sexta-feira, 11 de março de 2022

“NOVA ESQUERDA” BURGUESA ENTRONADA NO CHILE: BORIC TOMA POSSE SOB AS BENÇÃOS DO GRANDE CAPITAL E SEUS REPRESENTATES CIVIS E MILITARES

A posse hoje (11.03) do social-democrata Boric, cantada pela esquerda reformista como a “derrota do fascismo no Chile” (como se o verdadeiro fascismo no país andino não fosse representado pelo regime pinochetista que mantém-se em pé) representa a expressão concreta da nova orientação do imperialismo ianque para a América Latina, ou seja, empossar governos da Centro Esquerda burguesa para controlarem (enterrarem) com mais “consistência” as revoltas populares. Neste roldão falsamente democratizante ingressou Boric no Chile, na Colômbia sairá o neofascista Ivan Duque para dar lugar ao reformista Gustavo Petro, que se juntará aos encurralados Arce na Bolívia e Pedro Castillo no Peru.

Como ocorre na Bolívia, Argentina, Peru e México, estes governos estão sob chantagem direta das forças reacionárias, e seguindo à risca o “cardápio” imposto pela governança global do capital financeiro. Neste sentido são mais úteis aos monopólios financeiros imperialistas do que os recalcitrantes gerentes da extrema direita. 

O Deep State ianque já se livrou inclusive do neofascista Trump, eliminar os periféricos Macri, Pineda, Duque e Bolsonaro é uma tarefa de “jardim de infância” para os “arquitetos” da CIA. É claro que esta operação de reciclagem política na “colônia latina” é realizada sob o manto do sufrágio universal e da suposta “vontade do povo” expressa nas urnas, no caso do Brasil as roubotrônicas mesmo...

Boric afirmou antes de sua posse que "A Rússia optou pela guerra como meio de resolver conflitos", escreveu o representante da "nova esquerda" burguesa. Biden e a OTAN agradecem! Em seu perfil no Twitter disse “Do Chile, condenamos a invasão à Ucrânia, a violação de sua soberania e o uso ilegítimo da força”. Ainda na mesma publicação, ele se solidarizou com o regime fantoche da Ucrânia.

A crise estrutural capitalista se agudiza no mundo inteiro, a pandemia do Coronavírus não passa de uma tentativa de queimar parte do excesso de super produção de mercadorias, otimizando o negócio trilionário das vacinas da Big Pharma, entretanto gera na outra ponta da economia o desemprego, inflação e fome. 

A rebelião popular global está em um crescente desenvolvimento político, para contê-la não basta só a repressão policial e militar, é necessário convocar os coveiros da revolução para gerenciar a crise do Estado capitalista, é aí que entram em cena para o imperialismo os Boric e Lulas da vida...