A MAIOR GREVE GERAL PLANETÁRIA: PROLETARIADO INDIANO ENTRA
NO SEGUNDO DIA DA VITORIOSA PARALISAÇÃO NACIONAL
A poderosa greve geral convocada pela plataforma das Centrais Sindicais e das Federações e Associações Setoriais da Índia que compõem 10 sindicatos, teve destaque especial como apoio massivo dos trabalhadores nas províncias de Kerala, Tripura, Tamil Nadu, Haryana, Bengala Ocidental e Assam. É a maior greve geral planetária deste século e sequer teve a cobertura da imprensa e nem mesmo o apoio da esquerda reformista internacional, focada única e exclusivamente na disputa institucional das entranhas do Estado burguês. A Paralisação de 48 horas do proletariado hindu (28/29/03), foi uma estrondosa vitória, não só para os trabalhadores indianos, mas também para o conjunto do proletariado mundial.
As zonas industriais na maioria dos estados provinciais permaneceram fechadas e a greve também foi efetiva em todas as principais zonas industriais de Nova Délhi, declarou AR Sindhu, secretário nacional do Centro de Sindicatos Indianos (CITU), em um comunicado à imprensa. A CITU, afirmou em comunicado que a histórica convocação de greve foi feita não apenas por causa das demandas imediatas dos trabalhadores, mas também contra as políticas anti-nacionais destrutivas do governo da extrema direita de Narendra Modi.
A greve teve forte apoio de massas nos principais centros industriais nos estados indianos de Maharashtra, Tamil Nadu, Bengala Ocidental, Delhi, Telangana, Karnataka e Haryana, acrescentou Sen. Milhares de trabalhadores participaram de bloqueios rodoviários e ferroviários em muitos lugares, enquanto muitas fábricas, lojas, escritórios e estabelecimentos comerciais apresentavam uma aparência de deserto.
Milhões de trabalhadores do setor não organizado(informal e precarizados)incluindo os da construção e transporte privado, participaram das manifestações. Entre as reivindicações dos trabalhadores e camponeses está o pedido de eliminação dos quatro códigos trabalhistas, que diluem a fixação dos salários, aumentam a jornada de trabalho e facilitam a demissão.
Os trabalhadores exigem que o governo Modi acate as demandas da coalizão sindical agrária. O movimento grevista também instou o executivo a abandonar a privatização de empresas públicas e o arrendamento de ativos físicos como ferrovias, sistemas de transmissão de energia e infraestrutura de telecomunicações, o que causa perda de empregos. Os grevistas também exigem que o governo aumente o investimento público em agricultura, educação, saúde e outros serviços públicos cruciais, além de aumentar a pensão mínima para os trabalhadores entre outras demandas.
Os Marxistas Leninistas desde as modestas forças da LBI no Brasil, convocam todo o movimento operário e popular a prestar a mais ampla solidariedade política ativa com esta histórica luta do proletariado hindu, ressaltando a importância da vitória deste gigante asiático contra os planos do imperialismo e seu governo lacaio de extrema direita.