segunda-feira, 12 de abril de 2021

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO EQUADOR: BANQUEIRO IMPÕE FRAUDE. O CANDIDATO DA ESQUERDA REFORMISTA ACEITA “DOCILMENTE” O ESTELIONATO 

O candidato de direita neoliberal, o rentista financeiro Guillermo Lasso, que no primeiro turno das eleições presidenciais no Equador obteve o terceiro lugar, proclamou neste domingo (11/04) a sua vitória nas eleições, enquanto o seu adversário da esquerda reformista, Andrés Arauz (primeiro colocado no primeiro turno), admitiu a derrota e ainda parabenizou o banqueiro pela fraude eleitoral bem sucedida. Em um evento lotado de apoiadores da extrema direita na cidade de Guayaquil, maior cidade do Equador, Lasso agradeceu aos equatorianos pela “confiança depositada nas urnas”. 

Guillermo Lasso é um banqueiro de direita que buscava pela terceira vez a presidência de Equador. O candidato, no entanto, não ficou de fora da disputa do segundo turno devido à uma fraude, teve apenas uma “pequena diferença” para o terceiro colocado, o líder indígena Yaku Pérez, um “arranjo” de apenas 0,35 ponto percentual. Os dois ficaram atrás de Arauz, o candidato apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, que somou 32,72% dos votos na primeira volta, mas acabou derrotado por um escandaloso estelionato eleitoral neste domingo.

O candidato de esquerda burguesa reformista por sua vez, reconheceu “docilmente” que foi superado por Lasso no segundo turno em uma declaração a seus partidários. Durante o discurso, Arauz pediu unidade aos equatorianos, para que o país "volte a ser um só Equador", e prometeu telefonar para Lasso para parabenizá-lo pela vitória. Esse parece ser um retrato antecipado do que pode acontecer no Brasil, caso o capital financeiro “feche questão” em apoio a um nome de total confiança do mercado, colocando a esquerda burguesa no papel de coadjuvante do golpismo institucional.

Em uma Nova Ordem Mundial, hegemonizada completamente pelas determinações do Fórum Econômico de Davos, o braço operacional da governança global do capital financeiro, a soberania popular, expressa pela vontade política das massas, é facilmente soterrada pelos algoritmos da Big Tech. Este processo fraudulento ocorre em todos países capitalistas, sob a plena aquiescência das burguesias nativas, completamente dominadas pelas corporações imperialistas, e que não encontram a menor linha de resistência por parte da esquerda reformista, para impor o Grande Reset da economia e também da política.