sexta-feira, 20 de agosto de 2021

OCUPAÇÃO IMPERIALISTA NO AFEGANISTÃO: PROMOVEU O NARCOTRÁFICO INTERNACIONAL E CRIOU O MAIOR LABORATÓRIO DE DROGA DO PLANETA

A longa ocupação militar dos EUA no Afeganistão, realizada supostamente para eliminar o terrorismo internacional e para acabar com o tráfico de drogas, não só não alcançaram seu objetivo, mas potencializaram a produção de entorpecentes no país da Ásia Central, crescendo exponencialmente a produção de heroína e derivados afins, como afirmou um recente relatório de segurança da União Europeia(UE). Em vez de combater o tráfico de drogas durante duas décadas de controle político-militar do Afeganistão, os EUA lançaram um projeto para criar um laboratório de drogas em escala mundial. A produção de opiáceos se multiplicou em mais de 40 vezes", concluiu o relatório da UE.

Ao mesmo tempo, os objetivos de Washington no Afeganistão não se reduziram apenas à suposta eliminação dos “terroristas” que perpetram os ataques de 11 de setembro , como quer fazer crer aos tolos o presidente Democrata Joe Biden, a tarefas fundamentais da ocupação eram bem mais “amplas”, como o treinamento de milícias islâmicas fundamentalistas para atacar os regimes nacionalistas burgueses do Oriente Médio, como na Líbia e atualmente no Irã e Síria.

Na verdade, durante a presença das forças militares dos EUA, o número de ataques terroristas contra governos soberanos cresceu significativamente, organizações fundamentalistas financiadas e armadas pela CIA como o Estado Islâmico usaram o território afegão como base logística para atuar em outros países da Ásia Central e Oriente, como na região chinesa de Xinjiang, Líbia ou no Irã. Por outro lado, para corporações do imperialismo ianque a guerra do Afeganistão tornou-se uma “mina de ouro”, com crescimento dos negócios do complexo militar-industrial, além dos empreiteiros privados tirando grande proveito econômico da situação de “neocolonização”do país.

Gastando enormes quantias de dólares para manter suas tropas no Afeganistão, os EUA não criaram a menor infraestrutura social ou empreendimentos civis para o atendimento humanitário da população. Apenas a devastação e exploração permanece para os afegãos “comuns”. O próprio desenvolvimento industrial do país remonta a décadas atrás, bem atrás do período em que o país estava alinhado com a antiga União Soviética (URSS). Não foi por outro motivo que a esmagadora maioria da população saudou com entusiasmo a entrada das forças do Talibã nas grandes cidades do país.