terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

CHINA EXIGE QUE EUA PARE DE ARMAR TAIWAN: UM VERDADEIRO PROTETORADO IANQUE NO PACÍFICO 

O governo chinês exigiu hoje que os Estados Unidos cessem imediatamente o fornecimento de armas para Taiwan, uma vez que, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, isso viola o princípio diplomático de "Uma China". A posição surge após o anúncio dos EUA de um plano de venda de armas no valor de 100 milhões de dólares para Taiwan, tornado-a um verdadeiro protetorado ianque no Pacífico. O gerente Democrata, Joe Biden, parece estar a caminho de transformar a "ilha asiática" em uma espécie de protetorado de fato dos Estados Unidos.

Diante da aprovação pelos Estados Unidos de um plano de venda de armas no valor de 100 milhões de dólares a Taiwan, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que essas vendas "violam gravemente o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos sino-americanos". Esta é a segunda venda de armas para Taiwan desde que Joe Biden assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos. 

O Ministério de Relações Exteriores do governo chinês, pediu que os Estados Unidos se abstenham da prática errada e perigosa de interferir nas questões do país asiático e não incentivem os “separatistas de Taiwan”, depois que o Departamento de Estado norte-americano fez nova provocação na quarta-feira alegando suposta “coerção” da China no Estreito de Taiwan. 

Biden parece estar a caminho de “dobrar a aposta” trumpista. A Primeira Orientação Estratégica de Segurança Nacional Provisória da nova gerência Democrata afirma claramente que os Estados Unidos apóiam Taiwan como "uma democracia avançada e um parceiro econômico e de segurança fundamental".

Por um lado, os navios de guerra dos EUA continuam a transitar pelo Estreito. A isso se acrescenta a assinatura de um acordo de patrulhamento marítimo entre Taiwan e os Estados Unidos, questão altamente sensível, conforme reconheceu o vice-ministro da Defesa de Taiwan, Chang Che-ping.  Provavelmente não será o último.

A liderança segue no sentido de amarrar um pouco mais os laços de defesa, embora por enquanto os EUA não ofereçam garantias férreas, mas apenas um compromisso de ajudar na capacidade de autodefesa.

Sem a fanfarra de seu antecessor, o Secretário de Estado Blinken reiterou seu apoio à participação de Taiwan em organizações internacionais. Quando o governo da Guiana anunciou o cancelamento do acordo para estabelecer um Escritório de Taiwan em seu território, Washington reagiu esclarecendo que seu apoio a Taipei é "sólido como uma rocha" e encorajou Guiana e Taiwan a continuarem firmando sua parceria bilateral. Por outro lado, diante da crise com o Paraguai pelo fornecimento de vacinas, em meio a indícios de uma reaproximação com Pequim, Blinken conversou com o presidente Mario Abdo Benítez e pediu a Assunção que continue cooperando com Taiwan.

Enquanto a campanha de proteção no campo da segurança e da diplomacia ganha consistência com intensidade peculiar, aumentam as vozes nos Estados Unidos a favor da normalização plena dos laços, incluindo não só a assinatura de um TLC bilateral, mas até o reconhecimento diplomático. Essa dinâmica reforça a polarização e o confronto, que são do interesse de Taiwan e do imperialismo ianque, mas de pouco benefício para o proletariado chinês, na concretização da desejada reunificação nacional, sob bases socialistas, que não são as atuais da China e tampouco do capitalismo ocidental.