ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS COLÔMBIA: PRÉVIAS DÃO VITÓRIA AO
EX-GUERRILEIRO PETRO, CANDIDATO DA ESQUERDA DOMESTICADA. RESULTADO VAI NA LINHA
DA CASA BRANCA EM APOIAR CANDIDATOS APOLOGISTAS DA COLABORAÇÃO DE CLASSES
O senador e ex-guerrilheiro do M-19, Gustavo Petro, da coligação “Pacto Histórico”, obteve neste domingo (13/03) a indicação como principal candidato da esquerda à Presidência da Colômbia, em uma vitória nas eleições primárias nacionais. Com uma votação folgada, que consolidou Petro como o favorito para vencer pela primeira vez as forças da direita e do centro nas eleições presidenciais que ocorrerão no próximo 29 de maio.
Como era esperado, o candidato da esquerda reformista, um
velhote pelego de 61 anos, foi o grande vencedor nas primárias ou consultas
partidárias(prévias oficiais), celebradas simultaneamente às eleições
legislativas para renovar as duas Câmaras do Congresso de quase 300 assentos.
Petro, que em 2018 perdeu o segundo turno para o atual presidente, o
neofascista Iván Duque, emerge como o “fenômeno” eleitoral mais confiável para
Nova Ordem Mundial do capital financeiro.
Petro promete liderar um governo de “reformas” com ênfase no
“cuidado com o meio ambiente”, a chamada farsa do “capitalismo verde”. Sua
proposta econômica neoliberal pretende deixar progressivamente a dependência do
petróleo e do carvão e impulsionar a produção de alimentos através do
agronegócio(comodities para a exportação), além de reforçar o “conhecimento
virtual”, ou seja a burla do “ensino a distância”.
O Centro Democrático, partido da extrema direita no controle
do governo central, e também o mais votado para o Senado em 2018, pode ser
punido nas urnas pelo fraco desempenho do assassino Duque, cuja impopularidade
gira em torno de 70%.
A Casa Branca não disfarça sua simpatia política pelo
reformista Petro, seguindo a atual linha programática da governança global do
capital financeiro, no sentido de “empoderar” internacionalmente a esquerda
domesticada para a gerência da grave crise capitalista, que já se faz presente
e ameaça se intensificar ao ponto da eclosão de uma nova Guerra Mundial.