PASTOR MILTON CAI DO MEC: ENTRETANTO O ROTEIRO DO “CULTO” AO
ENSINO PRIVADO CONTINUA O MESMO NO GOVERNO CAPITALISTA, SEJA DA EXTREMA DIREITA
OU DA ESQUERDA BURGUESA…
Na tarde desta segunda-feira (28/03), o pastor Milton Ribeiro foi exonerado do Ministério da Educação (MEC) após uma reunião com o neofascista Bolsonaro no Palácio do Planalto. De acordo com o próprio Diário Oficial da União, a demissão foi “a pedido” e assinada pelo presidente. Na carta de demissão entregue ao gerente inquilino do Planalto, o pastor disse que o afastamento foi um senso de “responsabilidade política e patriotismo”. Ribeiro deixa o comando da pasta após tornar-se público um esquema de corrupção no Ministério da Educação, entretanto o fulcro da questão do ensino no Brasil passou bem ao largo, seja nos noticiários “oposicionistas” da famiglia Marinho ou na demagogia eleitoral da esquerda burguesa: Expropriar todas as empresas de educação privada do país!
Para o lugar do pastor no MEC, está sendo cotado um nome ligado ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), que já controla o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ou ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Ou seja, Bolsonaro trocará “seis por meia dúzia”, sai a igreja evangélica e entra o Centrão, mas fica o ensino privado gerando bilhões de Reais para os capitalistas nacionais e estrangeiros.
Milton Ribeiro assumiu a pasta em julho de 2020 e abre espaço para o quinto ministro da Educação em menos de quatro anos de governo Bolsonaro. Fato que revela toda a fragilidade da gerência neofascista, sustentada pela inércia da esquerda reformista, que mantém um “morto vivo” sem poder algum no Planalto, enquanto se locupleta das generosas verbas estatais para seus governos e prefeituras, que ao contrário do povo brasileiro, vivem “entupidas” de dinheiro em todo o período da pandemia. “A chuva de dinheiro” para os estados e municípios é produto direto do descomunal aumento da dívida pública, ampliada ao extremo pelos rentistas para o país, sob a justificativa fraudulenta da “emergência do coronavírus”.