LUCIANA GENRO (MES) E A ESQUERDA OTANISTA ELOGIA A DEFESA DO
“DERROTISMO” NA GUERRA DA UCRÂNIA: “O PCB VAI QUASE LÁ”
Luciana Genro e seu MES são conhecidos por serem vanguarda das posições pró-imperialistas no interior da esquerda Otanista composta por PSTU, MRT, CST e afins. Defendeu a operação montada pelo Departamento de Estado ianque no Brasil, aplaudindo a Lava Jato comandada por Moro que levou a prisão arbitrária de Lula. Agora levou uma comitiva de representantes da Ucrânia para uma audiência com o governador tucano gaúcho Eduardo Leite para prestar “solidariedade” ao governo fantoche da OTAN. O MES defende “Contra a agressão imperialista de Putin! Fora tropas russas da Ucrânia! Em defesa da paz e da libertação dos pacifistas russos!”. Por ter essa posição parabeniza os “derrotistas” que se postam na falsa neutralidade entre a OTAN e as tropas russas, como é o caso do PCB.
Não por acaso, o MES afirma: “O Partido Comunista Brasileiro divulgou em 25 de fevereiro uma “declaração política sobre a guerra na Ucrânia”. A consigna ‘Pelo fim da Otan e da guerra – pela paz e o socialismo na Ucrânia, na Rússia e em todo o mundo!” abre o texto. Muito bom... O lampejo de consciência quando escrevem que ‘A Rússia é, hoje, um país capitalista, cujo governo atual tem pretensões expansionistas e exerce forte repressão interna aos movimentos dos trabalhadores’... O PCB vai quase lá. Quase lá apoiando Putin e quase lá exigindo o fim da guerra!”Ainda segundo o MES “Acontece que o diabo mora mesmo é nos
detalhes. O editor do site do PCB tinha que escolher uma imagem para ilustrar a
declaração política. Trata-se de uma guerra iniciada pela agressão da Rússia a
um país soberano. Podia ser uma imagem do Putin. Poderia ser um mapa da
Ucrânia. Poderia ser até uma imagem da conferência de Zimmerwald, referência
para os comunistas ao tratarem o tema da guerra. Poderiam ser tantas imagens,
mas o inspirado editor optou por uma imagem do fascista Batalhão Azov, da
Ucrânia. Uma concessão ao discurso do Putin de que a invasão russa se justifica
para ‘exterminar os fascistas’? Quase isso. Quase lá.”
A declaração da Comissão Política Nacional do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) sobre a crise militar na Ucrânia afirma “Os interesses das burguesias estadunidense e russa são evidentes nessa luta pela partilha do mundo capitalista e a guerra não interessa aos trabalhadores.” (25.02). Apesar do PCB dizer que no título da declaração “Pelo fim da OTAN e da guerra – pela paz e o socialismo na Ucrânia, na Rússia e em todo o mundo!” o texto claramente não se coloca no campo militar da Rússia contra a OTAN, ao contrário, defende a falsa “neutralidade” na guerra que Moscou leva adiante contra a aliança imperialista comandada pelos EUA.
Ainda segundo a declaração do PCB “A Rússia é, hoje, um país
capitalista, cujo governo atual tem pretensões expansionistas e exerce forte
repressão interna aos movimentos dos trabalhadores” dando claro sinal que
caracteriza a Rússia como uma potência imperialista. Somente os ignorantes na
teoria Marxista Leninista (como a direção nacional do PCB) caracterizam a
Rússia restaurada como um país imperialista, para justificar sua falsa
neutralidade diante das agressões da OTAN contra povos e regimes de países
semicoloniais. Nesse sentido, o PCB pela sua neutralidade na guerra
vergonhosamente virou apêndice social-democrata do PSOL.
O contemporâneo expansionismo geopolítico e militar russo nada tem a ver com a rigorosa definição Leninista de imperialismo, como sendo a “exportação do capital financeiro por meio da força”, ao contrário é reflexo direto da reação nacionalista da “jovem” burguesia russa, oprimida pelo capital imperialista.