quarta-feira, 20 de abril de 2022

PARAÍSO DOS RENTISTAS: BRASIL TEM 4 DOS 10 BANCOS QUE MAIS LUCRAM NO MUNDO

Um verdadeiro paraíso dos rentistas é o Brasil segundo levantamento da Economatica, empresa de análise de dados financeiros. Quatro bancos controlados pelos rentistas brasileiros estão entre os dez mais rentáveis do mundo. Esse ranking levou em conta o percentual do ROE, o retorno sobre patrimônio líquido, indicador que mostra o quando uma empresa ganha de valor utilizando seus recursos. Entre os brasileiros, o Santander é quem conta com o melhor ROE, de 18,9%. Este é o quarto ano seguido em que o banco lidera entre os brasileiros – a matriz brasileira do banco espanhol era líder mundial até o ano passado e agora está em terceiro. O Itaú é o quinto banco com maior retorno no mundo, cerca de 17,3%, seguido pelo Banco do Brasil (ROE de 15,7%) e Bradesco (15,2%).

Há décadas o setor bancário no Brasil obtêm níveis extremos de lucros que conflitam com o desempenho do restante da economia, em especial afrontam escandalosamente com a situação de penúria que atravessa nosso povo. 

É verdade que esta verdadeira “mamata” dos rentistas se baseia no modelo de acumulação capitalista nacional, que vem sendo mantido fielmente por todos os governos desde o surgimento da chamada “Nova República”, passando pela era FHC, mas também acentuado pelas gestões seguidas da Frente Popular e agora com Bolsonaro.

No atual regime bonapartista, baseado no golpe institucional de 2016, essa realidade se intensificou bastante, deixando os “três irmãos” como o único setor “dinâmico” da economia capitalista, o país produziu em 2019 menos do que produzia em 2010 um retrocesso de uma década em apenas um ano.

Longe de ser uma “coincidência”, a abundância financeira dos bancos e do rentismo em geral, equivale ao empobrecimento da classe trabalhadora. Somente a estatização dos bancos, sob o controle operário, será capaz de estancar a crise capitalista e retomar o crescimento econômico e o desenvolvimento do país com o planejamento econômico central, através da revolução socialista e a instauração da Ditadura do Proletariado.