domingo, 24 de abril de 2022

MACRON, DA EXTREMA DIREITA IMPERIALISTA E OTANISTA, VENCE POSANDO PARA A FOTO DE “ANTIFASCISTA”: ESQUERDA DOMESTICADA PELO CAPITAL FINANCEIRO SAUDOU O TRIUNFO DO GENOCIDA

Hoje à noite, o presidente francês Emmanuel Macron, representante da extrema direita, imperialista e otanista, foi reeleito com uma estimativa de 58,2% dos votos, com 41,8% dos votos indo para a candidata da direita “marginal” Marine Le Pen. O roteiro da vitória de Macron já estava escrito bem antes deste domingo, foi produto da vontade da governança global do capital financeiro e não da soberana vontade eleitoral do povo francês. “Vendido” pela mídia corporativa como o candidato “antifascista”, o homem que poderia salvar a França do “nazismo” e mantê-la na OTAN, ao lado da democracia genocida do imperialismo ianque. Consumar a fraude eleitoral e impor à reeleição do marionete de Biden, foi a tarefa mais fácil das últimas décadas para o rentismo mundial, disfarçado em plena era pandêmica como o “marco civilizatório” que empunhando as “vacinas milagrosas” combate os “negacionistas” de todos os calibres políticos.

A disputa entre o amplamente desprezado "presidente dos ricos" da França contra a líder supostamente “neofascista“ provocou a desilusão e desinteresse entre amplas camadas de trabalhadores. A abstenção foi a mais alta registrada desde as eleições de 1969, quando o então Partido Comunista Francês (PCF) pediu um boicote ao pleito fraudulento. Quase três milhões de pessoas votaram em branco ou nulos. Incluindo aqueles que não votaram, 16 milhões de eleitores, ou um terço do eleitorado, não votaram em nenhum dos candidatos.

 A eleição entre os dois candidatos amplamente rechaçados alimentou manifestações em todo o país neste domingo, com a tropa de choque da “polícia civilizatória“ atacando os manifestantes e jogando gás lacrimogêneo no centro de Paris. A polícia também matou duas pessoas em Paris, abrindo fogo contra seu veículo, alegando que ele não parou em um posto de controle.

Apesar da derrota de Le Pen, foi a maior votação da história para a extrema direita francesa, que obteve oito pontos percentuais a mais do que no último segundo turno de Le Pen contra Macron em 2017. Se a própria legitimação institucional de Macron com sua política de extrema-direita e suas ações violentas contra os trabalhadores levarem a um aumento semelhante no voto da reação no curso do seu segundo mandato, Le Pen estaria pronta para assumir o governo em 2027, o que obviamente a governança global do capital financeiro nunca irá permitir.

Le Pen reconheceu a derrota na eleição logo após o anúncio das projeções de votação às 20h, declarando que seu voto foi “uma vitória impressionante”.  Ela disse: “Apesar de duas semanas de métodos injustos, brutais e violentos, as ideias que representamos estão alcançando novos patamares”.

Le Pen se posicionou demagogicamente como defensora das massas de pessoas cujos padrões de vida ela previu que entrariam em colapso durante o segundo mandato de Macron. “O povo francês deixou claro esta noite seu desejo de uma forte oposição a Emmanuel Macron”, afirmou ela e disse que se oporia “à desintegração de seu poder de compra, ataques às liberdades individuais … e ao aumento da idade de aposentadoria promovida por Emmanuel Macron. Ela prometeu “continuar servindo a França e os franceses” em futuras eleições.

Pouco depois de Le Pen falar, o candidato presidencial rival de extrema direita Eric Zemmour – um jornalista que promove a memória do regime colaboracionista nazista de Vichy e foi condenado por incitar ódios raciais e religiosos – pediu a unidade da extrema direita nas próximas eleições legislativas. As eleições ocorrerão nos dias 12 e 19 de junho deste ano.

Dezenas de milhões de trabalhadores e jovens que sofreram muito em seu primeiro mandato veem a reeleição de Macron como um verdadeiro desastre. O neoliberal da direita imperialista realizou violenta repressão policial aos protestos dos “coletes amarelos” e greves ferroviárias contra a austeridade. Macron alinhou a França na guerra da OTAN contra a Rússia na Ucrânia e que ameaça provocar uma guerra mundial na Europa.

Na medida que a inflação é alimentada por doações maciças de dinheiro estatal aos super-ricos, gerando desemprego, somado as sanções da OTAN contra a Rússia que devastam os padrões de vida dos trabalhadores na França e internacionalmente, o palco está sendo montado para um confronto explosivo entre o governo Macron e a classe trabalhadora.

De fato, as declarações de apoio a Macron vieram principalmente de seus “colegas” imperialistas europeus que veem sua reeleição como garantia de que a França continuará trabalhando em estreita colaboração com a União Europeia (UE) para militarizar a Europa e ameaçar a Rússia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tuitou seus “parabéns” a Macron por sua reeleição, acrescentando: “Estou feliz por poder continuar nossa excelente cooperação”. Washington e as potências europeias da OTAN viram as eleições francesas como uma questão de segurança militar.