foi assassinado no dia 8 de março (dia internacional da mulher), com emprego de tortura e sem chance de defesa da vítima. O casal foi preso por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões. Policiais descobriram que, antes do fim de semana da morte, o canalha já agredia o menino com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. O vereador direitista teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado em fevereiro.
Henry foi encontrado morto na madrugada de 8 de março no
apartamento em que Monique, mãe do garoto, vivia com o vereador. Os dois
alegaram que o menino sofreu um acidente e que estava "desacordado e com
os olhos revirados e sem respirar". Mas os laudos da necropsia de Henry e
da reconstituição no apartamento do casal afastam essa hipótese.
O documento informa que a causa da morte foi hemorragia
interna e laceração hepática [no fígado] causada por uma ação contundente
[violenta]. A polícia diz que, semanas antes de ser morto, Henry foi torturado
por Jairinho. Monique sabia. Tanto que a empregada doméstica que trabalha no
apartamento disse em depoimento que sabia a respeito da morte do menino. A
versão contradiz a da mãe do menino. A trabalhadora Rosângela, falou aos
agentes da 16ª DP que foi avisada a respeito da morte de Henry no dia que foi
trabalhar. Quando foi ouvida pela polícia, na semana passada, Monique relatou
que a limpeza do apartamento foi feita pela funcionária - prejudicando a
perícia - já que ela não tinha conhecimento do ocorrido e que chegou a dar
folga para ela na hora do almoço
Desde o dia 8 de março, os policiais ouviram pelo menos 18 testemunhas e reuniram provas técnicas que descartaram a hipótese de acidente — levantada pela própria mãe da criança em seu termo de declaração na delegacia. Além de dois laudos periciais, de necropsia e de local — realizado nas três visitas ao apartamento 203 do bloco 1 do Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra da Tijuca —, dados extraídos dos telefones celulares do casal, apreendidos no último dia 26, formaram um conjunto de elementos para embasar o pedido do delegado Henrique Damasceno, que comanda as investigações.
A primeira importante prova que chegou às mãos dos
investigadores foi um laudo assinado pelo médico-legista Leonardo Huber Tauil,
feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de
março. No documento, o perito do Instituto Médico-Legal (IML) descreve que a
criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”,
“infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça,
apontou “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e
“trauma com contusão pulmonar”.
A causa da morte foi por “hemorragia interna e laceração
hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”. Especialistas
descartaram a hipótese de acidente.
Além do laudo cadavérico, a Polícia Civil tem em mãos mais
uma prova técnica que desmonta a tese de acidente. No último dia 1º de abril,
investigadores e peritos do ICCE estiveram pela terceira vez no apartamento. Lá,
fizeram uma reprodução simulada ao longo de quatro horas. Os peritos calcularam
todas as possibilidades: uma queda da própria altura; a queda da cama; a queda
de uma poltrona que ficava ao lado da cama; e a queda de uma escrivaninha.
Os investigadores passaram a acompanhar os passos do casal
há dois dias. Na noite desta quarta-feira, descobriram que eles não dormiriam
nas casas de seus familiares em Bangu, na Zona Oeste do Rio, como vinha
acontecendo desde a morte do menino, quando deixaram o condomínio na Barra da
Tijuca. Jairinho saiu da casa do pai, o eputado estadual Jairo dos Santos,
o coronel miliciano Jairo, com uma mochila e buscou a mulher na casa dos pais dela. Eles
seguiram para uma outra casa na mesma região, onde passaram a noite.
Os policiais descobriram ainda que, após o início das
investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam,
inclusive, que eles tenham trocado de aparelho. A perícia do Instituto de
Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite
Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar
o conteúdo.
Em relação a Monique, mãe de Henry, que namorava o vereador
desde 2020, os policiais levantaram informações sobre o comportamento dela após
a morte do filho que chamaram a atenção. Primeiro que ela chegou a trocar de
roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de branco, para ir à
delegacia. Outra que, no dia seguinte ao enterro, Monique passou a tarde no
salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca. Três profissionais cuidaram
dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.
O inquérito da 16ª DP ainda reuniu elementos que mostram o
perfil agressivo do vereador. Uma testemunha relatou na delegacia que, durante
seu relacionamento de dois anos com Jairinho, cerca de oito anos atrás, ele
agrediu várias vezes sua filha, que tinha 4 anos de idade na época. A menina,
hoje com 13 anos, ainda prestou depoimento em outra investigação, aberta contra
Dr. Jairinho na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). Um
psicólogo acompanhou o relato em que a adolescente narrou uma série de
agressões com chutes, pisões e até afogamento na piscina.
Ana Carolina Netto, ex-mulher do vereador, foi intimada e
prestará depoimento nesta sexta-feira (9). Um registro de ocorrência feito por
ela e um laudo de exame de corpo de delito de 2014 narram agressões de Jairinho
contra a ex. Ela acabou desistindo de seguir com a acusação e o Ministério
Público arquivou o caso por pressão, medo e alicinamento do vereador. Mas
vizinhos narram que as brigas eram frequentes. Após uma dessas noites de
agressões, a filha do casal, com 11 anos na época, chegou a fugir de casa.
Todos esses elementos comprovam a doente sociedade capitalista
em que vivemos. O BLOG da LBI declara sua solidariedade e dor com o pai do
pequeno Henry, alertamos que somente lutando pela liquidação do modo de
produção capitalista, poderemos vingar a morte de mais uma criança pelas mãos
de um dos representantes desse sistema assassino!