MACRON, DA EXTREMA DIREITA IMPERIALISTA E OTANISTA, VENCE
POSANDO PARA A FOTO DE “ANTIFASCISTA”: ESQUERDA DOMESTICADA PELO CAPITAL
FINANCEIRO SAUDOU O TRIUNFO DO GENOCIDA
Hoje à noite, o presidente francês Emmanuel Macron, representante da extrema direita, imperialista e otanista, foi reeleito com uma estimativa de 58,2% dos votos, com 41,8% dos votos indo para a candidata da direita “marginal” Marine Le Pen. O roteiro da vitória de Macron já estava escrito bem antes deste domingo, foi produto da vontade da governança global do capital financeiro e não da soberana vontade eleitoral do povo francês. “Vendido” pela mídia corporativa como o candidato “antifascista”, o homem que poderia salvar a França do “nazismo” e mantê-la na OTAN, ao lado da democracia genocida do imperialismo ianque. Consumar a fraude eleitoral e impor à reeleição do marionete de Biden, foi a tarefa mais fácil das últimas décadas para o rentismo mundial, disfarçado em plena era pandêmica como o “marco civilizatório” que empunhando as “vacinas milagrosas” combate os “negacionistas” de todos os calibres políticos.
A disputa entre o amplamente desprezado "presidente dos
ricos" da França contra a líder supostamente “neofascista“ provocou a
desilusão e desinteresse entre amplas camadas de trabalhadores. A abstenção foi
a mais alta registrada desde as eleições de 1969, quando o então Partido
Comunista Francês (PCF) pediu um boicote ao pleito fraudulento. Quase três milhões
de pessoas votaram em branco ou nulos. Incluindo aqueles que não votaram, 16
milhões de eleitores, ou um terço do eleitorado, não votaram em nenhum dos
candidatos.
A eleição entre os
dois candidatos amplamente rechaçados alimentou manifestações em todo o país
neste domingo, com a tropa de choque da “polícia civilizatória“ atacando os
manifestantes e jogando gás lacrimogêneo no centro de Paris. A polícia também
matou duas pessoas em Paris, abrindo fogo contra seu veículo, alegando que ele
não parou em um posto de controle.
Apesar da derrota de Le Pen, foi a maior votação da história
para a extrema direita francesa, que obteve oito pontos percentuais a mais do
que no último segundo turno de Le Pen contra Macron em 2017. Se a própria
legitimação institucional de Macron com sua política de extrema-direita e suas
ações violentas contra os trabalhadores levarem a um aumento semelhante no voto
da reação no curso do seu segundo mandato, Le Pen estaria pronta para assumir o
governo em 2027, o que obviamente a governança global do capital financeiro
nunca irá permitir.
Le Pen reconheceu a derrota na eleição logo após o anúncio
das projeções de votação às 20h, declarando que seu voto foi “uma vitória
impressionante”. Ela disse: “Apesar de
duas semanas de métodos injustos, brutais e violentos, as ideias que
representamos estão alcançando novos patamares”.
Le Pen se posicionou demagogicamente como defensora das
massas de pessoas cujos padrões de vida ela previu que entrariam em colapso
durante o segundo mandato de Macron. “O povo francês deixou claro esta noite
seu desejo de uma forte oposição a Emmanuel Macron”, afirmou ela e disse que se
oporia “à desintegração de seu poder de compra, ataques às liberdades
individuais … e ao aumento da idade de aposentadoria promovida por Emmanuel
Macron. Ela prometeu “continuar servindo a França e os franceses” em futuras
eleições.
Pouco depois de Le Pen falar, o candidato presidencial rival
de extrema direita Eric Zemmour – um jornalista que promove a memória do regime
colaboracionista nazista de Vichy e foi condenado por incitar ódios raciais e
religiosos – pediu a unidade da extrema direita nas próximas eleições
legislativas. As eleições ocorrerão nos dias 12 e 19 de junho deste ano.
Dezenas de milhões de trabalhadores e jovens que sofreram
muito em seu primeiro mandato veem a reeleição de Macron como um verdadeiro
desastre. O neoliberal da direita imperialista realizou violenta repressão
policial aos protestos dos “coletes amarelos” e greves ferroviárias contra a
austeridade. Macron alinhou a França na guerra da OTAN contra a Rússia na
Ucrânia e que ameaça provocar uma guerra mundial na Europa.
Na medida que a inflação é alimentada por doações maciças de
dinheiro estatal aos super-ricos, gerando desemprego, somado as sanções da OTAN
contra a Rússia que devastam os padrões de vida dos trabalhadores na França e
internacionalmente, o palco está sendo montado para um confronto explosivo
entre o governo Macron e a classe trabalhadora.
De fato, as declarações de apoio a Macron vieram principalmente
de seus “colegas” imperialistas europeus que veem sua reeleição como garantia
de que a França continuará trabalhando em estreita colaboração com a União
Europeia (UE) para militarizar a Europa e ameaçar a Rússia. A presidente da
Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tuitou seus “parabéns” a Macron por
sua reeleição, acrescentando: “Estou feliz por poder continuar nossa excelente
cooperação”. Washington e as potências europeias da OTAN viram as eleições
francesas como uma questão de segurança militar.