PARAÍSO DOS RENTISTAS: BRASIL TEM 4 DOS 10 BANCOS QUE MAIS LUCRAM NO MUNDO
Um verdadeiro paraíso dos rentistas é o Brasil segundo levantamento da Economatica, empresa de análise de dados financeiros. Quatro bancos controlados pelos rentistas brasileiros estão entre os dez mais rentáveis do mundo. Esse ranking levou em conta o percentual do ROE, o retorno sobre patrimônio líquido, indicador que mostra o quando uma empresa ganha de valor utilizando seus recursos. Entre os brasileiros, o Santander é quem conta com o melhor ROE, de 18,9%. Este é o quarto ano seguido em que o banco lidera entre os brasileiros – a matriz brasileira do banco espanhol era líder mundial até o ano passado e agora está em terceiro. O Itaú é o quinto banco com maior retorno no mundo, cerca de 17,3%, seguido pelo Banco do Brasil (ROE de 15,7%) e Bradesco (15,2%).
Há décadas o setor bancário no Brasil obtêm níveis extremos de lucros que conflitam com o desempenho do restante da economia, em especial afrontam escandalosamente com a situação de penúria que atravessa nosso povo.
É
verdade que esta verdadeira “mamata” dos rentistas se baseia no modelo de
acumulação capitalista nacional, que vem sendo mantido fielmente por todos os
governos desde o surgimento da chamada “Nova República”, passando pela era FHC,
mas também acentuado pelas gestões seguidas da Frente Popular e agora com Bolsonaro.
No atual regime bonapartista, baseado no golpe institucional
de 2016, essa realidade se intensificou bastante, deixando os “três irmãos”
como o único setor “dinâmico” da economia capitalista, o país produziu em 2019
menos do que produzia em 2010 um retrocesso de uma década em apenas um ano.
Longe de ser uma “coincidência”, a abundância financeira dos
bancos e do rentismo em geral, equivale ao empobrecimento da classe trabalhadora.
Somente a estatização dos bancos, sob o controle operário, será capaz de
estancar a crise capitalista e retomar o crescimento econômico e o
desenvolvimento do país com o planejamento econômico central, através da
revolução socialista e a instauração da Ditadura do Proletariado.