BOULOS JANTA COM “BISPO” DA UNIVERSAL E PRESIDENTE DO REPUBLICANOS: CARDÁPIO FOI PSOL SE APRESENTAR COMO “SERVO” DA DEMOCRACIA BURGUESA PALATÁVEL ATÉ PARA A DIREITA “THEOFASCISTA”
Boulos, pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo em 2022, jantou na noite da última sexta-feira com o deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do direitista Republicanos e “bispo” da Igreja Universal. A conversa teve como objetivo “romper resistências” do PSOL entre os líderes evangélicos. Em artigo na Folha de São Paulo (20.04) Boulos alega que “Já passou da hora de superar caricaturas. Se queremos que a luta contra a desigualdade e por justiça social ganhe mais força nas periferias do Brasil, é imprescindível reconstruir as pontes —com respeito mútuo— entre o povo evangélico e a esquerda”. O “cardápio” foi a aproximação com a direita de olho nas eleições de 2022, com Boulos e o PSOL se demonstrando como “servos” da democracia burguesa e palatáveis até mesmo para a reacionária Igreja Universal, como Lula (PT) fez em seus governos de colaboração de classes que contaram com o apoio de Edir Macedo e seu séquito evangélico.
Segundo o dirigente do MTST, “As igrejas são um espaço
religioso e também funcionam como uma rede de apoio social. São lugares de
convivência para quem estava na solidão. Lugares de ajuda para quem não tinha
com quem contar. A banda e os grupos de jovens atraem uma geração que não
encontra espaços públicos de lazer e cultura. Não por acaso o chamado da igreja
Universal é ‘pare de sofrer!'”, escreve. É uma verdadeira apologia de Boulos ao "ópio do povo" como nos alertou Marx, uma ode as mais reacionárias seitas, base do Theofascismo!
Milhares de igrejas (seitas) evangélicas e pentecostais povoam as principais cidades do país. Estes “Centros” religiosos são organizados em regiões de muita carência econômica, e funcionam como uma verdadeira rede de proteção social, onde geralmente falha por completo os serviços da seguridade estatal.
Seitas empresariais como a chamada “Igreja
Universal”, tiveram um fantástico
crescimento nas últimas duas décadas, e não raramente obtiverem até
financiamento público para a expansão de seus negócios, inclusive nos governos
da Frente Popular, o que ganhou ainda maior peso com neofascista Bolsonaro.
Ao contrário do que prega Boulos e o PSOL, este fenômeno político que ocorre na conjuntura de nosso
país poderia se definido pelos Marxistas como uma espécie de “Theofascismo” e
não deixa de ser um elemento muito nocivo para a luta do movimento operário e
popular.
Segundo o jornal “O Globo”, “Na conversa, Boulos tentou
mostrar que não é uma ameaça para os conservadores. Enfatizou que sua
preocupação é com educação e saúde. Disse ainda que boa parte das pessoas que
votaram nele no ano passado eram evangélicas. Marcos Pereira terminou com uma
boa impressão, mas dizendo que ainda tem muitas coisas que os afastam, embora
algumas os aproximem”. Ainda segundo o porta-voz dos Marinhos, “Uma das
convergências que Boulos e Pereira chegaram foi que hoje os movimentos sociais
e as igrejas evangélicas neopentecostais são os únicos grupos que atuam
próximos da parcela mais carente da população. O presidente do Republicanos é
bispo licenciado da Igreja Universal.”
Boulos pelo PSOL, assim como o PT de Lula, limitan-se a
articular uma “alternativa” eleitoral para implementar as chamadas “políticas
públicas” de inclusão social. Em resumo trata-se de radicalizar a democracia
burguesa e as instituições de seu Estado (parlamento, justiça, polícia...), a
velha tese da socialdemocracia reciclada pelo PSOL e sempre saudada pelo PT em
dias de festa.
Com este engodo pretendem utopicamente “democratizar” as instituições burguesas que não passam de sustentáculos da ditadura do capital contra os trabalhadores. Por isso as categorias teóricas de ambos, PT e PSOL... Lula e Boulos, não passam de mais da mesma “merda” programática de conceder sustentabilidade a economia capitalista.
Não podem admitir a violência
revolucionária de uma classe para subjugar a outra e muito menos reconhecer o
Estado como um comitê gestor dos negócios da classe dominante.
Lula e Boulos são apenas graduações políticas do mesmo programa socialdemocracia, que em sua essência são partes integrantes das inúmeras variações políticas das classes dominantes que estão conduzindo o planeta para a porta da barbárie da economia mercantil.
O que o movimento operário necessita não é de uma palátavel e domesticada frente dos reformistas que se mostra simpática até para a Igreja Universal e sim uma genuína Frente Revolucionária dos Marxistas Leninistas que organizem as massas a combater com os métodos da violência revolucionária do proletariado as instituições do Estado burguês, como a Igreja Católica e as seitas evangélicas.