REEDIÇÃO PATÉTICA DA “MARCHA PELA FAMÍLIA E COM DEUS”: 1964 TENTA SE REPETIR COMO FARSA HISTÓRICA, VERDADEIRO GOLPE VEM DO CAPITAL FINANCEIRO!
Neste domingo (11/04) apoiadores do presidente neofascista, atualmente sem partido, saíram às ruas de diversas cidades na “Marcha da Família Cristã pela Liberdade”, em tentativa de repetir as famosas marchas conservadoras de 1964, que justificaram o suposto apoio popular ao golpe comandado pelo General Castelo Branco, militar do gabinete do então presidente João Goulart.
A quase homônima “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, em 1964, reuniu grupos conservadores religiosos que respaldaram politicamente o golpe militar ocorrido naquele mesmo ano. Foram milhares às ruas, como um contraponto reacionário ao ascenso do movimento de massas, que teve seu ápice no comício da “Central do Brasil”. Dessa vez, os patéticos e poucos manifestantes foram às ruas contra o PT, que sequer está no governo central, mas que ainda serve como um móvel para a extrema direita “lembrar” o desastre da gestão estatal da Frente Popular de colaboração de classes.
A principal cidade do reacionário protesto foi Brasília, onde algumas centenas de manifestantes marcharam na Esplanada dos Ministérios. Além das faixas de apoio a Bolsonaro, houve uma reclamação geral em relação ao lockdown, que está sendo decretado pelos governos burgueses estaduais, que atendem diretamente as ordens da governança global do capital financeiro, na figura do Fórum Econômico de Davos, que orienta o Grande Reset da economia capitalista através dos “bloqueios” a vários setores da produção e serviços.
Obviamente que essas manifestações não tem nenhum caráter em defesa das “liberdades democráticas”, apesar de se “queixarem” das imposições dos governos estaduais, respaldadas pelo STF golpista, contra os direitos constitucionais de deslocamento e reuniões sociais da população brasileira. Um ato político que reivindica o golpe e os atos do regime militar de 64, não tem o direito de falar em defesa das “liberdades democráticas”.
Entretanto alertamos que está se gestando nas bases
populares, nas periferias e comunidades mais pobres do país, um justo legítimo ódio as medidas de “restrição
sanitárias”, que tem agravado enormemente a fome e o desemprego do povo, em
meio a crise estrutural do modo de produção capitalista. O lockdown e o
Isolamento Social, são medidas medievais e anticientíficas, que nada contribuem
para debelar as doenças da população, sejam produto de viroses ou de outras
enfermidades que estão sendo relegadas pelo sistema público de saúde em função
da pandemia.