sábado, 14 de agosto de 2021

BOLSONARO PEDE IMPEACHMENT DE MINISTROS DO STF: JOGO TEATRAL PARA DISTRAIR TOLOS. SE QUISESSE DERRUBAR BARROSO BASTAVA “DESENGAVETAR” SEU ENVOLVIMENTO NO ESCÂNDALO DO BANESTADO ... 

Neste sábado (14/08), o presidente neofascista publicou em sua conta no Twitter que pedirá ao Senado que instaure um processo contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF. A ação teatral de Bolsonaro ocorre um dia após a prisão de seu aliado Roberto Jefferson, por ordem de Alexandre de Moraes após ataques do ex-deputado as “sagradas instituições democráticas”. Para chantagear a oposição burguesa, Bolsonaro volta a acenar com a possibilidade de um “golpe”, só que o verdadeiro “golpe” que o neofascista vem aplicando contra a população é o avanço agressivo das (contra)reformas neoliberais. Em sua conta no Twitter Bolsonaro publicou: "Todos sabem das consequências, internas e externas, de uma ruptura institucional, a qual não provocamos ou desejamos. De há muito, os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, extrapolam com atos os limites constitucionais". Como sabe que não conseguirá no Senado o impeachment de nenhum Ministro do STF, e que pelo contrário o que caminha lentamente no Congresso é o seu próprio impeachment, Bolsonaro arma o “teatro político da distração”, tendo como protagonistas da “encenação” não só os seus comparsas da extrema direita, mas principalmente os “caciques” da oposição burguesa que pretendem levar esta “novela” até o capítulo final das eleições de 2022.

Não é mais segredo no seio da elite dominante que Luis Roberto Barroso, vinha sendo interpelado desde junho do ano passado por seu nome constar da lista de pessoas físicas e jurídicas que fizeram remessas ilegais de dinheiro para o exterior no esquema das CC5, durante o governo FHC. No caso concreto do “vestal” Ministro, cerca de 2,5 milhões de Dólares foi enviado aos EUA. O envolvimento de Barroso no conhecido “Escândalo do Banestado” nunca foi explicado por ele, e tampouco foi “explorado” por Bolsonaro, seja pelas vias institucionais do Ministério da Justiça ou pela sua blogosfera neofascista. 

Está absolutamente cristalino que o suposto “perrengue” entre Bolsonaro e os Ministros do STF, que já há muito tempo enquadraram o presidente neofascista sob os ditames da governança global do capital financeiro, é apenas uma “cortina de fumaça”, para que as duas frações da classe dominante sigam unidas no ataque neoliberal as conquistas sociais da classe trabalhadora.O imperialismo ianque já determinou que Bolsonaro não será reeleito, justamente porque já cumpriu seu papel histórico no processo do golpe institucional iniciado em 2015. Para a burguesia nacional, a questão política central até às próximas eleições de 2022 é “sangrar” ao máximo Bolsonaro, deixando ainda aberta a decisão se seguirá com a Frente Ampla de Lula ou tentará fabricar a “terceira via”.