domingo, 13 de fevereiro de 2022

MESMO COM A HISTERIA MIDIÁTICA E AS PROVOCAÇÕES DE BIDEN, EUA DECIDIU RETIRAR SUAS TROPAS DA UCRÂNIA, POR QUE?

O Pentágono acabou de anunciar que as tropas norte-americanas na Ucrânia seriam "redeslocadas" para outros lugares da Europa. No dia anterior, Washington havia garantido que uma invasão russa da Ucrânia poderia ocorrer a qualquer momento. O anúncio dos EUA ocorre em um contexto de pesadas negociações diplomáticas, onde as provocações do Democrata que arma os nazistas ucranianos para “carimbar” a Rússia como invasora, são a principal arma do imperialismo ianque.

160 soldados norte-americanos da força de “elite” que estavam treinando o exército ucraniano serão "realocados em outros lugares da Europa", anunciou ontem (12/02) o porta-voz do Pentágono, John Kirby. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, acrescentou em comunicado que a decisão foi tomada "com muita cautela, com a segurança das tropas em mente". Também está suspenso temporariamente o deslocamento de 8.000 marines para a região do conflito.

"O reposicionamento não representa uma mudança em nosso compromisso de apoiar as forças ucranianas, mas fornecerá alguma flexibilidade para tranquilizar nossos aliados e evitar agressões", declarou Kirby. Como lembrete, os reservistas da Guarda Nacional dos EUA estão em rotação desde 2015(portanto após a “revolução colorida”)para treinar e educar os militares ucranianos, ao lado de soldados de outros países da OTAN, incluindo Canadá e Alemanha.

As linhas vermelhas estão ficando cada vez mais “caras” para Moscou. O anúncio dos EUA da retirada de suas tropas confirma que os Estados Unidos estão comprometidos com uma estratégia destinada a reforçar o "flanco oriental" da Otan sem enviar tropas terrestres na Ucrânia. Um confronto direto na arena militar, entre a OTAN e a Rússia, poderia levar a uma desmoralização dos EUA (em função da superioridade armamentista de Moscou), o que forçaria inevitavelmente o imperialismo a recorrer para uma saída de guerra nuclear, com um final imprevisível.

Em 7 de dezembro, durante o encontro entre Biden e Putin, o presidente dos EUA informou que, no caso de uma invasão russa da Ucrânia, os Estados Unidos enviariam tropas para os países vizinhos da Otan, mas não para a própria Ucrânia, evitando um confronto direto. Os Estados Unidos também estão retirando a maioria dos funcionários diplomáticos dos EUA da Ucrânia. Nas primeiras horas da manhã, a embaixada dos EUA em Kiev ordenou a retirada de seu pessoal não essencial. Vários países europeus também recomendaram aos seus cidadãos que deixem a Ucrânia.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o caminho diplomático permanece "aberto" para evitar um conflito, mas que exigiria uma "redução da escalada" por Moscou, durante uma ligação ontem com seu colega russo, Sergei Lavrov. Moscou também ofereceu garantias mútuas de segurança a Washington, mas sua proposta principal (parar a expansão da OTAN) não recebeu uma resposta favorável.

Embora a disparatada acusação de uma iminente invasão russa seja de longa data, os Estados Unidos garantiram recentemente que ela poderá ocorrer nos próximos dias. Mas o próprio governo ucraniano recusou essa perspectiva. Ontem, o presidente ucraniano, embora reconhecendo os "riscos" de tal cenário, disse que os alertas dos EUA estavam "causando pânico e não ajudando" a Ucrânia. Zelensky também declarou que havia "muitas" previsões de uma "guerra profunda e total da Rússia".

A Rússia também anunciou sua intenção de reduzir sua presença diplomática na Ucrânia. Em um comunicado publicado ontem, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia explicou: “Diante de possíveis provocações do regime de Kiev ou de países terceiros, tomamos a decisão de otimizar o número de missões russas na Ucrânia. "Queremos sublinhar que a nossa embaixada e consulados continuam a cumprir a sua missão", refere o comunicado de Moscou.