quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

UNIDADE ANTI-IMPERIALISTA: MADURO DECLARA APOIO INTEGRAL A RÚSSIA CONTRA OTAN E EUA

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou "todo o seu apoio" ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, depois de Moscou ter reconhecido a independência das repúblicas de Donetsk e Lugansk. "A Venezuela anuncia todo o seu apoio ao presidente Vladimir Putin na defesa da paz na Rússia, na defesa da paz naquela região, na corajosa defesa de seu povo e de sua pátria. Todo o apoio ao presidente Putin. Todo o apoio à Rússia", acrescentou. Os Marxistas Revolucionários da LBI saúdam como progressiva a unidade militar entre a Rússia e a Venezuela contra o imperialismo ianque e seus governos lacaios. No curso desse combate não nos furtaremos em apoiar todas as iniciativas no campo do nacionalismo burguês que se choquem objetivamente com o imperialismo ianque, para nessa trincheira de luta forjar na vanguarda um autêntico Partido Operário Revolucionário!

"Temos estado atentos aos acontecimentos na Rússia, na Ucrânia, observando, não apenas agora, observando a evolução do processo onde o império norte-americano e a OTAN pretendem por meios militares acabar com a Rússia , parar a Rússia e acabar com este mundo multipolar que já é uma realidade", disse o presidente venezuelano por meio do canal estatal Venezolana de Televisión.

"Os velhos colonialismos da Europa e dos Estados Unidos atacam a Rússia, atacam a China, atacam o Irã, ameaçam a Turquia, ameaçam a América Latina, atacam Cuba, Nicarágua, Bolívia, Venezuela, os antigos colonialismos, os antigos complexos de superioridade da Europa e os antigos complexos de colonialismo voraz representados pela OTAN e o neocolonialismo do império dos EUA", disse Maduro.

Maduro insistiu que os Estados Unidos "desde o surgimento da liderança do presidente Vladimir Putin vem preparando uma política estratégica para cercar, ameaçar e acabar com a Rússia militarmente ", e afirmou que "a Venezuela anuncia todo o seu apoio na defesa da Rússia".

"Putin conseguiu se recuperar em uma década, em 2010 a Rússia dava sinais de força econômica, financeira, energética, militar, em uma década ele alcançou um recorde em posicionar a Rússia como uma nova potência para a paz, como uma nova potência na multipolar mundo, multicêntrico ", comentou. Maduro também disse que foi então que a Otan começou a descumprir os acordos previamente estabelecidos sobre a não expansão de suas forças militares "em situação ofensiva" para o Leste Europeu.

Comentando a crise em torno da Ucrânia, Maduro observou que Donetsk e Lugansk foram inicialmente forçados a se declararem repúblicas populares devido à perseguição de russos e minorias em território ucraniano.

"O território de Lugansk e o território de Donetsk assumiram as funções das Repúblicas Populares para se defender de um massacre que os setores fascistas, que haviam tomado o poder na Ucrânia, começaram a realizar. Caçar homens, caçar mulheres, agredir famílias, bombardear com armas pesadas", especificou o presidente venezuelano.

Maduro reiterou que durante "todas as etapas" deste "conflito extremamente duro" na região "sempre esteve presente a proposta diplomática e dialogante do presidente Putin", da qual surgiu a assinatura dos acordos de Minsk, que foram estabelecidos para garantir a paz. No entanto, estes foram " despedaçados pela elite neofascista que governa a Ucrânia ".

Maduro afirmou que Moscou denunciou repetidamente ao Conselho de Segurança da ONU que a Rússia "pretende cercá-lo, apontar todas as armas da OTAN para a Rússia para que em algum momento surjam as condições para atacar e destruir a Rússia". E o que o mundo quer? Que o presidente Putin fica de braços cruzados, não age em defesa de seu povo? ", perguntou o presidente venezuelano, enfatizando seu apoio ao Kremlin e ao povo russo.