segunda-feira, 30 de agosto de 2021

MOBILIZAÇÃO POPULAR NA GRÉCIA CONTRA O “PASSAPORTE SANITÁRIO” ENFRENTA REPRESSÃO POLICIAL: “NÃO SOMOS CONTRA AS VACINAS, MAS CONTRA O FASCISMO!” 

Ontem (29/08) em pleno domingo, milhares de manifestantes em Atenas entraram em confronto com uma dura repressão policial. A mobilização popular protestava contra as medidas draconianas de vacinação obrigatória que segundo o atual governo neofascista entrarão em vigor na próxima quarta-feira. "Não somos contra as vacinas, mas contra o fascismo!". A polícia estima que cerca de 20.000 pessoas compareceram ao ato na histórica Praça Syntagma, a praça central de Atenas, gritando slogans contra o “passe sanitário” e exigindo que o governo revogasse essa obrigação imposta aos gregos.

Pelo menos 47 ativistas foram presos nas manifestações, segundo nota da polícia divulgada pela agência de notícias Iefimerida. A polícia acusou os manifestantes de "jogaram objetos" na polícia e as equipes de controle de distúrbios tiveram que usar gás lacrimogêneo, granadas de choque e canhões de água para dispersar a multidão. O movimento operário em todo o mundo deve exigir a imediata libertação de todos os presos políticos da Grécia. A luta contra o fascismo sanitário está galvanizando politicamente a população, que já vive as ameaças de supressão aos seus direitos e garantias democráticas.

Os massivos protestos populares que ocorreram ontem na Grécia seguem a “onda” de mobilizações  democráticas que cruzam toda a Europa. As medidas neofascistas de “restrições sanitárias” adotadas pelos governos burgueses do chamado “Centro Civilizatório”, que unifica desde a velha direita conservadora até a esquerda Social Democrata, são um ataque direto as conquistas de organização do movimento de massas. Toda esquerda reformista, inclusive a que se diz “marxista”, corrompeu-se diante dos supostos “protocolos científicos” do Fórum Econômico de Davos e do FMI, passando de malas e bagagens para o campo da reação imperialista e suas corporações da Big Pharma. O movimento de massas na Europa tem se organizado e saído às ruas de forma totalmente independente dos aparatos burocráticos e corrompidos da esquerda reformista, que agora sem mais nenhuma vergonha se declara aliada do rentismo internacional.