11 ANOS DA GUERRA CIVIL NA SÍRIA PATROCINADA PELOS EUA E SEUS ALIADOS NEOCOLONIALISTAS: VIVA A RESISTÊNCIA ANTI-IMPERIALISTA! FORA AS TROPAS IANQUES E DA OTAN DO ORIENTE MÉDIO! PELA DERROTA DOS TERRORISTAS "MADE IN USA"!
Neste mês de março, a guerra civil na Síria completa onze anos de duração. Estima-se que 700 mil pessoas possam ter morrido no conflito patrocinado pelo imperialismo ianque e seus aliados neocolonialistas. A guerra foi responsável pela destruição de boa parte da infraestrutura do país, o que prejudicará seu desenvolvimento nas próximas décadas. Os protestos se iniciaram em março de 2011, na cidade de Deraa, ao sul do país. Eram manifestações contra o presidente Bashar al-Assad, que governa a Síria desde 2000, quando sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, no poder. Logo os agentes “humanitários” do imperialismo viram a oportunidade de fazer na Síria uma nova Líbia, usando a suposta defesa dos “direitos humanos” para legitimar a ação dos mercenários “rebeldes”, da ONU e da OTAN!
Ao lado da HRW, o Observatório Sírio de Direitos
Humanos (OSDH) anunciou que “mais de 16.500 pessoas perderam a vida em
episódios de violência na Síria desde o início da revolta contra o regime de
Bashar al-Assad, em março de 2011”. Toda esta orquestração estava voltada a
debilitar o regime sírio no lastro do “efeito do dominó” desencadeado pela
suposta “revolução árabe”, tudo ao melhor estilo das manipulações midiáticas
desferidas em nome da “democracia” e “contra o autoritarismo”.
Apesar de não depositarmos qualquer confiança no regime da
oligarquia Assad denunciamos desde o início que os facínoras paladinos da
democracia queriam impor um outro regime político, alinhado com a Casa Branca.
Não por coincidência, Obama estimulou inicialmente os “protestos” na Líbia,
alinhando-se com a oposição reacionária e depois armou os “rebeldes” que mais
tarde serviram de força terrestre auxiliar da OTAN. Depois, o Pentágono fez o
mesmo na Síria, com a ajuda da HRW e outras ONGs que estava em sua folha de
pagamento. Os meios de propaganda do império e suas ONGs transformaram as
manifestações anti-Assad organizada pelos mercenários do ELS e CNS financiados
pela CIA, Mossad, a Turquia e a Arábia Saudita em uma “insurreição de massas”
contra um “déspota sanguinário”
Nestes 10 anos vimos o arco revisionista (LIT, UIT, CMI de
Allan Woods e afins...) vibrarem com “as mobilizações contra a ditadura” na
Síria como fizeram na Líbia e antes em Cuba na crise dos balseiros. Ao
contrário desses revisionistas do trotskismo, denunciamos que os verdadeiros
objetivos da “revolução árabe” eram dominar o Oriente Médio, debilitar ao
máximo ou derrubar os regimes que tem fortes fricções com Washington e
controlar os povos que lutam contra o imperialismo. Por esta razão, correntes
como a LIT que defenderam histericamente o “Fora Assad” fingiram ser contra a
intervenção imperialista na Síria, enquanto apoiam de fato, como fizeram na
Líbia, os “rebeldes” made in CIA no interior destes países.
Hoje, como ontem, está colocado frente a escalada política e
militar do imperialismo combater para que a luta dos povos do Oriente Médio não
sirva para o imperialismo debilitar os regimes que têm fricções com a Casa
Branca (Irã e Síria), ou mesmo como cínico pretexto para justificar
intervenções militares “humanitárias” como a que ocorreu na Líbia. Cabe aos
marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas
reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, inclusive em frente
única com os governos atacados pelas tropas da OTAN, combater os planos de
agressão das potências capitalistas, suas ONGs e a mídia murdochiana sobre as
nações semicoloniais da região!
O governo Assad está muito longe de representar
historicamente o proletariado sírio, mas sua derrubada pelas mãos da coalizão
sionista não poderia significar um passo progressista para a classe operária
árabe e os povos oprimidos em todo o planeta. A "balcanização"
(divisão da unidade territorial) dos Estados nacionais árabes corresponde a um
objetivo sórdido do Imperialismo para espoliar melhor toda a rica região, a
barbárie social vivida hoje pelo Iraque e Líbia não tem nada de
"progressiva" se compararmos a situação anterior dos regimes
burgueses de Sadam e Kadafi.