VICTORIA NULAND, REPRESENTANTE DO IMPERIALISMO IANQUE, ADVERTE BOLSONARO EM MEIO AO “BATE BOCA” SOBRE “URNAS ROUBOTRÔNICAS”: “EUA TEM
CONFIANÇA TOTAL NO SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO”
A subsecretária de Assuntos Políticos do Departamento de
Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, disse ter confiança no sistema de
votação brasileiro. Ela está em Brasília, onde participa de reuniões com o
chanceler brasileiro, Carlos França. “Falamos sobre as eleições hoje nas
reuniões de alto nível, e a mensagem que transmitimos é que os Estados Unidos
têm confiança real no sistema eleitoral brasileiro. Vocês têm um dos melhores
no hemisfério, em termos de confiabilidade, transparência, etc. Todos os
brasileiros devem ter confiança no sistema e devem participar. Isso é o mais
importante. E os líderes brasileiros devem expressar a mesma confiança nesse
sistema daqui para a frente, e esperamos que isso aconteça aqui
Segundo ela, a democracia está "sob ameaça" na região. "A democracia está sob ameaça. Estamos vendo muitas coisas acontecendo nesse hemisfério", disse. De acordo com um comunicado da Casa Branca, alguns dos objetivos das discussões são fortalecer temas como governança democrática, justiça racial e respeito pelos direitos humanos, além também de incentivar o comércio, saúde e segurança.
A secretária afirmou que as eleições brasileiras fizeram parte das conversas. De acordo com Nuland, o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais confiáveis e transparentes do Hemisfério Sul. “Todos os brasileiros devem confiar nos sistemas e participar. Isso é o mais importante. E os líderes brasileiros precisam expressar essa mesma confiança nos sistemas”, disse.
A discussão acontece um dia após o ministro do STF Luís Roberto Barroso ter dito que as Forças Armadas tentam “descreditar” e “estão sendo orientadas a atacar o processo eleitoral brasileiro”.
Durante a participação em um seminário sobre o Brasil promovido pela Universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha, o ex-presidente do TSE disse ainda que os ataques ao sistema são “totalmente infundados e fraudulentos”.
A lisura do sistema atual de urnas eletrônicas têm sido alvo constante do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua base eleitoral. Nesta segunda-feira (25), durante abertura da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro falou que “nenhum parlamentar de esquerda tem dúvidas sobre urnas eletrônicas, todos confiam 100%, é impressionante. Por nosso lado, tem gente que confia também, principalmente depois de um aperto por parte do presidente ou líder do partido”.
Em coletiva de imprensa, após ter se reunido com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, a secretária falou que os Estados Unidos confiam nas instituições democráticas brasileiras. “Vocês têm um histórico muito bom de eleições justas e transparentes. Temos confiança nas instituições, esperamos que os brasileiros também tenham confiança nas instituições, e que o voto seja livre, justo e com ampla participação popular”.
O gerente da Casa Branca, o Democrata Joe Biden, enviou um destacado membro do Deep State Ianque (Estado profundo) no sentido de enquadrar o neofascista tupiniquim na direção da Nova Ordem Mundial, que Bolsonaro ainda emite tímidos ruídos (para seu público de extrema direita) em contestar. Suas colocações contra o Grande Reset, uma herança esquálida da política Trumpista, são absolutamente impotentes e inócuas, já que não conseguem penetrar no âmago neocapitalista da Nova Ordem Mundial.
No caso concreto do Brasil, Nouland externou seu total desacordo com a possibilidade da introdução do voto auditável, através da comprovação física do sufrágio popular. A CIA que tem acesso livre aos sistemas virtuais de totalização de votos do TSE, sendo norte-americano o software usado pela Justiça Eleitoral brasileira, teme obviamente que sua vasta rede de fraudes eletrônicas, pela via de controle nos sistemas operacionais dos países periféricos, venha a ser revelada.
Impulsionando a política imperialista, em crise de hegemonia, os EUA têm crescente preocupação com os distúrbios sociais que ameaçam seu sistema de dominação na América Latina, que vai conformando-se como o elo débil da sua cadeia de dominação do capital financeiro. A política imperialista, do tipo semicolonial, ocorre atualmente por via diplomática e política. Desde que ficou estampado aos olhos dos povos de todo o mundo a sua participação direta nos regimes militares da segunda metade do século XX, os ianques agora buscam a “estabilidade”. Estabilidade social dos regimes burgueses para manter seu sistema imperialista opressor sobre os povos, mantendo o capitalismo parasitário atado aos regimes reacionários dos Estados latino-americanos.
Porém não se pode descartar a possibilidade de uma intervenção militar direta do Pentágono, ou mesmo um apoio logístico decisivo para um golpe fascista em nosso continente. Por isso a CIA (Deep State) continua em alerta máximo na América Latina, seja para enquadrar os governos burgueses neoliberais (direita e esquerda), ou derrubá-los violentamente quando achar necessário.