domingo, 24 de abril de 2022

O NEGÓCIO BILIONÁRIO DAS VACINAS EXPERIMENTAIS ESTÁ ATÉ MESMO ACIMA DAS SANÇÕES ECONÔMICAS CONTRA A RÚSSIA: PFIZER E ASTRAZENECA FECHAM NOVOS CONTRATOS COM O GOVERNO PUTIN

Por mais incrível que pareça, em meio ao maior cerco econômico dos últimos 50 anos promovido pelo imperialismo contra um país, as sanções comerciais contra a Rússia não afetaram os negócios da corporação Pfizer com o governo Putin, e o mesmo pode se dizer sobre a AstraZeneca. Portanto, quando alguns críticos da OMS&BIGPHARMA perguntaram por que durante a pandemia a Rússia manteve as mesmas ou semelhantes políticas sanitárias absurdas dos países ocidentais, você pode encontrar uma resposta neste artigo.

A Rússia foi o primeiro país do mundo a projetar uma vacina contra o coronavírus, obviamente pelos vultuosos interesses comerciais que a cercavam. O financiamento para a vacina Sputink veio do Russian Direct Investment Fund (RDIF), um “fundo estatal soberano”, dando a impressão de que era dinheiro público. Mas não foi bem assim. Em junho de 2020, o RDIF anunciou uma parceria conjunta com a R-Pharm, uma das maiores empresas farmacêuticas privadas da Rússia, parceira dos grandes laboratórios imperialistas.

As duas empresas trabalhariam juntas para produzir e distribuir a vacina a partir do Gamaleya Center, instituto do Ministério da Saúde da Rússia que aprovou a vacina em menos de dois meses, o que significa que não houve ensaios clínicos, pois iriam experimentar diretamente na população como todas as outras vacinas, com a ligeira atenuação de que não era uma das novas vacinas da tecnologia mRNA.

O nome da vacina foi dado pelo diretor geral da RDIF, Kirill Dmitriev, cientista que estudou na Universidade de Stanford graças a uma bolsa de estudos de Soros e depois na Harvard Business School. Ele trabalhou para Goldman Sachs e McKinsey antes de assumir as rédeas da RDIF em 2011. Dimitriev é um clone de qualquer outro especulador ocidental e incluiu a R-Pharm no portfólio de investimentos da RDIF.

Em 17 de julho de 2020, a AstraZeneca anunciou que a R-Pharm se tornaria "um dos centros de produção e fornecimento de [suas] vacinas para os mercados internacionais".  Ele levou a fabricação da nova vacina para a Rússia, de onde eram exportados.

Portanto, a Rússia não distribuiu somente uma única vacina contra o coronavírus, mas duas e em ambas s os interesses comerciais são os mesmos.

O fato de não haver ensaios clínicos prévios não impediu que RDIF, AstraZeneca, Gamaleya Center e R-Pharm assinassem um protocolo de cooperação em dezembro de 2020, porque esta questão de vacinas, não é uma questão sobre saúde, mas sobre muito dinheiro! Em 21 de dezembro, Putin elogiou a parceria da AstraZeneca com a Rússia.  Dirigindo-se ao diretor da AstraZeneca, ele disse: "Gostaria de lhe desejar sucesso não apenas no mercado russo, mas também nos mercados mundiais, e que corresponda às suas expectativas".

Efeitos clínicos adversos pouco importam para as corporações da Big Pharma. A RDIF não teve outra ideia senão fazer um coquetel das duas vacinas nas quais havia investido seu dinheiro. Mas as primeiras consequências da vacina AstraZeneca começaram a aparecer na mídia e em meados de março 20 países europeus suspenderam temporariamente sua administração devido à formação de coágulos e hemorragias internas.

Apesar dos efeitos adversos, a RDIF não suspendeu sua associação com a AstraZenaca e até pediu a formação de outras coalizões semelhantes.Uma semana depois, o Ministério da Saúde da Rússia iniciou um teste conjunto do Sputnik e da AstraZeneca. Cinco instituições médicas russas participaram do estudo, que envolveu 150 “cobaias humanas”.

No final de julho, o RDIF publicou os resultados preliminares do ensaio clínico realizado. Cinquenta pessoas receberam o coquetel conjunto, que foi considerado seguro e eficaz. Dados preliminares de um estudo paralelo realizado na Argentina mostraram resultados igualmente promissores. No mês posterior, dados publicados pelo sistema de saúde argentino mostraram que o Sputnik causou muitas complicações pós-vacinais.

Enquanto isso, a R-Pharm estava finalizando os preparativos para a produção em massa do Sputnik e AstraZeneca. Em setembro, a farmacêutica russa anunciou que havia começado a fabricar a vacina da AstraZeneca para exportação.

No final de 2021, os cientistas da Sputnik já colaboravam abertamente com a Pfizer e a farmacêutica Moderna. “Já temos um estudo conjunto com a Moderna na Argentina, e agora a Argentina está estudando uma combinação de Sputnik e Moderna. Dois outros países estão atualmente investigando uma combinação de Pfizer e Sputnik, e acreditamos que essa combinação será muito bem-sucedida", declarou Dmitriev em outubro.

As atuais sanções econômicas introduzidas pelo conjunto do imperialismo em resposta à operação militar na Ucrânia não acabaram com a associação da Rússia com grandes empresas farmacêuticas. Em plena guerra, no final de março, a R-Pharm apresentou um pedido de registro da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca na Rússia, obtendo a garantia da corporação anglo-imperialista que não haveria nenhuma interrupção dos seus negócios em Moscou. Também em março, a agência de notícias TASS informou que a empresa farmacêutica russa Pharmasyntez, que produz o Sputnik Light, estava iniciando a fabricação de um medicamento contra a Covid, baseado em uma combinação de nirmatrelvir e ritonavir, ambos fármacos da Pfizer. Para o trilionário negócio da Pandemia, que está sob o controle direto da governança global do capital financeiro, não estão valendo nem mesmo as duras sanções imperialistas contra a Rússia, o que comprova cabalmente que o coronavírus foi uma tábua de salvação para a economia capitalista em sua crise terminal.