CASTILLO, O “LULA DO PERU”, SERVIL AO IMPERIALISMO: INDICADO COMO NOVO CHANCELER UM EX-MINISTRO DO GOVERNO NEOLIBERAL DE TOLEDO, HOMEM DO FMI E DO
BANCO MUNDIAL
O presidente do Peru, Pedro Castillo, deu posse ao novo ministro das Relações Exteriores, Óscar Maúrtua de Romaña, na sexta-feira. O gabinete ministerial deve agora aguardar a aprovação do Congresso, sessão marcada para a próxima semana. Maúrtua tem uma carreira diplomática como embaixador de seu país no Equador, Tailândia, Vietnã, Laos, Bolívia e Canadá. Além disso, foi Chanceler entre 2005 e 2006, durante a gestão de Alejandro Toledo, homem ligado ao Banco Mundial e ao FMI. Maúrtua chega ao cargo após a renúncia de Héctor Béjar, que denunciou uma campanha contra ele e que sua saída ocorreu em meio a manipulações da extrema direita que busca sabotar o novo governo peruano.Como o Blog da LBI alertou, o governo de Pedro Castillo de colaboração de classes, cercado pela burguesia e sempre capitaluando ao grande capital, será marcado por crises permanentes, diante das profundas ilusões das massas que ele irá enfrentar o imperialismo, o que obviamente não ocorrerá.
Como ocorreu com o retorno do MAS a presidência da Bolívia com Arce e na volta de Lula (PT) a corrida presidencial no Brasil com chances de vitória em 2022, a esquerda burguesa no continente latino-americano ocupa a cadeira presidencial no Peru, mas seguirá a risca as ordens de seu verdadeiros chefes, os amos imperialistas.
A renúncia de Béjar teve origem depois que a mídia venal revelou alguns depoimentos que ele deu, quando ainda não era chanceler, onde expôs a participação da CIA e da inteligência peruana para dividir a esquerda, bem como a participação da Marinha no terrorismo no Peru.
Após a publicação das declarações e do apelo de setores da oposição burguesa no Congresso para convocar uma moção de censura, o canceler decidiu na segunda-feira, afirmando que a ação se deve a uma campanha de manipulação e descrédito contra Héctor Béjar.
“Os mesmos que foram manipulados, editados, recortados e descontextualizados com o propósito de desacreditá-lo e obter a censura do Ministro dos Negócios Estrangeiros (...) Esta campanha sistemática de edição de antigos enunciados, tirando-os do contexto tem como objetivo confundir a opinião pública e apresentar o chanceler ofendendo as Forças Armadas e a Marinha do Peru”.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Imprensa e Comunicação Estratégica da Presidência da República informou que Béjar, com apenas 18 dias de mandato, renunciou ao presidente Pedro Castillo, que "aceitou".
Cabe ao movimento de massas partir para a ofensiva e impor com seus próprios métodos de luta uma alternativa de poder dos trabalhadores.
