segunda-feira, 11 de abril de 2022

ISSO A OTANEWS NÃO MOSTRA: FORÇAS ESPECIAIS DE ELITE DO REINO UNIDO (SAS) E DOS EUA (DELTA) ESTÃO NA UCRÂNIA DESDE FEVEREIRO

Forças especiais de elite do Reino Unido e dos EUA estão presentes na Ucrânia desde o início das hostilidades com a Rússia no final de fevereiro, disse uma fonte da comunidade de inteligência francesa a um repórter do Le Figaro na semana passada. A afirmação foi relatada pelo correspondente internacional sênior do jornal Georges Malbrunot no sábado (9), dia em que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson fez sua visita surpresa a Kiev. O líder britânico teria sido cercado por guardas da força de elite SAS, embora essa afirmação não tenha sido oficialmente confirmada.

As unidades do SAS "estão presentes na Ucrânia desde o início da guerra, assim como [sic] os Deltas americanos”, twittou Malbrunot citando uma fonte de inteligência francesa. Ele acrescentou que, segundo a fonte, a Rússia estava bem ciente da "guerra secreta" travada contra suas tropas por comandos estrangeiros. Le Figaro incluiu o relato da fonte em suas atualizações sobre a Ucrânia.

O Reino Unido e os EUA estão entre os apoiadores militares mais ativos de Kiev. Johnson teria instado pessoalmente seu colega ucraniano Vladimir Zelensky a continuar lutando contra a Rússia e não se contentar com a paz até que melhores termos sejam oferecidos.

O consenso pró-combate no Ocidente foi aparentemente confirmado na semana passada pelo chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, que disse no sábado que a "guerra será vencida no campo de batalha", já que ele também estava visitando Kiev.

A mídia britânica informou anteriormente que dezenas de soldados "aposentados" do SAS haviam ido ou planejado ir para a Ucrânia para contribuir com sua experiência em reconhecimento e guerra antitanque para a causa de Kiev. Seus serviços foram supostamente pagos por "um país da Europa, ainda não nomeado, por meio de uma empresa militar privada" e não pelo governo britânico, de acordo com o tabloide britânico Daily Mirror.

Os militares russos relataram ações contra o que descreveram como "mercenários" lutando pela Ucrânia em várias ocasiões. Um dos casos recentes foi no sábado, enquanto Johnson e Borell estavam em Kiev.

O Ministério da Defesa russo disse que Kiev tentou usar um navio civil em sua mais recente tentativa fracassada de evacuar pessoal de alto valor da cidade portuária de Mariupol, que viu alguns dos combates mais intensos durante o conflito. Os indivíduos destinados à evacuação foram identificados como líderes do batalhão ultranacionalista Azov e mercenários estrangeiros. Há relatos não confirmados de que centenas de estrangeiros podem estar bloqueados em Mariupol, juntamente com vários milhares de soldados do Batalhão Azov.

Os EUA e o Reino Unido declararam publicamente que não tinham planos de envolver suas tropas nos combates na Ucrânia. Ambos são grandes fornecedores de armas para Kiev e estavam treinando soldados na Ucrânia antes da ofensiva russa. Os especialistas teriam sido retirados do país no período que antecedeu as hostilidades.

A Rússia lançou uma operação especial militar na Ucrânia no final de fevereiro, após o fracasso de Kiev em implementar os termos dos acordos de Minsk assinados em 2014 e o posterior reconhecimento pela Rússia das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. O Protocolo de Minsk, intermediado pela Alemanha e pela França, foi projetado para dar às regiões independentistas um status especial dentro do Estado ucraniano.

Desde então, a Rússia exigiu que a Ucrânia se declarasse oficialmente um país neutro que nunca se juntaria ao bloco militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) liderado pelos EUA.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que as autoridades de Kiev tentaram sem sucesso retirar os chefes do Batalhão nazista Azov da cidade sitiada de Mariupol.

Navios russos alvejaram um navio de carga seca que tentou na sexta-feira (8) à noite evacuar os comandantes do Batalhão Azov do porto de Mariupol, disse o major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.

"Durante a noite, o navio de carga seca ucraniano Apache, de bandeira maltesa, registrado no porto maltês de Valletta, navegava em uma caravana de navios do golfo de Taganrog até o estreito de Kerch. Às 22h38, horário de Moscou [16h38, horário de Brasília], 30 km a sudoeste de Mariupol, o navio mudou abruptamente de rumo e tentou entrar no porto de Mariupol, bloqueado no mar pela Frota do Mar Negro" da Rússia, contou no sábado (9) Konashenkov.

Konashenkov detalhou que o Apache não respondeu às demandas dos guardas fronteiriços russos para contatá-lo, e que a tentativa de alertá-lo com fogo de artilharia não levou a nada. Ao mesmo tempo, a embarcação comunicou por rádio "Eu sou 'Maníaco', vindo até você", enquanto em terra era possível observar fogos de sinalização.

Em resposta, durante a hora a seguir a Frota do Mar Negro abriu fogo de artilharia contra o navio, levando a um incêndio no Apache, e fazendo com que a tripulação entrasse em contato com os barcos russos, pedindo que deixassem de disparar. A tripulação do Apache expressou disponibilidade em cumprir todas as ordens dos marinheiros russos, e o incêndio foi apagado, não havendo feridos a bordo do navio de carga seca, enquanto o navio foi rebocado para o porto de Eisk, segundo o major-general.