terça-feira, 15 de março de 2022

OTAN EXIGE QUE CHINA CONDENE A RÚSSIA: PORTA VOZES DO IMPERIALISMO PRESSIONAM BUROCRACIA RESTAURACIONITA DE PEQUIM PARA QUE “SAIA DE CIMA DO MURO”

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, exigiu que a burocracia restauracionista chinesa "condene claramente" a Rússia. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (15.03) ele afirmou que Pequim "deve se juntar ao resto do mundo" e condenar Moscou. “A China tem a obrigação, como membro do Conselho de Segurança da ONU, de realmente apoiar e defender o direito internacional. A invasão da Ucrânia pela Rússia é uma violação flagrante do direito internacional, por isso pedimos à China que condene claramente a invasão e, claro, não apoie a Rússia”.

A OTAN realizará uma cúpula extraordinária no dia 24 de março em Bruxelas, Bélgica, para discutir a guerra na Ucrânia. O evento contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Stoltenberg destacou que "América do Norte e a Europa devem continuar juntas" no atual "momento crítico". 

A China se “absteve” na votação de ontem do Conselho de Segurança da ONU. A burocracia restauracionista busca um acordo com o imperialismo ianque e acaba por fortalecer o cerco da OTAN contra a Rússia. Sem dúvida trata-se de um golpe contra Putin que havia há poucos dias assinado um acordo estratégico com Xi Jinping anunciando uma parceria “sem limites”, uma suposta aliança defensiva para enfrentar o imperialismo ianque e a OTAN. Ocorre que quando se chegou na hora de votar no CS a China não honrou com sua “palavra”, demonstrando o caráter covarde da burocracia restauracionista.

Por sua vez, porta-voz da Casa Branca declarou que EUA podem reagir caso sanções contra Moscou não forem executadas pelo governo da China. Em videochamada com Macron, Scholz e Boris Johnson, o genocida Biden se comprometeu a aumentar "custos da Rússia".“Os Estados Unidos têm meios para 'tomar medidas' contra a China se Pequim não cumprir as sanções aplicadas à Rússia em meio à crise ucraniana", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. 

É mais uma demonstração de arrogância assassina do decadente império ianque, contra todos os países que considera um “pequeno obstáculo” a ofensiva do capital financeiro. "Eles (os chineses) obviamente se ausentaram da votação do Conselho de Segurança da ONU e fizeram alguns comentários sobre a soberania e integridade territorial da Ucrânia. Não cumprir as sanções que sempre temos, você sabe, claramente temos meios de tomar medidas..." declarou a ventrícula do genocida Biden, Psaki, durante uma coletiva de imprensa.

O presidente dos EUA, o Democrata Joe Biden e seus parceiros imperialistas europeus, como Macron e Olaf Scholz, se comprometem a aumentar os “custos da Rússia” e desejam que a China se some nesta cruzada reacionária.

Desgraçadamente a esquerda reformista e domesticada pelo capital financeiro, vem defendendo a derrota militar do exército russo frente as tropas da OTAN/Zelensky. Estabelecem uma unidade de ação com o imperialismo ianque, em nome de uma suposta apologia da “autodeterminação da Ucrânia”, como se isso fosse possível quando objetivamente o governo neofascista de Kiev é um fantoche da Casa Branca.

Agora os genocidas do Pentágono ameaçam também a China com sanções econômicas. É óbvio que tanto a Rússia como a China não são países socialistas, porém estabelecer um sinal de igual entre o imperialismo ianque e países capitalistas periféricos, por maior potencial militar que estes detém, ainda como uma herança de suas economias socializadas (antigos Estados Operários), representa uma traição histórica a luta revolucionária do proletariado mundial.