DEPOIS DA SÍRIA OUTRA DERROTA HISTÓRICA DO IMPERIALISMO IANQUE NO ORIENTE. TODO APOIO MILITAR AOS TALIBÃS CONTRA AS TROPAS DA OTAN/PENTÁGONO, SEM DEPOSITAR NENHUMA ILUSÃO POLÍTICA NO MOVIMENTO ISLÂMICO BURGUÊS!
As derrotas do imperialismo ianque em suas recentes guerras no Oriente Médio continuam, após terem conseguido saquear e destruir à Líbia, sofreram a humilhação no Líbano e na Síria, agora foi a vez do Afeganistão. Entretanto o peso de seus fracassos militares é suportado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte “OTAN”, que sobrevive pagando grande parte da conta dessas derrotas com as ameaças contra a Rússia e a China. Após seu fracasso na guerra da Síria e sofrendo perdas que totalizaram mais de quatro mil soldados e cerca de um trilhão de dólares, 67 por cento dos norte-americanos confirmaram que não valeu a pena a permanência dos EUA no Afeganistão, segundo pesquisa recente da rede americana "CBS", o que obviamente pressionou Trump e Biden a iniciarem o processo de desocupação militar do país.
Após vinte anos de sua guerra mais longa, Washington está se
retirando humilhada do Afeganistão e de forma incondicional, assim como seus
parceiros da OTAN, depois de gastar mais de US $ 38 bilhões somente para armar
e treinar o exército mercenário afegão. O ex-presidente Republicano dos Estados
Unidos, George W. Bush, que enviou militares dos Estados Unidos ao Afeganistão
em 2001, descreveu a retirada das forças da OTAN como um "erro que terá
graves consequências", enquanto o insuspeito New York Times escreveu em
uma reportagem que os acontecimentos no país invadido refletem uma catástrofe e
um “fracasso histórico dos Estados Unidos”.
Os parceiros dos EUA na OTAN que pagam em grande parte as
contas das derrotas, confirmaram este fracasso. A constatação do fiasco foi
expressa por Armin Laschet, atual chefe político do partido da União
Democrática Cristã Alemã liderado pela chanceler alemã Angela Merkel, que
afirmou: "A retirada das forças ocidentais do Afeganistão é o maior
fracasso da OTAN desde a sua fundação e estamos perante uma mudança histórica”,
e destacou a necessidade de a Alemanha fazer uma avaliação franca dos erros com
os seus parceiros da OTAN, segundo declarações dadas a agência France-Presse.
Em um momento em que o próprio imperialismo ianque
justificou seu retumbante fracasso promovendo a informação de que a tomada do
poder pelo Taleban ocorreu como resultado de “acordos”, Zamir Kabulov, o
enviado especial do presidente russo ao Afeganistão, enfatizou que "a
tomada do poder pelo Taleban no Afeganistão
não foi o resultado de certos acordos, mas sim o resultado do fracasso
da Casa Branca neste país”. Kabulov
acrescentou que o promotor de tais “ideias”, tendo à frente o novo gerente
Democrata Biden, está tentando de alguma forma justificar o fracasso do
Pentágono no Afeganistão e retratar o que aconteceu como se tivesse sido
planejado com antecedência.
Os Marxistas Leninistas da LBI, que foram a única
organização Trotskista no planeta a não pedir a “cabeça” do Talibã após ao
ataque às Torres Gêmeas no 11 de Setembro e tampouco se perfilar com as tropas
imperialistas na defesa da invasão do Afeganistão em 2001, saúdam vigorosamente
a atual derrota da Casa Branca, como uma primeira vitória de todos os povos
oprimidos do mundo, sem tampouco depositar ilusões políticas no caráter burguês
e fundamentalista do movimento islâmico que acaba de tomar o poder estatal no
país secularmente oprimido pelas grandes potências mundiais.