segunda-feira, 16 de agosto de 2021

CUSTO DA CESTA BÁSICA JÁ CONSOME TODO O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO: ORGANIZAR AGORA A RESISTÊNCIA POPULAR PARA NÃO MORRER DE FOME OU APOSTAR NAS ELEIÇÕES DE 2022?

Em julho a cesta básica alimentos de atingiu R$ 1064,79, segundo a coleta oficial de preços. O atual salário mínimo é de R$ 1.100. Com a disparada nos preços de produtos básicos, cesta básica do povo brasileiro está custando quase um salário mínimo. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho a cesta básica atingiu R$ 1064,79. O salário mínimo é de R$ 1.100.O quadro é grave, estamos chegando no patamar do “elas por elas” com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o miserável salário mínimo. Por outro lado a burocracia curista dos sindicatos continua paralisada, com as entidades fechadas utilizando a desculpa da pandemia. A única mobilização convocada tem como eixo as próximas eleições, “cavando” o desgaste político do governo Bolsonaro para mirar na vitória de Lula em 2022.

Com os gastos da cesta básica comprometendo praticamente todo o salário do trabalhador, falta dinheiro para a conta de luz, o botijão de gás, o transporte, o aluguel e medicamentos.Diante dessa verdadeira tragédia social, o ministro rentista da Economia, Paulo Guedes, afirma que está “tudo melhorando”...para os banqueiros é claro!

A cesta básica  inclui 39 produtos, além de alimentos, produtos de limpeza e higiene. O grupo Limpeza apresentou a maior variação, 1,46%. Alimentação teve alta de 0,40% e Higiene Pessoal de 0,25%. A variação no ano é de 5,65%.De julho do ano passado – quando o preço da cesta era de R$ 871,48 – para julho desse ano o aumento foi de 22,18%.No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.

O quadro da escalada inflacionária que corrói drasticamente o poder de compra dos salários, somado ao aumento do desemprego gerado pela crise capitalista do Grande Reset pandêmico, está levando a classe trabalhadora a um desespero social que desgraçadamente não tem nenhum canal de expressão política na conjuntura nacional. As direções da esquerda reformista só atuam no sentido de apostar no desgaste político eleitoral de Bolsonaro, pela via institucional da corrupta CPI e dos golpistas do STF, sonhando com o triunfo da Frente Ampla burguesa encabeçada por Lula em 2022.