domingo, 20 de março de 2022

11 ANOS DA GUERRA CIVIL NA SÍRIA PATROCINADA PELOS EUA E SEUS ALIADOS NEOCOLONIALISTAS: VIVA A RESISTÊNCIA ANTI-IMPERIALISTA! FORA AS TROPAS IANQUES E DA OTAN DO ORIENTE MÉDIO! PELA DERROTA DOS TERRORISTAS "MADE IN USA"!

Neste mês de março, a guerra civil na Síria completa onze anos de duração. Estima-se que 700 mil pessoas possam ter morrido no conflito patrocinado pelo imperialismo ianque e seus aliados neocolonialistas. A guerra foi responsável pela destruição de boa parte da infraestrutura do país, o que prejudicará seu desenvolvimento nas próximas décadas. Os protestos se iniciaram em março de 2011, na cidade de Deraa, ao sul do país. Eram manifestações contra o presidente Bashar al-Assad, que governa a Síria desde 2000, quando sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, no poder. Logo os agentes “humanitários” do imperialismo viram a oportunidade de fazer na Síria uma nova Líbia, usando a suposta defesa dos “direitos humanos” para legitimar a ação dos mercenários “rebeldes”, da ONU e da OTAN! 

Ao lado da HRW, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) anunciou que “mais de 16.500 pessoas perderam a vida em episódios de violência na Síria desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011”. Toda esta orquestração estava voltada a debilitar o regime sírio no lastro do “efeito do dominó” desencadeado pela suposta “revolução árabe”, tudo ao melhor estilo das manipulações midiáticas desferidas em nome da “democracia” e “contra o autoritarismo”.

Apesar de não depositarmos qualquer confiança no regime da oligarquia Assad denunciamos desde o início que os facínoras paladinos da democracia queriam impor um outro regime político, alinhado com a Casa Branca. Não por coincidência, Obama estimulou inicialmente os “protestos” na Líbia, alinhando-se com a oposição reacionária e depois armou os “rebeldes” que mais tarde serviram de força terrestre auxiliar da OTAN. Depois, o Pentágono fez o mesmo na Síria, com a ajuda da HRW e outras ONGs que estava em sua folha de pagamento. Os meios de propaganda do império e suas ONGs transformaram as manifestações anti-Assad organizada pelos mercenários do ELS e CNS financiados pela CIA, Mossad, a Turquia e a Arábia Saudita em uma “insurreição de massas” contra um “déspota sanguinário”

Nestes 10 anos vimos o arco revisionista (LIT, UIT, CMI de Allan Woods e afins...) vibrarem com “as mobilizações contra a ditadura” na Síria como fizeram na Líbia e antes em Cuba na crise dos balseiros. Ao contrário desses revisionistas do trotskismo, denunciamos que os verdadeiros objetivos da “revolução árabe” eram dominar o Oriente Médio, debilitar ao máximo ou derrubar os regimes que tem fortes fricções com Washington e controlar os povos que lutam contra o imperialismo. Por esta razão, correntes como a LIT que defenderam histericamente o “Fora Assad” fingiram ser contra a intervenção imperialista na Síria, enquanto apoiam de fato, como fizeram na Líbia, os “rebeldes” made in CIA no interior destes países.

Hoje, como ontem, está colocado frente a escalada política e militar do imperialismo combater para que a luta dos povos do Oriente Médio não sirva para o imperialismo debilitar os regimes que têm fricções com a Casa Branca (Irã e Síria), ou mesmo como cínico pretexto para justificar intervenções militares “humanitárias” como a que ocorreu na Líbia. Cabe aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, inclusive em frente única com os governos atacados pelas tropas da OTAN, combater os planos de agressão das potências capitalistas, suas ONGs e a mídia murdochiana sobre as nações semicoloniais da região!

O governo Assad está muito longe de representar historicamente o proletariado sírio, mas sua derrubada pelas mãos da coalizão sionista não poderia significar um passo progressista para a classe operária árabe e os povos oprimidos em todo o planeta. A "balcanização" (divisão da unidade territorial) dos Estados nacionais árabes corresponde a um objetivo sórdido do Imperialismo para espoliar melhor toda a rica região, a barbárie social vivida hoje pelo Iraque e Líbia não tem nada de "progressiva" se compararmos a situação anterior dos regimes burgueses de Sadam e Kadafi.