segunda-feira, 16 de agosto de 2021

DEPOIS DA SÍRIA OUTRA DERROTA HISTÓRICA DO IMPERIALISMO IANQUE NO ORIENTE. TODO APOIO MILITAR AOS TALIBÃS CONTRA AS TROPAS DA OTAN/PENTÁGONO, SEM DEPOSITAR NENHUMA ILUSÃO POLÍTICA NO MOVIMENTO ISLÂMICO BURGUÊS!

As derrotas do imperialismo ianque em suas recentes guerras no Oriente Médio continuam, após terem conseguido saquear e destruir à Líbia, sofreram a humilhação no Líbano e na Síria, agora foi a vez do Afeganistão. Entretanto o peso de seus fracassos militares é suportado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte “OTAN”, que sobrevive pagando grande parte da conta dessas derrotas com as ameaças contra a Rússia e a China. Após seu fracasso na guerra da Síria e sofrendo perdas que totalizaram mais de quatro mil soldados e cerca de um trilhão de dólares, 67 por cento dos norte-americanos confirmaram que não valeu a pena a permanência dos EUA no Afeganistão, segundo pesquisa recente da rede americana "CBS", o que obviamente pressionou Trump e Biden a iniciarem o processo de desocupação militar do país.

Após vinte anos de sua guerra mais longa, Washington está se retirando humilhada do Afeganistão e de forma incondicional, assim como seus parceiros da OTAN, depois de gastar mais de US $ 38 bilhões somente para armar e treinar o exército mercenário afegão. O ex-presidente Republicano dos Estados Unidos, George W. Bush, que enviou militares dos Estados Unidos ao Afeganistão em 2001, descreveu a retirada das forças da OTAN como um "erro que terá graves consequências", enquanto o insuspeito New York Times escreveu em uma reportagem que os acontecimentos no país invadido refletem uma catástrofe e um “fracasso histórico dos Estados Unidos”.

Os parceiros dos EUA na OTAN que pagam em grande parte as contas das derrotas, confirmaram este fracasso. A constatação do fiasco foi expressa por Armin Laschet, atual chefe político do partido da União Democrática Cristã Alemã liderado pela chanceler alemã Angela Merkel, que afirmou: "A retirada das forças ocidentais do Afeganistão é o maior fracasso da OTAN desde a sua fundação e estamos perante uma mudança histórica”, e destacou a necessidade de a Alemanha fazer uma avaliação franca dos erros com os seus parceiros da OTAN, segundo declarações dadas a agência France-Presse.

Em um momento em que o próprio imperialismo ianque justificou seu retumbante fracasso promovendo a informação de que a tomada do poder pelo Taleban ocorreu como resultado de “acordos”, Zamir Kabulov, o enviado especial do presidente russo ao Afeganistão, enfatizou que "a tomada do poder pelo Taleban no Afeganistão  não foi o resultado de certos acordos, mas sim o resultado do fracasso da Casa Branca neste país”. Kabulov acrescentou que o promotor de tais “ideias”, tendo à frente o novo gerente Democrata Biden, está tentando de alguma forma justificar o fracasso do Pentágono no Afeganistão e retratar o que aconteceu como se tivesse sido planejado com antecedência.

Os Marxistas Leninistas da LBI, que foram a única organização Trotskista no planeta a não pedir a “cabeça” do Talibã após ao ataque às Torres Gêmeas no 11 de Setembro e tampouco se perfilar com as tropas imperialistas na defesa da invasão do Afeganistão em 2001, saúdam vigorosamente a atual derrota da Casa Branca, como uma primeira vitória de todos os povos oprimidos do mundo, sem tampouco depositar ilusões políticas no caráter burguês e fundamentalista do movimento islâmico que acaba de tomar o poder estatal no país secularmente oprimido pelas grandes potências mundiais.