terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

LULA SE ENCONTRA COM RENAN: PT COSTURA ALIANÇA COM AS RAPOSAS OLIGÁRQUICAS CORRUPTAS DO MDB

Na noite desta segunda-feira (31), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma foto ao lado do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e de seu filho, o governador de Alagoas, Renan Filho. De acordo com ele, a conversa aconteceu em São Paulo. O corrputo chefe do clã oligárquico em Alagoas declarou: “Estou disposto a colaborar com Lula] e acho que, consequentemente, se não houver mudança nas pesquisas, é importante que o MDB, que é o maior partido, que mais elegeu prefeitos na última eleição, discuta o que deve fazer”, disse Calheiros. “Para além da pré-candidatura da senadora Simone, que é uma senadora competente e tem cumprido um bom papel no Senado Federal, acho que, se não tiver um candidato competitivo, é melhor antecipar a aliança com Lula".

 Lembremos que Lula (PT) e Sarney (MDB) se reuniram ontem em Brasília no ano passado. O encontro aconteceu uma semana após Bolsonaro visitar a velha raposa oligárquica burguesa, que foi presidente entre 1985 e 1989 em um mandato de ataques sistemáticos aos trabalhadores na chamada “Nova República”, a transição acordada pelo grande capital entre a ditadura militar e o regime da democracia dos ricos.

Lula em sua “peregrinação burguesa” fez uma série de encontros políticos com representantes dos capitalistas para a criação de uma frente aliança para 2022, buscando fechar apoios nos estados. Ele se reuniu com o senador Jáder Barbalho (MDB-PA) além de manter contato com o também senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os dois emedebistas são pais dos governadores Helder Barbalho e Renan Filho, respectivamente.

Lula propõe que os capitalistas deixem de apoiar o governo neoliberal de Bolsonaro e apresenta seu nome para ser novamente o gerente do comitê de negócios da burguesia em 2022 ancorado em uma frente ampla que vai do PCO, PSOL, passando pelo PT, PCdoB, PSB, Rede até o MDB, PSD e Cidadania...

Não por acaso, o petista fala de “unir todos os brasileiros para vivermos em harmonia” e apresenta o “voto” como o instrumento político para celebrar o pacto social. Esta é a síntese da ditadura do capital travestida em democracia, uma formulação que os reformistas não se cansam de repetir!

O chamado à “reconstrução nacional” passaria necessariamente por um governo de centro-esquerda burguesa como as gestões passadas da Frente Popular. Essa utopia do “Brasil de todos, para todos” não passa de demagogia pré-eleitoral para demonstrar que o PT se compromete a respeitar o calendário eleitoral e se manter como guardião da democracia burguesa.

O petista fala que o alicerce desse contrato social é o Estado de direito burguês, ou seja, a manutenção das instituições da república capitalista que se assenta sobre a miséria e a exploração dos trabalhadores. Não por acaso, Lula encobre que os interesses sociais imediatos e históricos entre o proletariado e capitalistas são irreconciliáveis como nos explicou Marx, uma tese revolucionária que a esquerda reformista e até grupos que se dizem trotskistas satélites do PT tentam esconder com todo o malabarismo político, lançado em nome da necessidade de “derrotar a direita” nas urnas.

A tática assumida pela esquerda reformista no país, de impulsionar a formação de uma Frente Ampla de oposição ao presidente neofascista, nada mais é do que a continuidade da política de colaboração de classes da Frente Popular, desta vez defendendo o mesmo programa do imperialismo, redigido pelo Fórum Econômico Mundial. A plataforma política da Frente Ampla tem os mesmos pontos redigidos em Davos (Suíça): vacinas em massa, isolamento social e a promoção estatal do Grande Reset, sob a sórdida justificativa do “Controle Sanitário”. Com este programa na mão, Lula conseguiu atrair novamente a simpatia da burguesia nacional, que hoje debate como utilizará o líder petista para defenestrar Bolsonaro.