A ORIGEM DOS LUCROS BILIONÁRIOS DA AMAZON: GIGANTE DO COMÉRCIO DIGITAL IMPÕE QUE FUNCIONÁRIOS URINEM EM GARRAFAS E DEFEQUEM EM SACOS PARA CHEGAR AO LIMITE DOS RITMOS DE PRODUTIVIDADE... TODO APOIO A LUTA DOS TRABALHADORES DA AMAZON PELO MUNDO!
A gigante do comércio eletrônico, Amazon, foi obrigada após várias denúncias a confirmar que vários de funcionários precisam urinar em garrafas de água e defecar em sacos para cumprir as cotas de entrega estabelecidas e alcançar os limites dos ritmos de produtividade na pandemia. Na semana passada, a conta oficial da empresa respondeu aos protestos espalhados pelo mundo, com denúncias de que empresa que teve lucros bilionários na pandemia sabota a ação dos sindicatos e superexplora seus funcionários.
Em uma postagem a Amazon admitiu que isso ocorre entre os motoristas da empresa, mas cinicamente afirmou que a falta de intervalos adequados para o banheiro era comum em todo o setor, ou seja, é uma prática comum das grandes empresas capitalistas que se arvoram como “top” no comércio mundial.
“Apesar de afetar toda a indústria, gostaríamos de resolver. Ainda não sabemos como, mas vamos buscar soluções”, afirmou a empresa no post. A empresa adicionou links e tweets sobre casos semelhantes em outras empresas, incluindo Uber, UPS e DPD, cujos trabalhadores são obrigados a agirem da mesma forma.
A postagem geralmente implica que os trabalhadores da Amazon urinam em garrafas e defecam em sacos apenas quando não há banheiros por perto, o que não é o caso em seus centros de abastecimento, onde o procedimento é utilizado amplamente.
É com base na superexploração que o “CEO”, proprietário e fundador
da empresa, Jeff Bezos, considerado o número 1 na lista das pessoas mais ricas
do mundo, de acordo com a agência Bloomberg, conseguiu aumentar sua fortuna em
24 bilhões de dólares somente nos três primeiros meses deste ano, alcançando
uma fortuna de cerca de 140 bilhões dólares.
Os quase 6.000 trabalhadores de um depósito de distribuição
da Amazon em Bessemer (Alabama) há semanas estão recebendo pressão da empresa
para que desistam de formar um sindicato. Os empregados alegam condições de
trabalho extremas: retirada dos celulares durante os turnos; pausas exíguas
para almoçar e ir ao banheiro e corridas contra o tempo para percorrer uma
distância equivalente a 14 campos de futebol americano desde a entrada do
complexo para bater o ponto a tempo. O atraso pode custar o corte do salário e
uma demissão, denunciam os funcionários.
Essas são as condições draconianas, além de ameaças e até
demissões dos que se atrevem a levantar a cabeça contra o gigante tecnológico,
o segundo maior empregador dos EUA — com 40.000 trabalhadores somente em
depósitos e pontos de entrega — cujos lucros dispararam graças à pandemia. A Amazon emprega mais de 1 milhão de trabalhadores em todo mundo nestas condições subhumanas!
Com os consumidores impossibilitados de sair de casa, o aumento no mercado da demanda domiciliar é tal que a Amazon solicitou a contratação de mais 75.000 funcionários para enfrentar a quantidade de trabalho de armazém e logística do truste imperialista.
Bezos e muitos dos seus colegas bilionários do “Clube de Bilderbeg” viram suas fortunas dobrarem, ajudados pelo impulso financeiro dado aos mercados por esforços sem precedentes de estímulo por parte de governos capitalistas e bancos centrais. Bezos subiu seu capital em mais de 20%, segundo o insuspeito Bloomberg Billionaires Index.
Os bilionários, os chamados barões do grande capital, ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de Coronavírus. Os capitalistas ligados ao rentismo do cassino financeiro, aos grandes laboratórios farmacêuticos, ao setor armamentista e de novas tecnologias de comércio-informação foram os mais beneficiados no período.
Ao mesmo tempo, o
surto fabricado de covid-19 acentua drasticamente as desigualdades sociais e
aumenta a pobreza no mundo capitalista, seja nas metrópoles ou nas
semicolônias, com as empresas como a Amazon superexplorando seus funcionários. Todo apoio a luta dos trabalhadores da Amazon pelo mundo!
