segunda-feira, 14 de março de 2022

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS COLÔMBIA: PRÉVIAS DÃO VITÓRIA AO EX-GUERRILEIRO PETRO, CANDIDATO DA ESQUERDA DOMESTICADA. RESULTADO VAI NA LINHA DA CASA BRANCA EM APOIAR CANDIDATOS APOLOGISTAS DA COLABORAÇÃO DE CLASSES

O senador e ex-guerrilheiro do M-19, Gustavo Petro, da coligação “Pacto Histórico”, obteve neste domingo (13/03) a indicação como principal candidato da esquerda à Presidência da Colômbia, em uma vitória nas eleições primárias nacionais. Com uma votação folgada, que consolidou Petro como o favorito para vencer pela primeira vez as forças da direita e do centro nas eleições presidenciais que ocorrerão no próximo 29 de maio.

Como era esperado, o candidato da esquerda reformista, um velhote pelego de 61 anos, foi o grande vencedor nas primárias ou consultas partidárias(prévias oficiais), celebradas simultaneamente às eleições legislativas para renovar as duas Câmaras do Congresso de quase 300 assentos. Petro, que em 2018 perdeu o segundo turno para o atual presidente, o neofascista Iván Duque, emerge como o “fenômeno” eleitoral mais confiável para Nova Ordem Mundial do capital financeiro.

Petro promete liderar um governo de “reformas” com ênfase no “cuidado com o meio ambiente”, a chamada farsa do “capitalismo verde”. Sua proposta econômica neoliberal pretende deixar progressivamente a dependência do petróleo e do carvão e impulsionar a produção de alimentos através do agronegócio(comodities para a exportação), além de reforçar o “conhecimento virtual”, ou seja a burla do “ensino a distância”.

O Centro Democrático, partido da extrema direita no controle do governo central, e também o mais votado para o Senado em 2018, pode ser punido nas urnas pelo fraco desempenho do assassino Duque, cuja impopularidade gira em torno de 70%.

A Casa Branca não disfarça sua simpatia política pelo reformista Petro, seguindo a atual linha programática da governança global do capital financeiro, no sentido de “empoderar” internacionalmente a esquerda domesticada para a gerência da grave crise capitalista, que já se faz presente e ameaça se intensificar ao ponto da eclosão de uma nova Guerra Mundial.