VENEZUELA NA ENCRUZILHADA: MADURO COMETERÁ GRAVE EQUÍVOCO SE FIZER CONCESSÕES AO IMPERIALISMO
IANQUE EM TROCA DA VENDA DE PETRÓLEO
Em meio a guerra na Ucrânia e as abusivas sanções contra a Rússia, o cínico Departamento de Estado dos EUA expressou sua disposição de "reconsiderar" algumas sanções contra a Venezuela, mas apenas sob condições específicas. As medidas restritivas "continuam em pleno vigor", mas Washington pode "revisar" algumas políticas de sanções, disse seu porta-voz, Ned Price. Os EUA estariam dispostos a flexibilizar as sanções contra a Venezuela caso se consiga um avanço importante nas negociações do governo com a oposição política do país, segundo afirmou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price. "Reconsideraremos algumas políticas de sanções se, e somente se, as partes fizerem progressos significativos nas negociações lideradas pela Venezuela no México, para alcançar o cumprimento das aspirações do povo venezuelano por uma democracia verdadeira e autêntica", disse o porta-voz em seu briefing desta sexta-feira. Se Maduro fizer essas concessões aos EUA em troca da venda de petróleo estará cometendo um grave equívoco política na luta contra o imperialismo ianque.
Lembremos que há poucos meses o Chavismo cometeu mais um grave desvio político pró-imperialista: Maduro solicitou ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) para desativar minas instaladas pelos grupos armados na fronteira com a Colômbia. Como já alertamos, trata-se de grande equívoco chamar o "lobo para a galinheiro" a pretexto de ajudar a vigiar as galinhas, uma política completamente suicida!
Ao tentar “combater” Iván Duque e seus grupos armados com a “ajuda” da ONU, abre-se um perigosíssimo flanco de “legitimidade” para futuras intervenções militares imperialistas em nosso continente. O mesmo pode ocorrer agora ao aceitar fazer concessões ao imperialismo ianqueSegundo Price, a comissão norte-americana que há poucos dias visitou o presidente Nicolás Maduro em Caracas, embora não tenha abordado a questão das medidas restritivas como tal —que, segundo o porta-voz, "ainda estão em pleno vigor" —, indicou que Washington "revisaria" algumas políticas de sanções. Nessas conversas, como insistiram vários porta-vozes do governo Biden, o objetivo principal era conseguir a libertação de cidadãos norte-americanos presos na Venezuela.
"A segunda prioridade [da delegação dos EUA] foi a
defesa das aspirações democráticas do povo venezuelano, deixando muito claro de
maneira franca e aberta ao regime de Maduro que continuamos apoiando o povo
venezuelano e suas aspirações por um governo. que atendam às suas
necessidades", enfatizou.
Em outro discurso nesta semana, Price descreveu a decisão de
Maduro de reativar o processo de diálogo com os diferentes atores políticos do
país como um "passo importante e positivo". O líder venezuelano falou
de uma nova etapa, com vistas à “reformatação imediata” e à “dinamização” das
negociações.
O justo combate que os Marxistas Leninistas travam na
Venezuela, é por uma ação independente das massas em relação à política de
colaboração de classes do chavismo, convocando para a luta direta contra a
chamada “boliburguesia”, um entrave capitalista para a extensão das conquistas
operárias. Somente a construção de um verdadeiro poder revolucionário, será
capaz de conduzir à vitória da Venezuela.
