UM INSULTO AO 25 DE ABRIL: PS E “BLOCO
DE ESQUERDA” ENLAMEIAM COMEMORAÇÕES DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS APLAUDINDO ZELENSKY NO PARLAMENTO PORTUGUÊS
Como parte das comemorações deste 25 de abril o governo do PS, com o apoio do “Boco de Esquerda” e dos partidos burgueses de direita, trouxe para o parlamento o fantoche da OTAN, Zelensky. Depois de aprovar o apoio português a Ucrânia (só votou contra o PCP), o canalha apoiado pelos grupos neonazistas falou por videoconferência e pediu ao país mais apoio militar, armamento pesado e um reforço ao nível de sanções. Destacou particularmente o embargo do petróleo russo e o apoio para a adesão à União Europeia. Além disso, comparou de forma absurda a guerra no seu país ao 25 de Abril: "O vosso povo celebra o aniversário da revolução dos cravos e sabem perfeitamente o que estamos a sentir" tripudiando junto com o governo português e seus apoiadores o verdadeiro significado da Revolução do Cravos que combateu os fascistas e não o contrário.
O PCP considerou a referência que o Presidente da Ucrânia
fez ao 25 de Abril durante a sua intervenção, por videoconferência, na
Assembleia da República, “é um insulto” à Revolução dos Cravos. “A revolução de
Abril foi feita para pôr fim ao fascismo e à guerra. É um insulto esta
declaração de Volodymyr Zelensky que faz referência ao 25 de Abril. O 25 de
Abril em Portugal foi para libertar e contribuiu para a libertação dos
antifascistas. Na Ucrânia estão a ser presos”, argumentou a líder parlamentar
comunista, Paula Santos, nos Passos Perdidos do parlamento.
Zelensky disse cinicamente que a Ucrânia está enfrentando a
“ditadura da Rússia” e que os portugueses “sabem perfeitamente” aquilo que a os
ucranianos estão vivendo. O PCP foi o único partido com representação
parlamentar que não participou na sessão solene. Paula Santos criticou as
restantes bancadas, que aplaudiram Zelensky no final da sua intervenção,
advogando que algumas “ainda não perceberam o que está em causa” e outras
“apoiam deliberadamente esta guerra“.
A dirigente comunista acrescentou que a discurso que o
presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, fez “não é a
intervenção que deve corresponder a um órgão de soberania, nomeadamente pelo
cinismo, mas também pelo branqueamento do regime da Ucrânia”.
“Há um conjunto de aspetos que deveriam ter sido esclarecidos na intervenção do Presidente da Ucrânia e que não foram. Por exemplo, onde estão os jovens comunistas ucranianos que foram presos? Tencionam continuar a perseguir comunistas, antifascistas e democratas ucranianos?”, questionou.