PRIMEIRO TURNO NO PERÚ: CANDIDATO A PRESIDENTE VITORIOSO, PEDRO CASTILLO, SE DIZ “MARXISTA LENINISTA”. O ROTEIRO DA FRAUDE JÁ ESTÁ PREPARADO!
O professor Pedro Castillo, do Partido Peru Livre, que se apresenta como comunista e marxista-leninista, é o candidato que saiu vitorioso no primeiro turno da eleição presidencial do Peru realizada neste domingo(11/04). Com 16,1% dos votos, Castillo já tem um pé no segundo turno que será realizado em junho, seu oponente ainda é desconhecido. Os conservadores Hernando de Soto e Keiko Fujimori (11,9%) e o populista Yonhy Lescano (11%) estão praticamente empatados enquanto aguardam o avanço da contagem oficial.
Pedro Castillo tem atraído o voto de um tipo de eleitorado que não é avesso ao risco de uma mudança radical, e que quer algo diferente da tradicional política burguesa, esperando encontrar uma solução socialista para as suas necessidades mais específicas, as que o regime capitalista não pode atender. Seu apoio deve ser lido como um grito de reivindicação da identidade nacional, oprimida violentamente pelo imperialismo, que saqueia as riquezas do país.
O programa bastante “confuso” do Partido Peru Libre se define como: “Uma organização socialista de esquerda que reafirma sua corrente ideológica, política e programática. Para ser de esquerda, é necessário abraçar a teoria marxista e sob sua luz interpretar todos os fenômenos que ocorrem na sociedade mundial, continental e nacional, suas causas e efeitos, e a partir desse diagnóstico propor critérios de solução que conduzam à satisfação das maiorias. Da mesma forma, os postulados mariateguistas são de vital importância no que diz respeito à nossa realidade nacional, latino-americana e até mundial, por isso nos reconhecemos como marxistas, leninistas”.
Pedro, de origem camponesa, diz ser um político radical de esquerda, vestido com um chapéu de aba larga, propõe “derrubar o Tribunal Constitucional se chegar ao poder” e já se manifestou abertamente “contra o aborto, o casamento homossexual, a eutanásia e a abordagem de gênero na escola”. Durante a campanha de Pedro Castillo, houve até acusações de supostas aproximações políticas entre o candidato e membros do Sendero Luminoso, o que é uma ilação sem o menor sentido, posto que os Maoistas são radicalmente contrários à participação eleitoral.