COREIA DO NORTE ATIVA REATOR ATÔMICO: DEFENDER O ESTADO
OPERÁRIO BUROCRATIZADO NORTE-COREANO E SEU DIREITO DE RESPONDER AOS ATAQUES DO
IMPERIALISMO IANQUE COM O USO DE SEU ARSENAL NUCLEAR!
O Estado operário norte-coreano (RPDC) voltou a colocar em funcionamento um reator nuclear que supostamente produz plutônio para a fabricação de armas atômicas, declarou a ONU. Os sinais de funcionamento no reator do Centro de Pesquisa Científica Nuclear de Yongbyon, considerado capaz de produzir plutônio para armamento, foram registrados pela primeira vez desde 2018, conforme o relatório da Organização Internacional de Energia Atómica (OIEA). O desenvolvimento dos programas de energia nuclear e comunicação na Coreia do Norte é uma necessidade de obtenção de uma alternativa de fonte energética e de monitoramento climático-militar diante do brutal bloqueio a que o país está submetido, tecnologia fundamental para possibilitar que Estado possa desenvolver projetos nesse setor com condições de enfrentar os períodos de adversidade climática, marcado também por secas e inundações.
Nesse sentido, esta estrutura de energia atômica legitimamente desenvolvida também pode e deve ser utilizada pelo Estado operário norte-coreano para se defender das ameaças do imperialismo norte-americano através de seu enclave, a Coreia do Sul e o Japão, onde os EUA mantém bases militares desde o final da Segunda Guerra Mundial
Imagens registradas por satélites mostram uma descarga de água, apoiando a conclusão de que o reator está funcionando novamente, disse Jenny Town, diretora do projeto 38º Norte, com sede nos EUA, que monitora a Coreia do Norte. “Não há como saber por que o reator não estava operando anteriormente, embora tenham estado em curso trabalhos no reservatório de água ao longo do ano passado para garantir suficiente quantidade de água para os sistemas de refrigeração”, disse.
No relatório, a agência afirmou que o trabalho aparente durante cinco meses, de meados de fevereiro ao início de julho, sugere que um lote completo de combustível irradiado foi manuseado, em contraste com o tempo mais curto necessário para o tratamento ou manutenção dos resíduos.
A imprensa pró-imperialista faz todo um alarde acerca dos testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte, afirmando serem uma “ameaça à humanidade”. Oculta, criminosamente, que só na Coreia do Sul, um enclave criado e militarizado pelos EUA, há um contingente militar acima de 40 mil soldados, mais de mil ogivas nucleares apontadas para o Norte. Como explicar que a Coreia do Norte não pode lançar um satélite ou inclusive testar um míssil de longo alcance, se quem a condena, os EUA, têm 439 satélites em órbita, sendo 98 deles para uso especificamente militar?
Oficialmente, a Coreia do Norte está em situação de guerra
contra os EUA e a Coreia do Sul, o armistício de Panmunjom, assinado em 1953,
apenas estabeleceu uma trégua temporal entre os dois lados. O imperialismo
ianque sabe que ao contrário de 1953, a Coreia do Norte não pode mais apoiar-se
na URSS, hoje Rússia, e tampouco na China. Como diz o provérbio popular, que a
vingança é um prato que se deve saborear a frio, os EUA esperam pacientemente
responder a humilhante derrota sofrida na Guerra da Coreia, que só não foi
maior devido à política stalinista de Mao Tsé Tung de contenção da revolução em
toda a Ásia e Europa.
Para os marxistas leninistas a tarefa da unificação
socialista da Coreia se mantém tão vigente como na década de 50, mas sabemos
muito bem que o primeiro passo para concretizar este objetivo passa pela
derrota política e militar do imperialismo ianque, obstinado em liquidar as
conquistas operárias ainda existentes na RDPC. Convocar o proletariado mundial,
em particular a poderosa classe operária sul-coreana a defender
incondicionalmente a Coreia do Norte, o que não significa em hipótese alguma
depositar a menor confiança política no regime stalinista, como nos ensinou o
“velho” Trotsky, “lutamos lado a lado de Stalin contra os inimigos da
revolução, para depois acertarmos nossas próprias contas”. Como genuínos
revolucionários, jamais nos somamos à sórdida e criminosa campanha da Casa
Branca que sataniza o regime político da Coreia do Norte para debilitar o
Estado operário; ao contrário, defendemos incondicionalmente suas conquistas
sociais revolucionárias. Justamente por esta razão, nos opomos a essa “trégua
nuclear” que a China deseja impor a Coreia do Norte e reivindicamos o legítimo
direito de defesa da Coreia do Norte, inclusive utilizando seu arsenal bélico
nuclear, para responder às provocações imperialistas. Para tanto, é preciso que
o proletariado norte-coreano se oponha ao processo de restauração capitalista,
seja pelas mãos da China ou dos EUA, pela via de uma revolução política para
colocar à frente do Estado operário um autêntico partido comunista como
alternativa proletária à empedernida burocracia stalinista.