LULA SE ENCONTRA COM RENAN: PT COSTURA ALIANÇA COM AS RAPOSAS OLIGÁRQUICAS CORRUPTAS DO MDB
Na noite desta segunda-feira (31), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma foto ao lado do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e de seu filho, o governador de Alagoas, Renan Filho. De acordo com ele, a conversa aconteceu em São Paulo. O corrputo chefe do clã oligárquico em Alagoas declarou: “Estou disposto a colaborar com Lula] e acho que, consequentemente, se não houver mudança nas pesquisas, é importante que o MDB, que é o maior partido, que mais elegeu prefeitos na última eleição, discuta o que deve fazer”, disse Calheiros. “Para além da pré-candidatura da senadora Simone, que é uma senadora competente e tem cumprido um bom papel no Senado Federal, acho que, se não tiver um candidato competitivo, é melhor antecipar a aliança com Lula".
Lembremos que Lula (PT) e Sarney (MDB)
se reuniram ontem em Brasília no ano passado. O encontro aconteceu uma semana
após Bolsonaro visitar a velha raposa oligárquica burguesa, que foi presidente
entre 1985 e 1989 em um mandato de ataques sistemáticos aos trabalhadores na
chamada “Nova República”, a transição acordada pelo grande capital entre a
ditadura militar e o regime da democracia dos ricos.
Lula em sua “peregrinação burguesa” fez uma série de encontros políticos com representantes dos capitalistas para a criação de uma frente aliança para 2022, buscando fechar apoios nos estados. Ele se reuniu com o senador Jáder Barbalho (MDB-PA) além de manter contato com o também senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os dois emedebistas são pais dos governadores Helder Barbalho e Renan Filho, respectivamente.
Lula propõe que os capitalistas deixem de apoiar o governo
neoliberal de Bolsonaro e apresenta seu nome para ser novamente o gerente do
comitê de negócios da burguesia em 2022 ancorado em uma frente ampla que vai do
PCO, PSOL, passando pelo PT, PCdoB, PSB, Rede até o MDB, PSD e Cidadania...
Não por acaso, o petista fala de “unir todos os brasileiros
para vivermos em harmonia” e apresenta o “voto” como o instrumento político
para celebrar o pacto social. Esta é a síntese da ditadura do capital
travestida em democracia, uma formulação que os reformistas não se cansam de
repetir!
O chamado à “reconstrução nacional” passaria necessariamente
por um governo de centro-esquerda burguesa como as gestões passadas da Frente
Popular. Essa utopia do “Brasil de todos, para todos” não passa de demagogia
pré-eleitoral para demonstrar que o PT se compromete a respeitar o calendário
eleitoral e se manter como guardião da democracia burguesa.
O petista fala que o alicerce desse contrato social é o
Estado de direito burguês, ou seja, a manutenção das instituições da república
capitalista que se assenta sobre a miséria e a exploração dos trabalhadores.
Não por acaso, Lula encobre que os interesses sociais imediatos e históricos
entre o proletariado e capitalistas são irreconciliáveis como nos explicou
Marx, uma tese revolucionária que a esquerda reformista e até grupos que se
dizem trotskistas satélites do PT tentam esconder com todo o malabarismo
político, lançado em nome da necessidade de “derrotar a direita” nas urnas.
A tática assumida pela esquerda reformista no país, de impulsionar a formação de uma Frente Ampla de oposição ao presidente neofascista, nada mais é do que a continuidade da política de colaboração de classes da Frente Popular, desta vez defendendo o mesmo programa do imperialismo, redigido pelo Fórum Econômico Mundial. A plataforma política da Frente Ampla tem os mesmos pontos redigidos em Davos (Suíça): vacinas em massa, isolamento social e a promoção estatal do Grande Reset, sob a sórdida justificativa do “Controle Sanitário”. Com este programa na mão, Lula conseguiu atrair novamente a simpatia da burguesia nacional, que hoje debate como utilizará o líder petista para defenestrar Bolsonaro.