quinta-feira, 19 de agosto de 2021

PARA DELFIM NETTO “EM 2022, BOLSONARO É RISCO MAIOR QUE LULA PARA O MERCADO”: PT CELEBRA APOIO DO MINISTRO DA DITADURA AO PRESIDENTE DOS BANQUEIROS COMO DENUNCIAVA O PCO, HOJE CONVERTIDO EM SEU CABO ELEITORAL!  

Em 2022, Bolsonaro é risco maior que Lula para o mercado, diz Delfim Netto, ex-ministro dos governos militares. Na ditadura, Delfim foi ministro de 2 generais. Com Artur da Costa e Silva, comandou o Ministério da Fazenda. Com João Figueiredo, primeiro a Agricultura, depois o Planejamento. O “insuspeito” Delfim diz que a eleição de Lula (PT) é uma opção melhor que a reeleição de Jair Bolsonaro para o "Deus Mercado". Segundo ele “Bolsonaro seria a continuação do mesmo, até piorado. Ele vai se cansar do Guedes. De forma que, seguramente, o encaminhamento do Lula seria melhor para o mercado financeiro”, afirmou ao ser questionado qual dos 2 traria mais riscos à economia capitalista do país.

Delfim diz que Lula teria mais chances de aproveitar as oportunidades globais e marca o que considera as suas diferenças para Dilma Rousseff, sua sucessora. “A administração do Lula foi muito boa. Não podemos confundi-la com a da Dilma. A Dilma era voluntariosa, tinha ímpetos complicados. Basta ver a tragédia que ela fez no setor elétrico. Lula não fez isso”, afirmou. 

Para Delfim, o Brasil vive neste momento uma tempestade perfeita. São 3 componentes: pandemia, aquecimento global e governo de Jair Bolsonaro.... “Hoje você precisaria de um governo mais tranquilo, mais servil. E o que nós temos?”, disse em entrevista.

A razão de fundo para um giro tão abrupto de 360 graus na política do PCO, que passou de uma caracterização sobre o governo Lula como um “Presidente dos banqueiros” (2004) para o radicalmente oposto “Governo dos trabalhadores”, obviamente não está em alguma mudança substancial na essência do governo da Frente Popular de colaboração de classes. 

O motivo da profunda alteração na política do PCO reside na própria relação que passou a estabelecer com o Estado Burguês, tendo é claro como “mediador” deste novo “relacionamento” estabelecido com a burguesia o Partido dos Trabalhadores. 

Para os Marxistas as bases materiais de sustentação de uma organização revolucionária devem ser absolutamente independentes do Estado e da classe dominante capitalista (e seus agentes políticos), desgraçadamente a cúpula revisionista do PCO desconsiderou este princípio, o “ABC” de um genuíno Partido Leninista.