TROTSKY E A CONCEPÇÃO MARXISTA DOS SINDICATOS: A PLATAFORMA REVOLUCIONÁRIA
CONTRA A BUROCRATIZAÇÃO E POR UM PROGRAMA CLASSISTA NOS ORGANISMOS DE LUTA DOS
TRABALHADORES
O livro “A Concepção Marxista dos Sindicatos” é uma coletânea de textos que abordam a importância do trabalho dos marxistas no sindicato de massas e por sua vez os limites que se encontrava nas organizações sindicais e suas contradições internas. Aponta que os sindicatos, “por seus objetivos, sua composição e o caráter de seu recrutamento, não podiam ter um programa revolucionário acabado; por isso não é possível substituir o partido”, e que mesmo os mais massivo “não abarcam mais de 20 a 25% da classe trabalhadora e por sua vez, são das camadas mais qualificadas e melhor remuneradas”.
Trotsky argumentou a necessidade de desenvolver no auge da
luta de massas organizações como "comissões de greve, comitês de fábrica
e, finalmente, sovietes” (conselhos). Por último, apontava que por ser
organizações de “camadas superiores do proletariado”, os sindicatos, em
especial suas burocracias, desenvolviam tendências conciliadoras com o Estado
burguês, inclusive chegando a ser ministros, como os anarquistas na guerra
civil espanhola.
Esses limites e contradições dos sindicatos colocavam a
necessidade de desenvolver comitês de fábricas e conselhos que agrupavam o
conjunto dos explorados e por sua vez uma luta contra as direções burocráticas
num processo crescente de integração ao estado, como expõe no livro.