PSTU DESTILA STALINOFOBIA A SERVIÇO DO IMPERIALISMO: NEGAÇÃO DO TROTSKISMO LEVOU MORENISTAS A SE ALIAREM A CASA BRANCA HOJE EM CUBA E ONTEM NA URSS, GERANDO NA LIT UMA PROFUNDA CRISE
O PSTU acaba de anunciar que “vai lançar uma nova série
nesse mês de agosto”, destilando mais uma vez sua stalinofobia a serviço do imperialismo
ianque enlameando o nome de Trotsky e seu legado. Como Marxistas
Revolucionários, consideramos a burocracia stalinista um produto do isolamento
e da degeneração do Estado Operário soviético, ela como casta parasitária teve
um papel dual: ao mesmo tempo que solapava suas bases por sua orientação
política e econômica equivocada se viu obrigada “por métodos torpes” a defender
a URSS, fonte de sua própria existência social. Os que hoje escrevem laudas e
mais laudas, fazem vídeos no You Tube enumerando os “crimes de Stálin” como o
PSTU e não fazem qualquer menção a essa dualidade são os que se negaram a
defender a URSS mesmo degenerada quando esta foi liquidada pela ação de uma ala
da burocracia (Yeltsin) que se converteu em agente direta do imperialismo
ianque e europeu, rompendo com o PCUS. Hoje a LIT faz o mesmo em Cuba, aliando-se a Casa Branca.
Esses arautos que não se cansam em denunciar Stálin por ter
comandado a burocratização da URSS, não moveram um dedo para defendê-la frente
a restauração capitalista e apresentar uma alternativa revolucionária desde o
campo de luta da defesa das conquistas da Revolução de Outubro, como nos
ensinou Trotsky.
Os que pensam ser grandes “intelectuais” espalhando
praticamente cópias de panfletos da Casa Branca sobre Stalin, “o sanguinário
assassino”, sequer conhecem as posições do “velho” sobre o caráter dual do
stalinismo, seu papel na contrarrevolução que sedimentou as bases para a
burocratização da URSS, destruiu a III Internacional fundada por Lenin, porém
estabeleceu ao mesmo tempo um limite de contenção para a expansão imperialista
em todo o mundo.
PSTU, CST, O Trabalho, PCO, Esquerda Marxista, MES, Esquerda
Diário (MRT) e toda uma cepa de “intelectuais progressistas” ... se aliaram as
forças políticas e sociais (Yeltsin e os restauracionistas) que em nome do
combate ao Stalinismo e da “defesa da democracia” se aliaram a Casa Branca e as
potências capitalistas para liquidar a URSS, que por mais degenerada estivesse,
ainda era um Estado Operário a ser defendido para se avançar em uma revolução
política.
A burocracia stalinista atuou como uma casta que defendeu
“até a morte” seus próprios privilégios materiais (que só podem sobreviver
sobre as bases sociais do Estado operário). Esse foi um dos ensinamentos
preciosos de Trotsky completamente desprezados por esses senhores que não se
cansam em usar o “trotskismo” como passaporte de “bom trânsito” com a
intelectualidade pequeno-burguesa defensora da democracia como valor universal
e avessa ao “autoritarismo” personificado por Stálin.
A tentativa de apresentar a figura de Stalin como o “grande
demônio”, muito pior do que qualquer ditador fascista ou imperialista não é
propriamente uma “novidade”. O próprio Trotsky no final dos anos 30 teve que
combater esta posição liquidacionista no seio da seção norte-americana da IV
Internacional, o SWP, representada pela fração antidefensista de Shachtman e
Burnham.
Para este setor do “velho” SWP que deu origem ao
revisionismo atual, Stalin era igual a Hitler, um “ditador sanguinário”, esta
caracterização impediria, portanto, a possibilidade de se estabelecer qualquer
política de frente única com o Stalinismo na defesa das bases sociais do Estado
operário soviético.
No seu livro “Em defesa do Marxismo”, Trotsky elaborou um
artigo, “De um simples arranhão ao perigo de uma gangrena”, onde desconstrói na
gênese a stalinofobia, tanto praticada pelos revisionistas da atualidade. Para
Trotsky: “Stalin derrubado pelos trabalhadores significava a revolução, mas
Stalin derrubado pelos imperialistas representava a contrarrevolução”. Não por
coincidência, os dirigentes revisionistas do SWP acabaram seus dias de vida
como colaboradores diretos do imperialismo norte-americano, inclusive a serviço
das suas intervenções militares para “salvar a democracia”.
A “peste teórica” da stalinofobia professada pelo PSTU vem
servindo há várias décadas como instrumento aberto da contrarrevolução, sendo
utilizada pelo imperialismo ianque para atacar não só os Estados Operários, mas
também o conjunto de conquistas sociais históricas do proletariado em todas as
partes do planeta.
As duas principais vertentes que hoje debatem o chamado
“legado” de Stalin, ou seja, os stalinofóbicos e os stalinofílicos como Jones
Manoel, não servem como instrumento para a revolução socialista e nada tem a
ver com a gigantesca herança teórica deixada por Leon Trotsky.
Estes “senhores intelectuais”, em conjunto com uma gama de
correntes revisionistas do Programa de Transição, não podem se diferenciar das
vulgares calúnias imperialistas lançadas contra Stalin, simplesmente porque são
correia de transmissão dos EUA no movimento operário mundial, com o “presidente
cowboy” Ronald Reagan saudaram a destruição reacionária da URSS como sendo uma
verdadeira “Revolução Democrática” e seguindo a mesma trilha política ajudaram
a OTAN a derrubar “outro ditador sanguinário” na Líbia, levando na bagagem
desta “ação revolucionária” a devastação inteira de um país e seu povo, que
hoje vive a “barbárie democrática”.
Os revisionistas contemporâneos não em poucas oportunidades
se perfilaram no campo do imperialismo em nome da “luta contra o autoritarismo
Stalinista”. O processo contrarrevolucionário que destruiu as conquistas
sociais do Estado operário soviético, e na sequência de todo Leste europeu,
contou com o apoio frenético de organizações revisionistas. Para estes canalhas
que enlameiam a referência do genuíno trotsquismo, a defesa das
“liberdades democráticas” formais estava
acima da luta para conservar as bases da economia socializada da URSS. Não por
acaso, estes revisionistas stalinofóbicos tem seguido o mesmo caminho político
de seus “mestres” Shachtman e Burhnam, colaborando com as ações militares da
OTAN contra as “ditaduras sanguinárias” da Líbia e Síria, também apoiando as
"revoluções coloridas" patrocinadas pela CIA na Ucrânia e agora na
Bielorússia.