segunda-feira, 7 de março de 2022

FALSO PACIFISMO DO POR: AO DEFENDER A “RETIRADA IMEDIATA DAS TROPAS RUSSAS DA UCRÂNIA” LORISTAS NEGAM-SE A LUTAR PELA DERROTA MILITAR DA OTAN/EUA E SEU GOVERNO FANTOCHE! 

O Manifesto do Partido Operário Revolucionário (POR) do Brasil, que conforma junto com outras organizações Loristas o chamado “CERQUI”, está sintetizado nas chamadas finais de seu texto escorregadio: “FORA OS ESTADOS UNIDOS DA EUROPA! DESMANTELAMENTO DA OTAN! RETIRADA DAS FORÇAS ARMADAS RUSSAS DA UCRÂNIA! POR UMA UCRÂNIA INDEPENDENTE E SOVIÉTICA!” (25.02). A esse chamado eles agora agregam o “NÃO À GUERRA” em seus panfletos sindicais. Não resta dúvida que esta política do “nem, nem” e o falso pacifismo pequeno-burguês do POR se coloca no campo da falsa neutralidade que favorece a OTAN e EUA, na medida que ação militar de Moscou foi uma resposta a ofensiva de cercar a Rússia por parte do imperialismo ianque e europeu. Desta forma, o POR rompendo mais uma vez com o legado de Lenin e Trotsky que prega se colocar incondicionalmente ao lado da nação oprimida (Rússia) contra a ofensiva militar do imperialista (OTAN), se posta em defesa da falsa neutralidade que favorece as grandes potências capitalistas. A palavra de ordem de “Não à guerra” levantada pelo POR é uma fraude pacifista, enganando o povo de que poderia haver uma solução justa para a guerra sem a luta revolucionária. Nenhum cessar-fogo ou acordo de paz entre ladrões capitalistas abordará as causas da guerra. Qualquer acordo desse tipo será necessariamente dirigido contra os trabalhadores da Rússia e da Ucrânia e preparará o terreno para o próximo conflito sangrento.

O mais tragicômico é que o POR reconhece que a ação de Moscou é uma resposta defensiva diante da ofensiva imperialista... mas mesmo assim se coloca pelo derrotismo, esgrimindo pateticamente uma falsa neutralidade que rompe com os ensinamentos de Lenin e Trotsky de se postar INCONDICIONALMENTE no campo militar da nação oprimida agredida por países imperialistas.

Vamos ler atentamente trechos do manifesto do POR para ver com nossos próprios olhos as contradições dos Loristas. Segundo eles mesmos "O ultimato de Putin ao governo da Ucrânia de interromper as tratativas de incorporar-se na União Europeia e OTAN se deveu ao cerco dos EUA e da OTAN à Rússia, que, desde a derrocada da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991, vêm passo a passo instalando bases militares no Leste Europeu e Báltico, voltadas contra o seu rival econômico e militar na Europa Oriental. É nesse marco que se chegou à intervenção e guerra na Ucrânia. Está claríssimo que a posição militar do governo e da oligarquia russos é defensiva diante do cerco imperialista, mas ofensiva diante da Ucrânia espremida entre os interesses da burguesia imperialista e os da oligarquia restauracionista. É fundamental distinguir o lugar dos EUA e o da Rússia nesse choque de forças. Igualá-los significa ocultar o lugar que cada um passou a ter no âmbito do capitalismo mundial em desintegração, depois da liquidação da URSS". Essas palavras colocam em xeque a própria posição neutralista do POR!

Não esqueçamos que a corrente Lorista apoiou o golpe de estado na Bolívia contra Evo (MAS) em 2019 se posicionando vergonhosamente ao lado da direita e do imperialismo, agora faz o mesmo na Ucrânia.