quinta-feira, 10 de março de 2022

VASSALAGEM PRÓ-IMPERIALISTA: CELSO AMORIM, O CHANCELER DE LULA, DECLARA “INVASÃO DA UCRÂNIA É INACEITÁVEL E FOI UM ERRO DE PUTIN”

O embaixador Celso Amorim, que integrou os governos do PT como ministro das Relações Exteriores (2003-2011) e ministro da Defesa (2011-2015), afirmou que a invasão da Ucrânia pela Rússia é “inaceitável” e um “erro” de Vladimir Putin. Amorim disse que a esquerda não pode usar as guerras promovidas pelos EUA como justificativa para apoiar a invasão e defendeu a ONU: “Sou contra o uso unilateral pela força. Não posso condenar a invasão dos EUA pelo Iraque e aceitar outra invasão”, disse, complementando que "essa é a ideia básica da ONU, de que a guerra não pode ser a maneira de buscar mudança nas relações internacionais". Amorim afirmou ainda que não se pode citar como precedente ações militares dos EUA, como tem feito parte da esquerda. "Não dá para justificar dizendo que os EUA fizeram 20 vezes. Mas fizeram 20 vezes errado". Lembremos que Lula já havia criticado a ação militar da Rússia na Ucrânia, fazendo justamente o que Biden gostaria nesse típica conduta vassala.

O petista afirmou que Putin precisa saber que o povo não precisa de guerra e que a ONU poderia ter evitado o conflito. A afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, tem que saber que “o povo não precisa de guerra”. Ele também disse que “ninguém sabe” o que Jair Bolsonaro foi fazer em Moscou dias antes da ação militar russa, uma visita duramente atacada pela Casa Branca e a esquerda servil a OTAN. “Ele foi lá (Rússia) e tentou passar para a sociedade que ele foi lá para uma missão. Ou seja, até hoje a gente não sabe o que ele foi fazer lá. Mas, de qualquer forma, essa questão da guerra é uma coisa delicada, é uma coisa complicada, que a gente não pode aceitar isso”, disse, em vídeo publicado em sua conta no Twitter.

Enquanto Bolsonaro prestigiou Putin em um encontro presencial em Moscou, Lula foi a Europa há poucas semanas atrás e não ousou se encontrar com o presidente russo para não desagradar a Casa Branca. Optou por se confraternizar com Macron, Scholz e Pedro Sánchez que estão alinhados com Biden nas provocações imperialistas contra a Rússia. Por outro lado, o candidato petista em nenhum momento condenou a escalada belicista contra a Rússia organizada pela OTAN, pelo contrário, é só elogios quando fala dos representantes do imperialismo ianque e europeu.

Em seguida, ele disse que é importante também “a gente chamar a atenção das Nações Unidas”. “As Nações Unidas precisam levar em conta que ela não tem mais a representatividade que tinha quando ela foi criada, em 1948, é importante ela lembrar que a geografia do mundo mudou, é preciso colocar mais países para participar do Conselho de Segurança, não pode ser apenas cinco países que participaram da Segunda Guerra Mundial”. Lula então pediu mais participação da América Latina e África e que “não seja uma instituição apenas decorativa, seja uma instituição que tome decisões efetivamente”. Para Lula, a ONU “poderia ter tomado decisões para evitar essa guerra”. O Brasil, acrescentou, “precisa contribuir com intervenções duras” e “o Putin precisa saber que o povo não precisa de guerra. O povo precisa de paz, de renda, de educação”.

Há poucas semanas Bolsonaro desembarcou em Moscou. O presidente brasileiro encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin. O encontro bilateral e presencial ocorreu em meio a escalada militar da OTAN contra a Rússia, com a aliança militar imperialista usando a Ucrânia como bucha de canhão, recebendo armas e soldados dos EUA para atacar Moscou.

A ida de Bolsonaro foi criticada duramente por todos os gerentes burgueses alinhados a governança global do capital financeiro, desde Biden até os representantes da UE (Espanha, França, Alemanha). A esquerda brasileira, sob o comando do PT, rechaçou a ida de Bolsonaro a Rússia dizendo que se trata de um “despropósito”", uma “viagem sem sentido”.  A Casa Branca criticou duramente a ida de Bolsonaro a Rússia e seu encontro com Putin em meio a escalada imperialista da OTAN contra Moscou: “O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ter sido pior. Isso mina a diplomacia internacional destinada a evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado ianque. Alguma dúvida de quem será candidato preferencial do imperialismo nas eleições brasileiras? O Blog da LBI responde: Luís Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro, assim como Trump, será rifado da gerência brasileira porque não está empenhado em defender incondicionalmente os ditames da governança global do capital financeiro que vem impondo uma nova ordem mundial do terror sanitário que também não vê com bons olhos a permanência longeva de Putin no Kremlin, apesar de todas as capitulações do presidente russo que acaba de retirar tropas da fronteira com a Ucrânia.

Depois do apoio declarado do imperialismo europeu a sua candidatura, Lula articula um encontro com Biden para receber as bençãos da Casa Branca. Em sua viagem à Europa, objetivo da jornada petista no “velho mundo” foi mostrar ao centro do capital financeiro imperialista que Lula é quem melhor representa os interesses da burguesia imperialista no Brasil. Por sua vez, os gestores capitalistas europeus não disfarçaram sua preferência por Lula, que se diz o guardião tupiniquim da Nova Ordem Mundial do Controle Social e do terror sanitário.

A esquerda domesticada, que se transformou em apêndice do imperialismo foi ao delírio frenético com os elogios dos representantes do imperialismo europeu a Lula, agora só falta o corrupto PCO “carimbar” o passaporte do líder petista direto para um encontro com o genocida Biden na Casa Branca...